porém é muito difícil desenvolver o trabalho que eles fazem.
É incrível que seja esse o pagamento e a retribuição do Estado aos que portaram armas da República, espinha dorsal da segurança democrática, muitos deles com incapacidades relativas ou permanentes derivadas do serviço, ou o que é pior: perseguidos por juízes comunistas ou magistrados venais, que no afã de enriquecer, sentenciam processos turvos contra eles.
Com sobeja razão o general Landazábal insistia em que o país deveria se acostumar a escutar seus generais. E eu acrescentaria: a seus militares e policiais também. É muito fácil criticar e vilipendiar as instituições armadas, porém é muito difícil desenvolver o trabalho que eles fazem.
Só entende isto quem suportou intermináveis noites de vigília com olho atento na montanha, na selva ou na guarda do quartel. Quem comandou soldados em meio de situações adversas do inimigo, tempo e terreno, quem sentiu de perto o frio da morte, a solidão do comando, a incompreensão daquela sociedade pela qual entrega até sua vida, o afastamento prolongado de seus pais, irmãos, esposas e filhos.
Para o militar ou o policial não existem sábados, domingos ou feriados. Primam as obrigações do serviço. Se está de folga, férias ou licença, e a instituição o requer, o uniformizado deve suspender o descanso, deixar de lado os seres queridos, vestir o uniforme e voltar ao posto de combate, sem renegar, sem renunciar ao juramento e sem contradizer as ordens.
Seus filhos sofrem traumas permanente pelas transferências de guarnição, mudanças de colégios, perda de amigos e algo mais grave porque, por viver nos quartéis, são testemunhas diretas do drama da guerra. Suas esposas suportam com estoicismo a pesada carga de educar os filhos sozinhas, em que pese as dificuldade humanas próprias de cada etapa da criação, desde a infância até à juventude, inclusive a complexa adolescência.
Em síntese: os militares nem vêem nascer os filhos nem vêem morrer os pais, por estar dedicados ao ofício da guerra e na busca da esquiva paz para uma sociedade que nem governa nem se deixa governar. E para rematar, recebem um pagamento miserável, não têm garantias como veteranos de guerra, cada dia que passa os serviços médicos são mais insuficientes. Como se isto fosse pouco, sucessivos governos se esquivaram de pagar-lhes as percentagens mínimas de aumento salarial estabelecidos por lei no IPC, e para cúmulo de maus politiqueiros, como Mockus, propõem acabar com o Exército, ou como Santos, Noemí e Vargas Lleras que falam em manter a segurança democrática, porém esquecem das garantias sociais e legítimas dos que os sustentam em seus cargos.
Oxalá que este chamado desperte o desejo dos atuais candidatos presidenciais e dos senadores eleitos, para que no Congresso da República se estude a fundo e produzam-se mudanças estruturais na merecida segurança social dos que, sem reclamar seus direitos, lutam até sem armas pela liberdade, pela paz e pela tranqüilidade do povo colombiano.
Interessante o seu blog. Lindo mesmo.
ResponderExcluirMuito obrigada!
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