quarta-feira, 14 de julho de 2010

:: O ensino da História do Brasil ::

O artigo de hoje foi escrito por Durval Lourenço Pereira Jr e retirado dos arquivos do site “Escola Sem Partido”,. Site criado para dar visibilidade a um problema gravíssimo que atinge a imensa maioria das escolas e universidades brasileiras: a instrumentalização do conhecimento para fins políticos, ideológicos e partidários. Boa leitura!

''Fosse dada ao filósofo Aristóteles a oportunidade mágica de ler e compreender um livro didático da história brasileira, o notável grego reconheceria, em plena narrativa escolar, inúmeras semelhanças à tragédia clássica.

Segundo Aristóteles, a tragédia clássica deve cumprir três condições: possuir personagens de elevada condição (heróis, reis, deuses), ser contada em linguagem elevada e ter um final triste, com a destruição ou loucura de um ou vários personagens, sacrificados por seu orgulho na rebelião contra as forças do destino.

Na descrição dos fenômenos históricos, empreendida pela historiografia oficial, estão presentes ao menos duas dessas condições: a presença de heróis e o respectivo sacrifício pelas forças do destino. A terceira condição: a linguagem erudita, só não é utilizada face a natural dificuldade da sua compreensão pelas crianças e os mais jovens. Já os finais melancólicos são copiosos, nos levando a enxergar o passado com uma injustificada vergonha e tristeza. Quase sempre com revolta.

Tal enfoque depreciativo aparenta ser uma característica singular da cultura nacional. O dramaturgo Nelson Rodrigues o identificou no passado, apelidando-o de “Complexo de vira-latas”.

Por outro lado, não é preciso ter vivido no exterior para perceber como um educador norte-americano, inglês ou europeu, a mídia e as Instituições interpretam os fenômenos históricos e os transmitem às novas gerações, seja nas escolas ou na produção audiovisual. Exemplos desse modelo interpretativo chegam até nós pelos filmes do cinema, em especial.

Jamais assisti uma produção hollywoodiana que houvesse menosprezado os heróis-patronos do processo de Independência americano, a abolição da escravatura ou mesmo a participação do País na II Guerra Mundial. Muito pelo contrário. Tais episódios são particularmente reverenciados.

Já no Brasil, a mídia tem pouco interesse em reproduzir temas históricos, e quando a trata de abordá-los, geralmente o faz sob uma ótica trágico-depreciativa: Carlota Joaquina, de Carla Camurati; Rádio Auriverde e a Guerra do Brasil, ambos de Sylvio Back, são (deploráveis) exemplos dessa abordagem.

Uma vez apresentado ao cinema nacional, é pouco provável que Aristóteles identificasse heróis em nosso repertório tupiniquim. Maravilhado pela fabulosa tecnologia, olhos pregados à tela, o sábio procuraria ansioso por heróis do quilate de um Ulisses, um Heitor, ou um Aquiles. Mas ficaria decepcionado. Assistiria a filmes melancólicos como “Olga”; “Zuzu Angel”; “O que é isso Companheiro ?”; “Lamarca”; “Vlado”; “Batismo de Sangue”; “Caparaó”; “Araguaya”; “ Cabra Cega”; “Hércules 56”. Neles, o sábio veria um desfile infindável de falsos heróis, vítimas das “forças do destino” — como na tragédia grega. Heróis eleitos não pela dimensão dos seus feitos, mas pela ideologia que comungam.

Porque o sistema educacional brasileiro apresenta o nosso passado com tamanha carga negativa ? Porque a produção audiovisual reconstitui a História utilizando elementos similares aos da tragédia grega ? Existem outros objetivos por trás dessa trama ?

A resposta a tais questionamentos depende da compreensão dos fatos e da interconexão dos seus vetores num contexto mais amplo. Um contexto ligado intimamente à natureza humana. Assim sendo, nada melhor relembrar um pouco da obra de grandes pensadores e escritores, como Maquiavel, Aldous Huxley e Aristóteles, para melhor compreender os instrumentos que o ser humano utiliza para manipular os seus semelhantes.

Nicolau Maquiavel popularizou a mais antiga estratégia para derrotar o inimigo sem o uso das armas: a ruína da reputação alheia. Maquiavel recomendava, para tanto, o uso da calúnia e da difamação.

No campo político, em particular, essa estratégia mostrou-se extremamente eficaz. Porém, quando se buscavam objetivos mais amplos, como a mudança dos valores morais, éticos e religiosos — incluindo profundas mudanças na estrutura política e econômica de toda uma sociedade —, solapar a imagem dos adversários políticos não bastava. Era preciso intervir na estrutura educacional. Era preciso doutrinar as indefesas mentes infantis para que aceitassem, sem questionamentos, determinados conceitos futuros. Aldous Huxley na obra: “O Admirável Mundo Novo” já descreveu tal estratégia. Uma ação sobretudo covarde. Mas eficiente.

Encastelados nos círculos universitários brasileiros, tradicional reduto ideológico da esquerda, pseudo-educadores engajados na doutrinação marxista, estabelecem currículos e decidem sobre a indicação dos livros escolares para o ensino fundamental, médio e superior. Outros falsos intelectuais, em posições chave nas secretarias estaduais de educação, encomendam milhões de livros escolares para distribuição aos alunos da rede pública. Completa-se, então, o ciclo perverso que faz chegar aos jovens o livro didático politizado: veículo da doutrinação ideológica. O jornalista Ali Kamelem seu artigo “ O que ensinam às nossas crianças”, levou este fato ao conhecimento público, provocando um imenso rebuliço na comunidade acadêmica.

Sob o falso manto de uma suposta visão pluralista do processo histórico nacional, os currículos escolares são direcionados para denegrir a nossa história e os seus verdadeiros heróis. Esse exorcismo coletivo — e seletivo — exclui, difama ou minimiza dos currículos escolares a memória dos vultos nacionais, em particular a dos militares, como o Duque de Caxias, Osório, Tamandaré, Maria Quitéria ou mesmo a trajetória da Força Expedicionária Brasileira (FEB), na II Guerra Mundial.

Hoje, por exemplo, um colegial mediano surpreende-se ao saber que soldados brasileiros lutaram contra o nazi-fascismo. O jovem desconhece o tema não por uma deficiência intelectual ou mesmo pela qualidade do estabelecimento de ensino onde estuda, mas porque a trajetória da FEB foi suprimida dos currículos e, por conseguinte, não aparece nos livros escolares.

Em contrapartida, esse mesmo estudante aprende que a nossa evolução política e econômica foi “manipulada” ao longo da sua história, ora pelos portugueses, ora pelos ingleses e hoje pelos norte-americanos. Aprende que a política econômica brasileira é falha porque obedece aos ditames do “malvado” capitalismo e das grandes corporações.

Os seus “heróis” pertencem à “população oprimida” da Campanha do Contestado, da Balaiada, da Cabanagem ou de Canudos. No século XX, sob a influência do cinema nacional, os seus novos “heróis” são os perseguidos políticos e até mesmo alguns terroristas que pegaram em armas contra o Regime Militar. Todos vitimados pelas “forças do destino”.

O sábio Aristóteles não se preocupou em estabelecer qualquer teoria sobre a tragédia, nem se concentrou nos aspectos técnicos do espetáculo, mas no comportamento do público. Concluiu que o espetáculo trágico para realizar-se como obra de arte deveria sempre provocar a Katarsis, a catarse, isto é a purgação das emoções dos espectadores. Assistindo às terríveis dilacerações do herói trágico, sensibilizando-se com o horror que a vida dele se tornara, sentindo uma profunda compaixão pelo infausto que o destino reservara ao herói, o público deveria passar por uma espécie de exorcismo coletivo. Atribui-se à concepção de Aristóteles, que associa a tragédia à purgação, ao fato dele ter sido médico, o que teria contribuído para que ele entendesse a encenação dramática como uma espécie de remédio da alma, ajudando as pessoas do auditório a expelirem suas próprias dores e sofrimentos ao assistirem o desenlace.

Mas qual é, afinal de contas, a relação entre a tragédia grega e a postura educacional e cinematográfica brasileira ? Simples: as frustradas tentativas marxistas de tomada do poder, em 1935 e em 1964, fracassaram exatamente por lhes faltarem o respaldo popular — tradicionalmente avesso à ideologia esquerdista. Seus atuais mentores parecem ter aprendido a lição: perceberam que para mudar a sociedade em seus valores básicos, deveriam moldar as novas gerações de acordo com determinados dogmas, solapando os valores básicos da família e reescrevendo a História do Brasil sob um prisma depreciativo, de forma a fazer eclodir no público, tal qual na tragédia grega, a catarse coletiva.

Uma vez manipulada a história nacional, segundo a ideologia marxista, falta ainda modificar os valores históricos e profundamente enraizados no povo brasileiro.

O homem brasileiro possui certas virtudes que faltam a muitos povos. É tradicionalmente um povo amante da paz, fraterno, ordeiro, com profundo sentimento religioso e de nacionalidade. Um povo sempre disposto a resolver seus conflitos internos e externos de forma pacífica. Graças a essas virtudes, evitamos convulsões sociais catastróficas. Mantivemos a integridade territorial após a Independência; abolimos a escravidão; derrubamos a Monarquia e estabelecemos a República. Na qualidade de maior potência bélica regional, nunca adotamos uma política externa imperialista. Mesmo as nossas revoluções foram resolvidas com derramamento mínimo de sangue.

Para mudar este quadro, é preciso lançar no seio da sociedade o vírus da discórdia e da contestação dos valores da familiares, éticos e religiosos. A televisão, como formadora de opinião, tem participação intensa nesse processo, particularmente com a dramaturgia das novelas e sua temática cada vez mais ousada e libertina. A todo momento afloram na mídia uma série de novas “questões sociais”: como a do “beijo homossexual”; da liberação do uso de drogas; da “luta em defesa das minorias”; sem-terra, sem-teto, negros, indígenas, homossexuais, e por aí vai. Quem por acaso acompanhar as constantes passeatas e manifestações públicas que envolvem tais questões, há de perceber a grande quantidade de bandeiras de partidos políticos. Quase todas na cor vermelha, é claro.

Num país com tamanha desigualdade social, como no Brasil, o desejo de mudança na sociedade é algo benéfico e que deve ser buscado com o intuito de aperfeiçoá-la, mas jamais aviltando o sangue dos nossos antepassados. “Conspira contra a própria grandeza o povo que não cultiva os seus feitos históricos”. Uma frase que resume uma verdade histórica, pois não se tem notícia de um país verdadeiramente desenvolvido que se abstenha de promover o orgulho nacional em sua população. A motivação psicossocial é silenciosa. Mas tremendamente poderosa.

A tragédia é o maior legado literário deixado pela cultura grega. Já a interpretação dos fatos históricos, estabelecida por boa parte dos livros escolares de História do Brasil, é uma pavorosa tragédia educacional. Uma tragédia que busca deflagrar a catarse coletiva necessária ao sucesso dos anseios marxistas. E é exatamente na escola o lugar onde a doutrinação se torna mais nociva, pois é direcionada ao que temos de mais importante: a educação e a formação do caráter das nossas crianças.

Quando alguém me perguntar se o que foi dito anteriormente pode ser visto como devaneio ou alguma “teoria da conspiração”, responderei que a resposta deve ser buscada segundo o julgamento individual. Mas, antes de bater o martelo, o inquisidor deve consultar o que andam ensinando aos seus filhos.''


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terça-feira, 13 de julho de 2010

:: barrados nas urnas ::

O Ministério Público pediu à Justiça Eleitoral que impeça 2.256 políticos de levar adiante suas candidaturas. Este é o resultado preliminar do trabalho dos procuradores que atuam no processo eleitoral deste ano nos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal. A fila de candidatos na corda bamba pode aumentar ainda mais, já que, em muitas unidades da federação, o pente fino nos registros ainda não foi concluído. Caberá aos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) decidir se aceitam ou não os pedidos feitos pelo MP. Veja aqui a lista completa.
Entre os motivos que levaram os procuradores a pedir a rejeição das candidaturas, destacam-se os critérios da nova lei da Ficha Limpa, que impede políticos com condenações decididas por órgãos colegiados (em que há mais de um juiz) de entrarem na corrida eleitoral. O MP também apontou outras irregularidades nos registros, como ausência de documentação e contas rejeitadas por tribunais de contas.

O estado que lidera o ranking de políticos ameaçados é Minas Gerais, com 614 candidaturas impugnadas, seguido de Alagoas (383) e Rondônia (234).

Exemplos – Entre os políticos que podem ser barrados estão figuras conhecidas dos eleitores, como o ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho (PR-RJ), que tenta se eleger deputado federal, Jackson Lago (PDT-MA), que teve o mandato de governador cassado e pretende voltar ao cargo e o deputado federal e candidato à reeleição Zé Gerardo (PMDB-CE), primeiro político condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Outros que fazem parte da lista do MP são: o deputado federal Jader Barbalho (PMDB-PA), que renunciou ao mandato de senador para escapar de um processo de cassação. É a mesma situação do ex-governador e ex-senador Joaquim Roriz (PSC-DF), que tenta governar a capital federal pela quinta vez, e do deputado federal Paulo Rocha (PT-PA), que renunciou ao mandato de deputado e pleiteia uma cadeira no Senado.

Também integram a relação o deputado federal Neudo Campo (PP-RR), famoso por ser o parlamentar mais processado do Congresso Nacional, com nove ações penais só no STF, que tenta ser governador do estado, e o ex-governador de Alagoas Ronaldo Lessa (PDT-AL).

Homicídio – O MP cita casos graves ao pedir a rejeição de candidaturas. Um dos exemplos que mais chamam a atenção é o do deputado estadual Rubens Oliveira Bastos (PT do B-SE). Em 2008, ele foi condenado por homicídio. Recorreu da decisão, mas teve a condenação mantida pela Justiça de Sergipe.

Para tentar viabilizar sua candidatura, chegou a mudar a grafia do sobrenome na documentação de registro, trocando “Oliveira” por “Oliveria” e apresentou uma certidão criminal negativa. De acordo com o procurador Ruy Mello pode ser acusado de falsidade ideológica.

fonte: veja.abril.com.br


Post feito por Petit ♥

quarta-feira, 7 de julho de 2010

:: 9 de julho ::

Em primeiro lugar, quero agradecer as visitas de todos vocês ao blog, é a primeira vez que consigo manter um endereço na web por tanto tempo e entre os responsáveis por isso tudo, estão vocês que me inspiram a acreditar na juventude do agora.
Peço desculpas a todos pela demora entre um post e outro. A vida anda corrida e tem dias que eu fico sem tempo até para almoçar.
Mas acredito que tudo isso vale a pena, o esforço de hoje trará a vitória do amanhã.
Pra frente BRASIL. Por uma juventude Consciente! O texto de hoje é sobre um dos feriados que mais me agrada e me orgulha de ser paulista , o 9 de julho. Boa leitura a todos vocês!


Desde 1997 é lei: todo dia 9 do mês de julho é feriado civil no Estado de São Paulo. A celebração da data magna do Estado, em memória ao dia em que o povo paulista pegou em armas para lutar pelo regime democrático no País, deflagrando a Revolução Constitucionalista de 1932.
Muitos se lembram do assunto, por causa do dia de descanso, mas poucos sabem da importância desse acontecimento na história do Brasil. A explicação desse fato funciona como mais um torpedo contra o modelo educacional brasileiro, que enfatiza menos as efemérides com heróis locais e regionais, e passa a ser responsável pelo sepultamento de glórias das quais as últimas gerações poderiam se espelhar para mudar situações políticas, econômicas e sociais no presente e no futuro. Respeitar a história real é essencial na formação das nossas crianças e cidadãos, que tendem a se lembrar mais de ídolos na música, telenovelas, futebol e até dos personagens nefastos do parlamento, de governos corruptos e do crime organizado.

Há uma inversão de valores, que precisa ser combatida. Vivemos um processo cultural de memória fugaz, que não valoriza movimentos autênticos nos livros de história e nos programas curriculares das escolas. Um povo sem referenciais históricos é um povo que não vai demonstrar o seu amor à Pátria, lutar por ela quando for preciso, a exemplo do povo paulista que participou do movimento constitucionalista de 1932, em defesa das liberdades democráticas e de uma constituição para o país, durante uma fase provisória e impositiva do governo Getúlio Vargas.

O caminho para criação do feriado surgiu com uma lei federal que dispõe sobre feriados estaduais. A Lei Federal n.º 9.093, de 12 de setembro de 1995, sancionada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, definiu que a data magna de cada Estado da nação fosse transformada em feriado civil. Assim, cada unidade da federação teve liberdade para escolher qual o dia do ano deveria ser guardado. No caso de São Paulo, o dia escolhido foi 9 de julho.

A data foi oficializada pelo Projeto de Lei n.º 710/1995, do deputado estadual Guilherme Gianetti. Aprovado pela Assembléia Legislativa, o PL deu origem à Lei Estadual n.º 9.497, de 5 de março de 1997, sancionada pelo governador Mário Covas. Por se tratar de lei estadual, o feriado não requer manutenção através de legislação específica, como a assinatura de um decreto renovando-o ano após ano.

HISTÓRICO
Em 9 de julho de 1932, rebentou a Revolução Paulista. São Paulo já possuía um governante civil e paulista, de modo que a grande reivindicação era a constitucionalização do país.
O Estado do café se levantou contra a Revolução de 30 e os políticos paulistas, sobretudo os dirigentes do PRP (Partido Republicano Paulista), não se conformaram com a vitória da Revolução. A nomeação de um interventor em São Paulo, propiciou-lhes motivos para o desencadeamento de uma grande propaganda contra o governo federal, na qual se destacavam lemas bem elucidativos: "São Paulo conquistado!", "São Paulo dominado por gente estranha!", "Convocação imediata da Constituinte!", "Tudo pela Constituição!"
Embora o interventor, sentindo dificuldades para administrar o Estado, tivesse pedido demissão, a onda de descontentamento e agitação prosseguiu. Na noite de 23 de maio de 1932, um grupo de populares tentou invadir a sede do partido favorável a Getúlio Vargas, na Praça da República. Houve resistência e o resultado foi desastroso, com cinco vítimas fatais: Martins, Miragaia, Drauzio, Camargo e Alvarenga, que veio a falecer meses depois.
Foi assim que, em 9 de julho de 1932, rebentou a Revolução Paulista. São Paulo já possuía um governante civil e paulista, de modo que a grande reivindicação era a constitucionalização do país. Mas o Estado paulista ficou só, não houve adesão das outras oligarquias dos demais Estados.

Foram 7 milhões de habitantes de São Paulo, mais da metade era de origem italiana. Para eles, a luta era em defesa da unidade nacional.
Isso, contudo, não bastou. De todos os lados, as forças paulistas eram assediadas pelas tropas do governo federal.O Principal teatro de operações das tropas federais, era o setor mais desguardado do estado de São Paulo, pela crença do apoio que viria do Rio Grande do Sul.
Tropas do sul se posicionaram na divisa de São Paulo e Paraná, próximos a cidade de Itararé. Esta, por um grave erro logístico das tropas paulistas, não foi defendida, tendo estas se retirado para o Rio Paranapanema, abrindo quase 150 quilômetros de território paulista para os federais.
Como nas demais frentes, tropas federais, em maior número e mais bem equipadas, ocupam cidades paulistas, com o agravante destas estarem situadas mais ao interior do estado do que nas outras frentes.
Em meados de setembro, as condições de São Paulo eram precárias. O interior do Estado era invadido paulatinamente pelas tropas de Vargas e a capital paulista era ameaçada de ocupação. A economia de São Paulo, asfixiada pelo bloqueio do porto de Santos, sobrevivia de contribuições em ouro feitas por seus cidadãos e as tropas paulistas desertavam em números cada vez maiores.

Vendo que a derrota e ocupação do Estado era questão de tempo, as tropas da Força Pública Paulista são as primeiras a se render, no final de setembro. Com o colapso da defesa paulista, a liderança revoltista se rende em 2 de outubro de 1932 na cidade de Cruzeiro para as forças chefiadas por Góis de Monteiro.
Terminado o conflito, a liderança paulista se refugia no exílio, enquanto os paulistas computam oficialmente 634 mortos, embora estimativas extraoficiais falem em mais de 1000 mortos paulistas. Do lado federal, nunca foram liberadas estimativas de mortos e feridos. Foi o maior conflito militar da história brasileira no século XX.
A derrota militar acachapante entretanto se transforma em vitória política. Ao ver seu governo em risco, Getúlio Vargas dá início ao processo de reconstitucionalização do país, levando à promulgação em 1934 de uma nova constituição.
Para os paulistas, a Revolução de 1932 transformou-se em símbolo máximo do Estado, a exemplo da Guerra dos Farrapos para os gaúchos. Lembrada por feriado no dia 9 de julho, a revolução é mais fortemente comemorada na cidade de São Paulo do que no interior do Estado, onde a destruição e mortes provocadas pela rebelião são ainda recordadas.
No restante do país, o movimento é mais lembrado pela falsa versão imposta pelos vitoriosos, a de uma rebelião conservadora, visando a reconduzir as oligarquias paulistas ao poder e de velado caráter separatista.

Devemos, acima de tudo, reverência (consciente) aos nossos heróis de fato, senão teremos eternizado apenas mais um conveniente e prazeroso feriado no meio da semana.
Um grande salve a todos os heróis paulistas de 1932, que lutaram por um país melhor!


Fontes:
http://www.caieiraspress.com.br/especiais/nove-julho/
http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/lenoticia.php?id=85744
http://www.miniweb.com.br/Cidadania/Hinos/historia/09_julho.html
http://www.raul.blog.br/277/9-de-julho-todos-desfrutam-poucos-sabem-por-que


Post feito por Petit ♥

domingo, 4 de julho de 2010

:: Ideb mostra que 24% dos municípios estão abaixo da meta na 8ª série ::

Dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) divulgados pelo Ministério da Educação (MEC) na última semana, mostram que, apesar da melhoria do país nos resultados, 24% dos municípios ficaram abaixo da meta estipulada para 2009. As notas se referem aos anos finais do ensino fundamental, que equivale à 5ª à 8ª série (6º ao 9º ano). Nos anos iniciais, da 1ª à 4ª (1º ao 5º ano) série, foram 15% das cidades.
No total, 5.404 municípios tiveram nota computada no Ideb na 4ª série. Nos anos finais, foram 5.450 municípios, segundos os dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). Parte dos municípios analisados pelo instituto ficou sem nota por não ter atingido quantidade suficiente de amostras para o cálculo.
O Ideb leva em conta dois fatores que interferem na qualidade da educação: rendimento escolar (taxas de aprovação, reprovação e abandono) e médias de desempenho na Prova Brasil.
Entre os municípios com as piores notas no Ideb 2009 na 4ª série estão cinco cidades da Bahia, duas do Piauí, duas da Paraíba e uma do Pará. A pior nota foi de Apuarema, na Bahia, com 0,5. A meta da cidade era 2,6. Em 2005, o município teve 2,1 e em 2007 teve 2,7. O Ideb é calculado a cada dois anos.
Na 8ª série, as piores notas foram registradas emcinco cidades da Bahia, três do Rio Grande do Norte, duas de Alagoas, uma da Paraíba, uma do Maranhão e uma de Sergipe. A nota mais baixa foi de Jardim de Angicos, no Rio Grande do Norte, que teve 1,6. A meta do governo federal para a cidade em 2021 é 4,6, enquanto a do Brasil é 5,5.
Rio Grande do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Santa Catarina e Rio de Janeiro concentram os 20 municípios com as melhores notas no ensino fundamental. A melhor nota da 4ª série é de Dois Lajeados, no Rio Grande do Sul, com 7,3, e na 8ª série é de Jeriquara, em São Paulo, com 6,6.
Ensino médio
No ensino médio, o estudo aponta que Roraima, Piauí, Sergipe, Espírito Santo e Rio de Janeiro tiveram resultado negativo com relação às metas estipuladas para 2009. Os outros estados atingiram a meta ou superaram a nota. A pior nota estadual é a do Piauí, que atingiu a nota 3, e cuja meta era 3,1. Em 2005 e 2007, o estado atingiu 2,9. A escala vai de 0 a 10.
A meta do governo federal para o país no ensino médio em 2021 é chegar a 5,2. A nota de países desenvolvidos é 6. O estado com a melhor nota nesse ciclo foi o Paraná, com 4,2, que superou a meta para 2009 em 0,5 ponto.
Nos anos iniciais do ensino fundamental, todos os estados superaram as metas do governo. Nos anos finais, Rondônia, Pará e Amapá ficaram abaixo da meta. O ensino médio foi o ciclo educacional com pior desempenho no país, segundo os dados do Ideb. A situação é preocupante, de acordo com especialistas em educação.


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sábado, 3 de julho de 2010

::COPA 2010::

Foto: Reuters

Nos meus vinte e um anos de vida, vi o Brasil perder a Copa do Mundo e sofri principalmente em 98 e 2006.
Agora em 2010 eu tive esperança, mas tive medo desde o começo, sabe quando algo dentro de você te diz algo que você não quer acreditar?
A Seleção escolhida pelo Dunga não me inspirou confiança desde o começo, mas cumpri meu papel de brasileira, torci, vesti a camisa, comprei uma vuvuzela e fiquei rouca de tanto gritar.
Depois de 2006 prometi a mim mesma, que nunca mais choraria pela derrota da Seleção entretanto não consegui cumprir minha promessa.
A Copa do Mundo para o brasileiro tem um significado diferente, ruas são enfeitadas e o espírito do futebol misturado a um patriotismo primitivo nos envolvem de uma forma sem igual.
Mesmo sem querer a gente sofre, xinga e chora.
O Futebol até pouco tempo atrás era o nosso único motivo de orgulho de ser brasileiro , por isso uma vitória de nosso país não era apenas uma vitória esportiva, era a vitória de uma nação subdesenvolvida sobre um país de primeiro mundo.
Depois da derrota do Brasil, fui direito para o trabalho e nas ruas e no ônibus, um silêncio profundo. O luto, o luto pela morte do sonho de 2010.
Mas não podemos nos deixar abalar, como já dizia o ditado:

''Eu sou brasileiro e
não desisto nunca!''


Agora é esperar por 2014 e deixar de lado essa história de ser brasileiro só de quatro em quatro anos. O Brasil é mais do que só o futebol, pra frente BRASIL!


Post feito por Petit ♥