Iweala disse que "uma ação global simultânea" tanto por países desenvolvidos como em desenvolvimento é necessária para controlar o fluxo de fundos ilícitos e pediu aos governos que ratifiquem a Convenção das Nações Unidas Contra a Corrupção (CNUCC).
"Estima-se que de 20 bilhões a US$ 40 bilhões por ano de recursos desviados saem de países em desenvolvimento para países desenvolvidos todos os anos", afirmou Iweala, ex-ministra das finanças da Nigéria, à Reuters durante conferência contra a corrupção na capital do Catar.
A representante do Banco Mundial disse que uma promessa do G-20 de ajudar a prevenir o fluxo de capital ilegal e tentar devolver o dinheiro aos países de origem é um primeiro passo importante.
A adoção da convenção da ONU permitiria uma base para lutar contra a corrupção, disse ela, e ajudaria a superar obstáculos legais em diferentes jurisdições.
Entre os países que estão "fazendo um grande esforço" para devolver os recursos desviados estão a Suíça, o Reino Unido e os Estados Unidos, disse ela.
A divisão de integridade do Banco Mundial proibiu algumas empresas acusadas de corrupção de participar de seus processos de licitação, algo que tem evitado a proliferação da atividade, segundo ela.
O Banco Mundial estima que nos últimos 15 anos aproximadamente US$ 15 bilhões foram recuperados por todas as jurisdições, segundo ela. Iweala acresentou: "Isso é apenas uma gota na bacia do que acontece todos os anos."
"Países em desenvolvimento têm de trabalhar duro para lutar contra a corrupção e impedir as pessoas de roubar dinheiro", disse ela. "E os países que recebem os recursos desviados devem enviá-los de volta e mostrar a essas pessoas que não há impunidade."
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