sábado, 29 de maio de 2010

:: Voto obrigatório ::

Pesquisa Datafolha feita em 20 e 21 de maio revela que o voto obrigatório divide o eleitorado: 48% dos entrevistados no país são favoráveis e 48% são contrários.
O apoio ao voto facultativo cresceu. O levantamento anterior, de dezembro de 2008, registrara o recorde de 53% a favor da obrigatoriedade; 43% eram contra.
Estabelecida na Constituição, a obrigação atinge os brasileiros alfabetizados dos 18 aos 70 anos de idade. Para analfabetos, maiores de 70 e os que têm entre 16 e 18 anos, o voto é facultativo.
O Brasil é um dos 30 países em que o voto nas eleições nacionais é obrigatório. Dos entrevistados, 55% dizem que votariam se ele fosse facultativo; 44% optariam por não votar.


Fonte: folha.uol.com.br


Post feito por Petit ♥


quinta-feira, 27 de maio de 2010

:: Filosofia de bar | escolhas ::

Ando sem tempo para atualizar o blog e nos próximos dias estarei me dedicando mais aos estudos, por isso peço a compreensão de todos que me acompanham no Juventude Consciente.

O pequeno texto a seguir é mais um da categoria ''Filosofia de bar,'' no qual eu faço uma reflexão pessoal de um assunto qualquer, o tema de hoje são as ESCOLHAS.

''Hoje percebo que tudo em nossa vida gira em torno de nossas escolhas, feitas por base em nossas prioridades.
As duas únicas certezas que possuímos na vida são: que morremos fisicamente algum dia desses e que teremos de fazer escolhas, pois o próprio ato de não fazer escolhas, ou melhor, a omissão já é uma escolha.
Vários segmentos na vida cotidiana manifestam nossas prioridades e o modo como encaramos a realidade, determinando diretamente a forma como as escolhas se externarão. Como por exemplo, a escolha de que profissão seguir, pois esse ato pode nos mostrar muito da personalidade do outro, porque algumas pessoas irão priorizar o fator econômico e outras buscarão algo que lhes traga prazer.
Situações difíceis não são privilégios de apenas uma camada da população, todos já passamos e passaremos por momentos árduos, o que nos diferenciará lá na frente é a lição que tiremos dessas situações. Cabe a nós priorizar viver e não simplesmente existir. Devemos fazer com que a vida vala a pena e antes de fazer uma escolha lembre-se : Pare, pense e preste atenção no que é prioridade para você e no que aquilo poderá acarretar no futuro. Não se deixe abater jamais.''


Post feito por Petit ♥



quarta-feira, 26 de maio de 2010

:: Solução não é punir mais é punir melhor ::

Na década de 90, havia uma grande discussão se a Justiça deveria ter algum tipo de controle ou não. Era o chamado Controle Externo do Judiciário. Pois ele acabou acontecendo de uma outra forma. Por meio do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) criado há cinco anos por força de uma emenda constitucional com o objetivo de fiscalizar a atuação dos magistrados no país.
Este ano está em cartaz a campanha do CNJ para se repensar a Justiça criminal no Brasil. O Conselho defende maior aplicação das penas alternativas como forma de se conseguir uma Justiça mais célere e com uma punição de qualidade. Além da campanha, o CNJ lançou a Rede Virtual do Judiciário (RedJud), um grande espaço virtual de debates e apresentação de sugestões para se melhorar a Justiça.
Como defensora do minimalismo na esfera Penal, acredito que essa seja a melhor solução para o nosso país. Com penas alternativas quem ganha não é só o réu que terá uma nova oportunidade, mas principalmente toda a sociedade!



fontes:
http://www.cnj.jus.b
http://oglobo.globo.com



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quarta-feira, 19 de maio de 2010

:: VITÓRIA POPULAR: Ficha Limpa é aprovada no Senado Federal ::

O Senado aprovou nesta quarta-feira (19) o projeto ficha limpa, que impede a candidatura de políticos condenados na Justiça em decisão colegiada em processos ainda não concluídos. Foi mantido o texto aprovado na Câmara. O projeto teve 76 votos a favor, sem votos contrários e abstenções , o presidente do Senado não votou e quatro senadores não compareceram à sessão. O projeto segue agora para a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Uma emenda de redação foi acrescentada ao projeto, padronizando expressões no texto. Mesmo com a emenda, que acabou aprovada por 70 votos, também sem votos contrários e abstenções, o projeto não volta à Câmara, porque não altera o mérito, afirmou o senador Demóstenes Torres (DEM-GO).

O Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), que fez a proposta com o respaldo de mais de 1,6 milhão de assinaturas. Além destas, a instituição parceira da MCCE, Avaaz, coletou virtualmente mais de 2 milhões de adesões à iniciativa.
O texto aprovado na Câmara e mantido integralmente no Senado pelo relator Demóstenes Torres (DEM-GO) proíbe por oito anos a candidatura de políticos condenados na Justiça em decisão colegiada, mesmo que o trâmite do processo não tenha sido concluído no Judiciário. Esse tipo de decisão colegiada acontece, geralmente, na segunda instância ou no caso de pessoas com foro diferenciado devido as prerrogativas previstas no ordenamento jurídico brasileiro.
O projeto prevê ainda a possibilidade de um recurso a um órgão colegiado superior para garantir a candidatura. Caso seja concedida a permissão para a candidatura, o processo contra o político ganharia prioridade para a tramitação.

O texto que sai do Congresso é mais flexível do que o proposto pelo movimento. A idéia inicial era proibir a candidatura de todos os condenados em primeira instância. Atualmente, só políticos condenados em última instância, o chamado trânsito em julgado, são impedidos de disputar eleições.
A votação aconteceu de forma acelerada depois de um recuo do líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR). Na semana passada, ele chegou a dizer que o Senado não decidiria o tema sob pressão. Nesta semana, ele mudou o discurso e defendeu a votação com urgência.
Jucá concordou até com uma manobra que permitiu ao projeto furar a fila de outros projetos. Na negociação, o líder do governo conseguiu acertar com a oposição um calendário para a votação dos projetos do pré-sal no mês de junho.

A pressão por uma votação célere se deve ao objetivo do Movimento para que a nova regra seja aplicada nas eleições de outubro. Para isso, o MCCE entende que é preciso haver a sanção presidencial até 9 de junho.
Existem dúvidas, no entanto, sobre a aplicação para este ano porque uma regra determina que mudanças eleitorais tenham de acontecer com um ano de antecedência. Por isso, a decisão sobre a aplicação será do Judiciário. Uma consulta feita pelo líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já pergunta sobre a possibilidade de aplicação imediata.

FONTES: mcce.org.br
g1.globo.com/politica/noticia



Post feito por Petit ♥

terça-feira, 18 de maio de 2010

:: Laços explosivos ::


Nos arquivos da Agência Brasileira de Inteligência em Brasília há um conjunto de documentos cujo conteúdo é explosivo. Os papéis, guardados no centro de documentação da Abin, mostram ligações das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) com militantes petistas. O principal documento nos arquivos foi datado de 25 de abril de 2002, está catalogado com o número 0095/3100 e recebeu a classificação de "secreto". Em apenas uma folha e dividido em três parágrafos, esse documento informa que, no dia 13 de abril de 2002, um grupo de esquerdistas solidários com as Farc promoveu uma reunião político-festiva numa chácara nos arredores de Brasília. Na reunião, que teve a presença de cerca de trinta pessoas, durou mais de seis horas e acabou com um animado forró, o padre Olivério Medina, que atua como uma espécie de embaixador das Farc no Brasil, fez um anúncio pecuniário. Disse aos presentes que sua organização guerrilheira estava fazendo uma doação de 5 milhões de dólares para a campanha eleitoral de candidatos petistas de sua predileção. A notícia foi recebida com aplausos pela platéia. Faltavam então menos de seis meses para a eleição. Um agente da Abin, infiltrado na reunião, ouviu tudo, fez um informe a seus chefes, e assim chegou à Abin a primeira notícia de que as relações entre militantes esquerdistas, alguns deles petistas, e as Farc podem ter ultrapassado a mera simpatia ideológica e chegado ao pantanoso terreno financeiro.

Sob a condição de não reproduzi-los nas páginas da revista, VEJA teve acesso a seis documentos da pasta que trata das relações entre as Farc e petistas simpatizantes do movimento. Dos seis documentos, três fazem menção explícita à doação de 5 milhões de dólares. Num deles, está descrita a forma de pagamento: o dinheiro sairia de Trinidad e Tobago, um pequeno país do Caribe, e chegaria às mãos de cerca de 300 pequenos empresários brasileiros simpáticos ao PT, que, por sua vez, fariam contribuições aos comitês regionais do partido como se os recursos lhes pertencessem. Em outro documento, aparece a informação de que o acerto financeiro fora celebrado entre membros do PT e das Farc durante uma reunião realizada numa fazenda no Pantanal Mato-Grossense – e que os encontros de cúpula seriam articulados com a ajuda de Maria das Graças da Silva, uma funcionária da Câmara dos Deputados em Brasília que já militou no PC do B e seria amiga muito próxima do "comandante Maurício", apontado como a maior autoridade das Farc no Brasil. Ao contrário da doação financeira e do mecanismo do pagamento, que são descritos em detalhes nos documentos da Abin, a menção à reunião no Pantanal aparece seca e sem detalhes.

"Conheço ele, sim, mas e daí? Não articulei encontro nenhum", garante a funcionária Maria das Graças, que diz ignorar qualquer reunião no Pantanal. Nas últimas cinco semanas, VEJA investigou a veracidade das informações arquivadas na sede da Abin. Será que houve mesmo um encontro numa chácara em Brasília? O encontro teve a presença de representantes das Farc? Falou-se ali na doação de 5 milhões de dólares? Para responder a essas perguntas, VEJA localizou o agente da Abin que se infiltrou na reunião das Farc e ouviu outros dois funcionários da agência que tiveram contato com a investigação, além de procurar os esquerdistas que foram ao encontro. A apuração comprovou a reunião, o local, a data e os personagens. Só não encontrou indícios suficientemente sólidos de que os 5 milhões de dólares tenham realmente saído das Farc e chegado aos cofres do PT. A doação financeira é dada como realizada pelos documentos da Abin, mas a investigação de VEJA não avançou um milímetro nesse particular. Pode ter sido apenas uma bravata do padre Olivério Medina, codinome de Francisco Antônio Cadenas Colazzos, para alegrar seus convivas esquerdistas? Pode. Além da convocação manifestada nos documentos da Abin, a revista não encontrou elementos consistentes para que se faça uma afirmação sobre esse aspecto.

Os contatos políticos entre petistas e guerrilheiros das Farc são antigos. Começaram em 1990, quando o PT realizou um debate com partidos políticos e organizações sociais da América Latina e do Caribe para discutir os efeitos da queda do Muro de Berlim. De lá para cá, as relações se intensificaram, principalmente por meio das correntes esquerdistas do PT, como a Democracia Socialista, cuja estrela mais conhecida é o ministro Miguel Rossetto, do Desenvolvimento Agrário. Mesmo os quadros mais moderados do PT demonstram uma certa simpatia pelas Farc. Como instituição, porém, o partido há muito tempo quer distância das Farc. "A guerrilha representa tudo o que nós abominamos em termos de política. Não se pode esquecer que o PT já nasceu em oposição à luta armada. O governo do presidente Lula tem as melhores relações com o governo constituído da Colômbia e apóia o presidente Álvaro Uribe", diz o senador Aloizio Mercadante. E completa: "Se essa doação existiu, o que não acredito, ela não foi feita ao PT, mas a indivíduos que se dizem ligados ao partido. Se eles forem identificados e forem do partido, serão expulsos".

Em virtude do passado de companheirismo com as Farc, a cúpula do PT, ainda antes das eleições presidenciais de 2002, sentiu que seria adequado tranqüilizar o governo da Colômbia em relação a uma possível eleição de Lula. O hoje ministro José Dirceu, da Casa Civil, procurou a embaixadora colombiana em Brasília para avisar que, se Lula fosse eleito, a política de seu governo em relação às Farc seria a do Estado brasileiro – e não a da ala esquerda do PT. A palavra tem sido cumprida, embora o governo brasileiro insista em considerar oficialmente as Farc como um grupo guerrilheiro – e legítimo, portanto –, recusando-se a reconhecer o que elas realmente são. Ou seja: um conluio oportunista de guerrilheiros, terroristas e narcotraficantes.
Considerando-se o currículo das Farc, a história também faz sentido lógico. Fundadas na década de 60, as Farc começaram a se envolver com o tráfico na década de 90, quando os maiores traficantes colombianos passaram a remunerar os guerrilheiros em troca de segurança armada para os plantadores de coca . Com o envolvimento direto com o tráfico, a organização acabou tornando-se financeiramente poderosa. Sabe-se que os cartéis colombianos da cocaína usam as ilhas de Trinidad e Tobago como um entreposto, estocando ali a droga que embarcam para a Europa. Por coincidência, é de Trinidad e Tobago que o dinheiro das Farc sairia para entrar nos cofres dos candidatos esquerdistas, conforme mostram os documentos arquivados na Abin. Apesar da verossimilhança e da aparência lógica do esquema, é vital ressaltar que, fora os registos feitos pelos espiões da Abin, não foram encontradas evidências sólidas da ajuda financeira da guerrilha da Colômbia. O padre Olivério Medina, representante das Farc no Brasil, nega. "Não houve essa ajuda financeira", disse ele a VEJA, falando de um telefone público em Brasília e encerrando o assunto sob a alegação de que, como estrangeiro, não poderia falar sobre política.

O secretário de Relações Internacionais do PT, Paulo Ferreira, encarregado dos contatos do partido com o exterior, garante que as relações petistas com a guerrilha colombiana não são amistosas. "Ao contrário. Hoje, nós temos conquistado o ódio das Farc", diz. Uma das razões é o fato de que o PT aprovou uma recomendação para que as Farc sejam barradas nos foros internacionais de discussão sobre assuntos da América Latina. "Não há interesse em manter relações com um grupo belicista que, entre outras coisas, usa métodos como o seqüestro de civis", afirma Ferreira. A posição do secretário de Relações Internacionais do PT, no entanto, não é a unanimidade do partido. Em Brasília, por exemplo, o comitê que apóia ações das Farc é integrado e dirigido por militantes do PT. "Essas ligações existem à revelia do partido. Posso dizer que são até criminosas", afirma Ferreira. Para ele, as ligações entre PT e Farc descritas nos relatórios da Abin, se existiram tal como informaram os agentes de inteligência, foram "clandestinas".

A reunião na chácara em Brasília foi uma mistura de encontro político com festa de amigos. A chácara chama-se Coração Vermelho, pertence ao sindicalista Antônio Francisco do Carmo e fica a 40 quilômetros de Brasília. O encontro começou às 11 da manhã e terminou no início da noite. Aconteceu em torno de uma mesa debaixo de árvores, para evitar que um grampo clandestino pudesse captar as conversas. No início, com todos de pé, abriu-se uma bandeira das Farc e cantou-se o hino da guerrilha. Para entrar na chácara, os participantes tinham uma senha: bater com a mão espalmada no peito. Ao meio-dia, serviu-se um churrasco, com arroz e vinagrete, cerveja e refrigerante. Um dos presentes era o vereador Leopoldo Paulino, secretário de Esportes do então prefeito de Ribeirão Preto, o hoje ministro Antonio Palocci. Pouco antes, Paulino fundara o primeiro comitê de apoio às Farc no Brasil, em Ribeirão Preto. Na chácara, exibiu-se um vídeo com a inauguração do comitê, e Paulino explicou seu funcionamento. "Não temos presidente ou diretor. Somos todos guerrilheiros ou não somos. Se somos, então todos fazem parte da luta", disse ele, conforme o relato transcrito pelo agente infiltrado da Abin. Foi aplaudido pelos presentes.

A VEJA, o vereador Leopoldo Paulino, que foi guerrilheiro da Ação Libertadora Nacional (ALN) e hoje é filiado ao PSB, negou que tenha participado de qualquer reunião na chácara Coração Vermelho. Outro que esteve presente, porém, o bancário Antônio Carlos Viana, um aguerrido militante comunista, confirmou a VEJA que a reunião foi feita, que o assunto era o apoio às Farc, mas disse que ninguém falou em dólares. "Só defendemos que as Farc sejam reconhecidas como força beligerante", diz ele, que trabalha no departamento de tecnologia do Banco do Brasil. O dono da chácara, o sindicalista Antônio Francisco do Carmo, militante do velho PCB, também confirma que, em várias ocasiões, cedeu sua propriedade para encontros em que o padre Olivério Medina esteve presente. Ele ressalta, no entanto, que eram encontros festivos, e não reuniões de caráter político, nas quais nunca se mencionou financiamento da guerrilha colombiana para o PT. "Sou amigo do padre e ele já almoçou e jantou várias vezes na minha chácara", diz. É certo que a reunião na chácara, até pela baixa estatura hierárquica de seus participantes, não tomou nenhuma decisão sobre Farc, PT ou milhões de dólares.

Na chácara, a doação do dinheiro veio à tona, talvez acidentalmente, e acabou captada por um agente da Abin. O general Alberto Cardoso, então chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo tucano e da Abin, soube da reunião na Coração Vermelho com antecedência e até abortou uma operação policial que planejava invadir a chácara e prender todos os participantes. O general preferiu deixar a reunião acontecer e manter o monitoramento por meio do agente infiltrado. Com isso, conseguiu pescar uma informação valiosa: o espião da Abin gravou a reunião e, na fita cassete, que também se encontra nos arquivos da agência, o padre Olivério Medina pode ser ouvido fazendo o anúncio da doação financeira aos petistas. Depois do anúncio, numa conversa com um grupo reduzido, o padre relatou como o dinheiro entraria no Brasil. Contou que sairia de Trinidad e Tobago, passaria pelos 300 pequenos empresários e chegaria a comitês regionais petistas.
Os documentos arquivados na Abin, sucessora do velho SNI do regime militar, são célebres por seus erros e equívocos, motivados em geral pela paranóia anticomunista de seus agentes na época da ditadura. Os papéis que relatam a transação em que as Farc prometem ajuda financeira a candidatos esquerdistas no Brasil também não são imunes a erros. A trajetória dos papéis na hierarquia do serviço de inteligência sugere, porém, que as informações partiram de um espião experiente que gozava da confiança de seus superiores. Os documentos mostram que as informações ali contidas foram checadas com afinco. Um relatório elaborado por um agente de base costuma ser examinado por um analista, que avalia, reúne, compara informações e sistematiza-as de acordo com o objetivo de cada missão – ou manda tudo para o lixo. O segundo filtro sobre a qualidade de uma informação é feito por um diretor de departamento, que recebe informações de outros setores e, em tese, está mais bem equipado para avaliar o conjunto das informações. Depois, tudo ainda vai ao diretor-geral da agência, que avalia se o assunto é ou não relevante e se deve ou não ser levado ao conhecimento do presidente da República. O documento 0095/3100, de 25 de abril de 2002, o principal entre todos os que narram as ligações entre militantes petistas e as Farc, passou por todas essas etapas e acabou com um carimbo de "secreto". Isso significa que suas informações eram críveis e seu conteúdo tinha consistência suficiente para ser levado ao conhecimento do presidente da República.

A primeira suspeita da generosidade financeira das Farc com esquerdistas brasileiros apareceu há dois anos, quando o deputado Alberto Fraga, hoje filiado ao PTB, contou que agentes da Abin lhe narraram a história. O deputado fez um discurso-denúncia sobre o assunto na tribuna da Câmara e tentou em vão abrir uma CPI. Não conseguiu recolher o número necessário de assinaturas de deputados. Sua denúncia não recebeu muito crédito, mas o deputado Luiz Eduardo Greenhalgh, do PT paulista, procurou-o. Disse que estava incumbido pelo governo de processar Fraga e queria saber se o deputado tinha provas da denúncia que fizera. Fraga blefou. "Eu disse que podia até apresentar testemunhas em juízo". Diante disso, Greenhalgh nunca mais tocou no assunto, segundo Fraga. "Eu só falei para que ele tomasse cuidado com aquela história. Disse que ele poderia acabar sendo processado porque a história não era verdadeira", desmente Greenhalgh. "Eu não estava falando em nome do governo." Quando Fraga fez a denúncia, a Abin chegou a abrir uma investigação interna para descobrir quem era o responsável pelo vazamento. A apuração encontrou um responsável. O resultado está arquivado no Departamento de Inteligência.

As suspeitas em torno de ligações do PT com as Farc costumam servir para manipulações políticas, com o objetivo de envolver o partido com um grupo terrorista. Na campanha presidencial em 2002, por exemplo, o programa eleitoral do então candidato tucano, José Serra, chegou a perder preciosos minutos em direito de resposta por ter veiculado a acusação segundo a qual o PT teria ligações clandestinas com as Farc. O fato que agora vem a público, porém, está despido de motivações políticas – foi apurado por uma agência oficial, ficou nos arquivos e, hoje, tais arquivos estão sob o comando do investigado. Na quarta-feira passada, VEJA pediu esclarecimentos ao Gabinete de Segurança Institucional, abaixo do qual fica a Abin. Recebeu a resposta oficial na sexta-feira. Ei-la: "O Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República informa que não vai se pronunciar a respeito". Quatro horas depois, o GSI emitiu outra resposta. Dizia com um tortuoso malabarismo verbal que a Abin investigou as Farc – o que, no fundo, não quer dizer nada. Seria uma investigação histórica medir a dimensão dos tentáculos das Farc no Brasil e o nível hierárquico em que eles chegaram a penetrar no partido que detém o Poder Executivo.


FONTE: Revista VEJA
Edição 1896 . 16 de março de 2005


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segunda-feira, 17 de maio de 2010

:: RECICLAR ::


Cada brasileiro produz, em média, 1 quilo de lixo por dia, uma quantidade pequena se comparada com os 3 quilos de cada americano. Mas, somando o descarte de todos os cidadãos, o monturo diário no Brasil chega a 170.000 toneladas. Dessa montanha de sujeira, o país reaproveita apenas 11% - cinco vezes menos do que os países desenvolvidos. A maior porção desses detritos é matéria orgânica, que pode ser convertida em adubo. O que resta é composto, majoritariamente, por vidros, plásticos, papéis e metais, os materiais recicláveis por excelência. Os índices brasileiros de reciclagem desses produtos variam muito. O Brasil é campeão mundial no reaproveitamento de garrafas PET e latas de alumínio, mas, por outro lado, despeja a maior parte dos plásticos e latas de aço nos "lixões" a céu aberto. Atualmente, apenas 327 municípios dispõem de algum sistema público de coleta seletiva. Dar um destino adequado ao lixo é um dos grandes desafios da administração pública em todo o planeta. Atualmente, compram-se muito mais produtos industrializados do que na década passada, incluindo alimentos e bebidas. Alguns países, porém, já descobriram como transformar objetos sem valor num grande negócio.

O que é reciclagem?
A partir da década de 1970, a preservação do meio ambiente passou a ser uma das grandes preocupações mundiais. Preocupação que se voltou, principalmente, para o aumento da produção de lixo, alavancado pela proliferação das embalagens e produtos descartáveis. A palavra reciclagem ganhou, na ocasião, sua acepção ecológica. E de lá para cá, passou a designar o conjunto de técnicas que busca reprocessar substâncias jogadas no lixo para que elas se tornem novamente úteis e possam ser reinseridas no mercado. Ela é um dos fins - certamente o mais lucrativo e ecológico - que os resíduos podem ter. Mas nem todo material pode ser reciclado. E para cada um daqueles que podem ser reaproveitados existe uma forma adequada de reciclagem. Nesse processo, a coleta seletiva é fundamental e consiste, basicamente, na separação e no recolhimento do lixo.

Quais são os benefícios trazidos pela reciclagem?

Para se ter uma idéia, a reciclagem de uma única latinha de alumínio propicia economia de energia suficiente para manter uma geladeira ligada por quase dez horas; cada quilo de vidro reutilizado evita a extração de 6,6 quilos de areia; cada tonelada de papel poupada preserva vinte eucaliptos. Poupam-se a natureza e os gastos. No Brasil, estima-se que uma tonelada de lixo reciclado economize 435 dólares. Em 2006, com a reciclagem de 30.000 toneladas de papel, o país deixou de derrubar 600.000 árvores. A indústria também pode se beneficiar. A versão reciclada dos plásticos, por exemplo, consome apenas 10% do petróleo exigido na produção do plástico virgem - economia que vem a calhar com a escalada vertiginosa do preço do barril verificada nas últimas décadas. As vantagens também podem ser obtidas pela reciclagem do aço, cuja tonelada reaproveitada preserva 110.000 toneladas de minério de ferro, material de extração caríssima. Calcula-se que 700 milhões de toneladas de materiais de todos os tipos sejam recicladas anualmente no planeta. Isso representa um faturamento anual de 200 bilhões de dólares. Nos EUA, a reciclagem já emprega diretamente meio milhão de pessoas, o dobro do que emprega a indústria do aço.

Quanto o Brasil recicla?
O Brasil é campeão mundial na reciclagem de alumínio: mais de 1 milhão de latinhas por hora. No total, reaproveita-se 94% delas. Destas, 70% são recicladas em Pindamonhangaba, no leste paulista. O país também apresenta bons índices em relação ao papelão - 77% - e às garrafas PET - 50%. No entanto, ainda recicla pouco outros tipos de plástico, latas de aço e caixas longa-vida, cujos índices não ultrapassam os 30%. No primeiro caso, a justificativa é que a maioria das pessoas não reconhece como plástico as resinas mais maleáveis, como as das sacolas de supermercado. Por isso elas acabam no lixo comum. Já as latas de aço são pouco recicladas porque há resistência das pessoas em guardá-las no lixo de casa. Diz-se delas que são "volumosas" e "difíceis de amassar". A tecnologia para reciclar as caixas longa-vida, que permite separar as seis camadas que compõem a embalagem, é recente e, por enquanto, poucas pessoas a possuem no Brasil.

Quais cidades brasileiras podem ser tomadas como exemplos?
Os cinco municípios brasileiros onde a prefeitura faz chegar o serviço de coleta seletiva a 100% das residências são Curitiba (PR), Itabira (MG), Londrina (PR), Santo André (SP) e Santos (SP). Em Curitiba, por exemplo, a fórmula que deu certo inclui o uso de caminhões que recolhem apenas o lixo seco, sem nenhum resto orgânico. O resultado: o lixo fica mais limpo e acaba vendido por um preço mais alto às indústrias de reciclagem. Isso ajuda a tornar o sistema de coleta seletiva em Curitiba mais barato (e viável) que o da maioria das cidades brasileiras.

Por que em alguns municípios há programas de reciclagem e em outros não?
Todo o resíduo de uma cidade é de responsabilidade das prefeituras. Dessa maneira, se não existirem iniciativas municipais, dificilmente a reciclagem será massificada. Outra situação a ser vencida é a falta de mecanismos de coleta seletiva. Essa etapa inicial e fundamental da reciclagem é realizada pelos órgãos públicos em cerca de 6% dos municípios brasileiros. A situação levou à formação de cooperativas de catadores de lixo e de empresas privadas especializadas, que enxergaram na coleta seletiva e na reciclagem uma forma de ganhar dinheiro. Na capital paulista, por exemplo, um estudo identificou, em 2002, cerca de setenta associações que coletam, fazem a triagem e comercializam material reciclável.


fonte: SEÇÕES ON-LINE veja.abril.com.br


Procure saber os dias em que são feitas as coletas de material reciclável no seu bairro ou busque a localização dos postos de coleta mais próximos a sua casa, muitos supermercados e escolas oferecem esse serviço. Não fiquei ai parado.
Faça a sua parte!



Post feito por Petit ♥

quinta-feira, 13 de maio de 2010

:: Lei Imperial n.º 3.353 ::


Neste ano completamos 122 anos de lei Áurea que aboliu a escravidão no Brasil. Este processo foi lento, limitado, gradual e deve ainda hoje ser problematizado, pois não garantiu aos negros uma condição de dignidade em um país estruturalmente desigual.

A Lei Áurea (Lei Imperial n.º 3.353), sancionada em 13 de maio de 1888 foi a ultima de várias que a precederam, como a Lei Eusébio de Queiros de 1850, Lei do Ventre Livre de 1871 e a Lei do Sexagenário de 1885. Com o fim do tráfico negreiro em 1850, entramos em um processo quase que inevitável de fim do trabalho escravo no país (que culminou na abolição), influenciado em grande escala por pressão internacional, pelas milhares de revoltas escravas, quilombos e mais tarde por grupos abolicionistas.

O grande impulsionador da abolição da escravatura foi o liberalismo uma vez que ia contra os seus princípios de Liberdade e Igualdade (jurídica). Claro que este encontrou uma grande oposição ao seu projecto na burguesia que, assim sendo, via o seu trabalho, por exemplo, nas explorações de café no Brasil, a deixar de dar tanto lucro.

No entanto, a razão material da abolição foi a emergência da sociedade industrial, surgida pelos efeitos socio-económicos provocados pela introdução da máquina a vapor no processo produtivo. Essa sociedade, que se expandia a partir do século XVIII, produzia mercadorias em série para consumo em massa. Uma comunidade de escravos não consome, pois não ganha ordenado. Houve então um conflito estrutural e ideológico entre a crescente e poderosa sociedade industrial, que requeria mercados livres e trabalho assalariado, com a política mercantilista de mercados cativos e mão-de-obra escrava.

A abolição da escravatura no Brasil, que alterou de imediato a estrutura de produção agrícola e, a longo prazo, as fórmulas sociais e étnicas pelas quais se compôs a população do país, não foi um simples gesto magnânimo do poder imperial imbuído de princípios humanitários. Lentamente preparada por sucessivos avanços ao longo do século XIX, a abolição decorreu, isto sim, da inevitável conjunção de dois fatores de peso: as pressões externas da política inglesa, que de há muito se opunha ao tráfico escravista, e as pressões internas de um grande movimento popular, o abolicionismo, cujas origens remontam aos quilombos e às revoltas de africanos iniciadas ainda no período colonial.

Do ponto de vista estritamente legal, a abolição concretizou-se em 13 de maio de 1888, um domingo, quando a princesa Isabel, então regente do império, sancionou a lei no 3.353, que concedeu liberdade imediata a todos os escravos existentes no Brasil e se tornou conhecida como a Lei Áurea. Resultante de projeto lido pelo ministro da Agricultura, Rodrigo Silva, em nome da princesa regente e do imperador D. Pedro II, na sessão da Câmara dos Deputados do dia 8 de maio de 1888, a lei da abolição não previa nenhuma compensação para os proprietários de escravos e era de uma concisão exemplar. Constava de apenas dois artigos e estava assim redigida: "Art. 1o. É declarada extinta a escravidão no Brasil. Art. 2º. Revogam-se as disposições em contrário."

Na segunda década do século XIX, havia no Brasil cerca de 1.200.000 escravos negros, contra apenas três milhões de habitantes livres e brancos. A agricultura de exportação, totalmente dependente da mão-de-obra escrava, resistia a mudanças nesse quadro, opondo-se não só à libertação dos cativos como também ao fim do tráfico. Toda a estrutura escravocrata da economia brasileira foi contestada porém no exterior, desde o século XVIII, por não ser compatível com novas concepções internacionais sobre o trabalho, já então em vigor.
O mais antigo abolicionista do Brasil, segundo as Efemérides do barão do Rio Branco, foi o padre português, residente na Bahia, Manuel Ribeiro da Rocha, que em seu Etíope resgatado (1757) se antecipou às idéias abolicionistas propostas pelos ingleses Thomas Clarkson (1786) e William Wilberforce (1788).
O combativo jornalista Hipólito José da Costa, radicado em Londres desde que conseguira evadir-se dos cárceres da Inquisição (fora preso por ser maçom), atacou o problema da escravatura no instante mesmo em que a família real portuguesa, para escapar da invasão napoleônica, se refugiou no Brasil. Já em 1809, ele escreveu em seu Correio Braziliense: "Se o governo do Brasil remediar este mal, os filantropos lhe perdoarão todos os mais."
A geração da independência -- Hipólito José da Costa, José Bonifácio, Caldeira Brant e o próprio imperador D. Pedro I -- era adversa à escravidão, mas temia que o país se desorganizasse se a cessação do tráfico de africanos não fosse precedida, em prazo razoável, pela reorganização do trabalho.

Depois da independência, o tráfico continuou, como se o Brasil ignorasse o Congresso de Viena (1815) e o tratado de 1817, que fixou medidas de repressão ao comércio de escravos a serem executadas em conjunto por autoridades britânicas e portuguesas.
A Inglaterra, que então dominava os mares e a metade do montante do comércio mundial, não desistiu porém de suas pressões. Em conseqüência disso, o Brasil foi forçado a firmar o tratado de 3 de novembro de 1826, que marcou um prazo de três anos para a completa extinção do tráfico. Em cumprimento a esse tratado, foi promulgada a lei de 7 de novembro de 1831, que libertava os escravos desembarcados no Brasil. Tal lei nunca seria aplicada e o tráfico, com a complacência do governo, prosseguiu a todo vapor.
A partir de 1845, com a chamada Aberdeen bill, o tráfico recrudesceu, porque os fazendeiros do setor agro-exportador (Nordeste e Sudeste), temendo o fim da importação de escravos, resolveram fazer estoques. A Aberdeen bill passou então a sujeitar aos tribunais britânicos os navios brasileiros que operavam no tráfico. Em abril de 1850, cruzadores ingleses chegaram a apreender navios contrabandistas até dentro de águas territoriais e portos brasileiros. Logo depois, em 14 de outubro, o ministro da Justiça, Eusébio de Queirós, assinou a lei que pôs fim ao tráfico clandestino de africanos para o Brasil.
Com a extinção do tráfico, o capital investido no comércio negreiro desviou-se para outras atividades. Surgiram então os bancos emissores, as companhias de imigração e colonização, as empresas de estradas de ferro. Seria a hora de acabar de vez com a escravidão, não fosse a reação dos fazendeiros, que se encastelaram na defesa de seus interesses ameaçados. Sob esse clima, não teve maior repercussão o projeto do deputado Pedro Pereira da Silva Guimarães (1850 e 1852), que concedia liberdade aos nascituros.

O movimento ganha força. Na verdade, só um decênio após a Lei Eusébio de Queirós o movimento emancipacionista adquiriu novo alento, graças sobretudo à ação do Instituto dos Advogados. Foram abolicionistas todos os presidentes do Instituto, parlamentares ou não, como Carvalho Moreira, Silveira da Mota, Urbano Pessoa, Perdigão Malheiros e, mais adiante, Nabuco de Araújo e Saldanha Marinho.
Em 1863, os Estados Unidos decretaram a libertação de seus escravos. Três anos depois, D. Pedro II encaminhou a seus ministros um apelo que recebera, no mesmo sentido, da Junta Francesa de Emancipação. O Conselho de Estado iniciou em seguida o estudo do problema, com base em cinco projetos elaborados por Pimenta Bueno (depois visconde e marquês de São Vicente).
Ao serem debatidos os projetos de Pimenta Bueno, o conselheiro Nabuco de Araújo lembrou uma série de medidas que alterariam por completo as relações ainda vigentes entre senhores e escravos: a liberdade dos nascituros, a garantia do pecúlio, a supressão dos castigos corporais e a alforria invito domino, ou seja, mesmo contra a vontade do senhor. Nabuco de Araújo chegou até a propor a criação de um fundo de emancipação, destinado à concessão de alforrias de caráter compulsório, tendo em vista os motivos de saúde, comportamento e serviços prestados.
A guerra do Paraguai tornou inadiáveis algumas dessas medidas. No recrutamento de tropas, o Exército e a Marinha tiveram de apelar para o concurso dos negros, que deixaram de ser simples máquinas agrícolas para se transformarem em "voluntários da pátria".

O processo se acelera. Dois decretos assinados por Zacarias de Góis e Vasconcelos refletiram com clareza a precipitação dos acontecimentos. O primeiro, de 6 de novembro de 1866, concedia liberdade gratuita aos escravos designados para o serviço do Exército; o outro, de 28 de março de 1868, mandava proceder à matrícula geral dos escravos. Esse último, em especial, abriu espaço para numerosas demandas interpostas por advogados que foram grandes abolicionistas, como Saldanha Marinho, no Rio de Janeiro, e Luís Gama, em São Paulo.
A ofensiva forense foi intensa. Em 1871, por exemplo, o jovem advogado José Joaquim Peçanha Póvoas propôs 1.604 ações contra senhores que obrigavam escravas à prática da prostituição, obtendo 729 alforrias.
As etapas seguintes do movimento antiescravista foram marcadas pela Lei do Ventre Livre, de 28 de setembro de 1871, permanentemente fraudada, e a Lei dos Sexagenários, de 28 de setembro de 1885. De acordo com a primeira, a partir dela os filhos de mãe escrava seriam livres; pela segunda, os maiores de sessenta anos ganhariam alforria.

Aos poucos, o abolicionismo ganhava impulso no país. No Ceará, os jangadeiros que faziam o transporte de outros portos nordestinos para Fortaleza negaram-se a levar escravos. Em 1844 a própria província do Ceará aboliu a escravatura em seu território, gesto seguido no mesmo ano pela província do Amazonas e por três municípios da província do Rio Grande do Sul.
Quando da aprovação das leis do Ventre Livre e dos Sexagenários, achava-se no poder o Partido Conservador, ao qual competia, quase sempre, aplicar as reformas propostas pelo Partido Liberal. A questão servil não constava, entretanto, do programa de nenhum dos partidos. Houve conservadores, como Andrade Figueira, que nunca mudaram sua intransigente posição contra os avanços emancipacionistas. Muitos liberais, por sua vez, discordaram do ponto de vista expresso por Rui Barbosa no famoso Parecer sobre a reforma do elemento servil (1884).
De fato, o abolicionismo foi um movimento à margem dos partidos políticos, que sensibilizou as parcelas mais esclarecidas da população e forneceu temas polêmicos a numerosos poetas, como Fagundes Varela e Castro Alves. Em sua fase decisiva, a campanha que culminou no 13 de maio foi impulsionada por entidades civis, como a Sociedade Brasileira contra a Escravidão, de André Rebouças, e a Confederação Abolicionista, de João Clapp, ambas no Rio de Janeiro, ou por organizações secretas e até subversivas, como o Clube do Cupim, de José Mariano, no Recife, e os Caifases, de Antônio Bento, em São Paulo.

No papel de relevo que coube à imprensa, destacaram-se os grandes jornais do Rio de Janeiro: a Gazeta de Notícias, de Ferreira de Araújo; O País, de Quintino Bocaiúva, notadamente pela seção que nele mantinha Joaquim Serra; a Gazeta da Tarde, de Ferreira de Meneses e José do Patrocínio; e a Revista Ilustrada, de Ângelo Agostini.
Advogados, jornalistas, estudantes, escritores e funcionários constituíram a vanguarda do movimento abolicionista. A ela se integraram os oficiais do Exército, após memorável reunião do Clube Militar em outubro de 1887, que dirigiram à princesa regente um apelo para que os soldados não fossem obrigados à "captura de pobres negros que fogem à escravidão".
A abolição decorreu, portanto, de um movimento de opinião que se sobrepôs aos partidos e aos próprios grupos monárquicos, nos quais prevalecia quase sempre a vontade da classe mais rica e poderosa, a dos senhores de escravos. Em suma, a abolição foi feita pelo povo. Por aqueles que pertenciam ao "partido dos que não tinham nada a perder", segundo a frase cáustica do parlamentar liberal Martinho Campos, que se intitulava, cheio de orgulho, um "escravocrata da gema".


FONTES : http://www.notapositiva.com/trab_estudantes/trab_estudantes/historia/historia_trab/abolicaoescravatura.htm
http://www.emdiv.com.br/pt/brasil/historias/91-abolicao-da-escravatura.html
http://www.correiocidadania.com.br/content/view/4627/9/


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quarta-feira, 12 de maio de 2010

:: GOOGLE - BRASIL - CENSURA - 2009 ::



O Brasil foi, de julho a dezembro
de 2009, o país com maior
censura ao Google.



De acordo com o próprio Google, que lançou uma ferramenta - o Google Government Requests - de acompanhamento de pedidos de governos de todo o mundo para a retirada de conteúdo, foram 291 pedidos no Brasil, que lidera com folga o levantamento. A Alemanha, segunda colocada, tem 188.
O Brasil, segundo o mesmo levantamento, também lidera os requerimentos de informações, com 3.663. Os Estados Unidos, em segundo lugar, fizeram 3.580. Boa parte dos requerimentos, aponta o The Wall Street Journal, envolve o Orkut, o mais popular site de relacionamentos do país.

O Google considera censura não apenas os pedidos para retirada de conteúdo no ar em sites como o serviço de vídeos YouTube como também entrega de dados que envolva investigações criminais. É o caso do Orkut, que tem participação expressiva nas denúncias de casos de pedofilia.
Em resposta, o Ministério Público federal de São Paulo criticou o Google por definir como censura os pedidos para entrega de informações sobre criminosos. "Desde quando ordens judiciais para entregar dados de criminosos é censura?", questionou em seu perfil no Twitter. "É errado o Google classificar como censura atos judiciais legítimos de um país democrático".

O levantamento exclui a China, onde o Google praticou censura de conteúdo nas buscas - que não ocorre no Brasil. Após a invesão de e-mails de ativistas de direitos humanos, em janeiro, o Google acabou encerrando suas operações na China em março. Também está de fora o Vietnã, país onde o Google enfrenta problemas semelhantes aos da China.



Fonte: tecnologia.terra.com.br


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terça-feira, 11 de maio de 2010

:: Até quando os militares e policiais receberão salários miseráveis? ::

Com freqüência eu acompanho os artigos publicados no site Mídia Sem Máscara e sempre que possível procuro compartilhar alguma publicação que me chama a atenção, o artigo de hoje foi escrito por Alberto Villamarín Pulido ,coronel do Exército Colombiano e traduzido por Graça Salgueiro. O artigo diz respeito primeiramente à Colômbia, entretanto pude interpretar como uma comovente reflexão sobre as forças armadas de toda a América Latina . Boa leitura!

É muito fácil criticar e vilipendiar as instituições armadas,
porém é muito difícil desenvolver o trabalho que eles fazem.


O mísero aumento de 2% decretado pelo Governo Nacional, nos já injustos e exíguos salários de militares e policiais, gerou uma catarata de críticas e exteriorizações de sentimentos reprimidos por parte da reserva ativa, em clara identificação com os que no serviço ativo expõem até suas vidas para que os cômodos dirigentes políticos desfrutem das delícias no poder.
É incrível que seja esse o pagamento e a retribuição do Estado aos que portaram armas da República, espinha dorsal da segurança democrática, muitos deles com incapacidades relativas ou permanentes derivadas do serviço, ou o que é pior: perseguidos por juízes comunistas ou magistrados venais, que no afã de enriquecer, sentenciam processos turvos contra eles.
Com sobeja razão o general Landazábal insistia em que o país deveria se acostumar a escutar seus generais. E eu acrescentaria: a seus militares e policiais também. É muito fácil criticar e vilipendiar as instituições armadas, porém é muito difícil desenvolver o trabalho que eles fazem.
Só entende isto quem suportou intermináveis noites de vigília com olho atento na montanha, na selva ou na guarda do quartel. Quem comandou soldados em meio de situações adversas do inimigo, tempo e terreno, quem sentiu de perto o frio da morte, a solidão do comando, a incompreensão daquela sociedade pela qual entrega até sua vida, o afastamento prolongado de seus pais, irmãos, esposas e filhos.
Para o militar ou o policial não existem sábados, domingos ou feriados. Primam as obrigações do serviço. Se está de folga, férias ou licença, e a instituição o requer, o uniformizado deve suspender o descanso, deixar de lado os seres queridos, vestir o uniforme e voltar ao posto de combate, sem renegar, sem renunciar ao juramento e sem contradizer as ordens.
Seus filhos sofrem traumas permanente pelas transferências de guarnição, mudanças de colégios, perda de amigos e algo mais grave porque, por viver nos quartéis, são testemunhas diretas do drama da guerra. Suas esposas suportam com estoicismo a pesada carga de educar os filhos sozinhas, em que pese as dificuldade humanas próprias de cada etapa da criação, desde a infância até à juventude, inclusive a complexa adolescência.
Em síntese: os militares nem vêem nascer os filhos nem vêem morrer os pais, por estar dedicados ao ofício da guerra e na busca da esquiva paz para uma sociedade que nem governa nem se deixa governar. E para rematar, recebem um pagamento miserável, não têm garantias como veteranos de guerra, cada dia que passa os serviços médicos são mais insuficientes. Como se isto fosse pouco, sucessivos governos se esquivaram de pagar-lhes as percentagens mínimas de aumento salarial estabelecidos por lei no IPC, e para cúmulo de maus politiqueiros, como Mockus, propõem acabar com o Exército, ou como Santos, Noemí e Vargas Lleras que falam em manter a segurança democrática, porém esquecem das garantias sociais e legítimas dos que os sustentam em seus cargos.
Oxalá que este chamado desperte o desejo dos atuais candidatos presidenciais e dos senadores eleitos, para que no Congresso da República se estude a fundo e produzam-se mudanças estruturais na merecida segurança social dos que, sem reclamar seus direitos, lutam até sem armas pela liberdade, pela paz e pela tranqüilidade do povo colombiano.


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sábado, 8 de maio de 2010

:: MÃE ::


Mãe...São três letras apenas

As desse nome bendito:
Também o céu tem três letras
E nelas cabe o infinito
Para louvar a nossa mãe,
Todo bem que se disser
Nunca há de ser tão grande
Como o bem que ela nos quer
Palavra tão pequenina,
Bem sabem os lábios meus
Que és do tamanho do CÉU
E apenas menor que Deus!
Mário Quintana

No Brasil, o Dia das mães é comemorado sempre no segundo domingo de maio de acordo com decreto assinado em 1932 pelo presidente Getúlio Vargas.
E aqui no blog não poderíamos deixar essa data passar em branco, por mais difícil que possa parecer o convívio com nossas mães, nunca poderemos esquecer que ela é responsável pelo maior bem que possuímos: a VIDA.
As broncas , as implicâncias, os excessos de carinho refletem apenas o imenso amor que elas possuem por nós.
Devemos tratar com respeito e carinho aquela que nos gerou, que nos criou, que abdicou de sua própria vida pela nossa.


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terça-feira, 4 de maio de 2010

:: ÁLCOOL ::

Decidi no começo desse ano parar de beber, apesar de consumir apenas cerveja esporadicamente e aparentemente não causar danos graves a mim mesma e as outras pessoas.
Foi uma escolha pessoal depois de conversas, leituras e reflexão. A base propulsora de minha decisão foi o fato de sempre me mostrar defensora da vida sem drogas e a atitude de continuar a consumir álcool seria contradizer a mim mesma e tudo que venho defendendo ao longo de minha caminhada.
Sabe a história do faça o que digo, mas não faça o que eu faço?
Não foi e não é fácil, a reprovação social, a tentação nas festas dos amigos, o gosto, o cheiro, tudo no começo me parecia tentador a voltar a beber.
Mas estou aqui firme e forte! E atualmente posso afirmar que me sinto mais segura e preparada, por isso resolvi postar um texto com trechos de autores diversos, como forma de incentivo a outras pessoas pararem de beber assim como eu parei:

Considera-se abuso do álcool quando uma pessoa utiliza, mesmo que não constantemente, álcool em quantidade suficiente para causar problemas de saúde ou de outra espécie, como brigas e acidentes automobilísticos. Mesmo sem ser dependente do álcool, uma pessoa que utiliza o álcool sem moderação pode ter complicações tão ou mais sérias que os alcoólatras.
Apesar do desconhecimento por parte da maioria das pessoas, o álcool também é considerado uma droga psicotrópica, pois ele atua no sistema nervoso central, provocando uma mudança no comportamento de quem o consome, além de ter potencial para desenvolver dependência como outras drogas. Assim, tanto as fases como o desenvolvimento emocional do dependente e a recuperação são idênticas, não importando qual a droga de escolha, seja ela o álcool, cocaína, crack, maconha ou qualquer outra droga alteradora de humor.
A bebida alcoólica tem um grau de aceitação social muito grande em nosso país. Apesar de causar dependência, é objeto sempre presente em eventos, comemorações, festas, datas especiais. É tido como sinônimo de progresso, vitória, conquista e felicidade. Em muitos casos, seu uso é estimulado por parentes, amigos e pessoas próximas do convívio social. Essa aceitação demasiada esconde um lado perigoso e legitima o seu consumo indiscriminado.

Contudo, ao mesmo tempo em que a sociedade aceita o consumo de álcool como algo normal, ela reprime aquele que sofre as consequências da dependência alcoólica, o alcoólatra. Este é, por muitas vezes, visto como um indivíduo fraco, imoral e irresponsável. Passa por problemas que vão desde as relações familiares a constrangimentos e críticas no ambiente de trabalho. Um paradoxo social covarde que reflete a ignorância da comunidade em relação à doença.
Os danos que o consumo excessivo de bebidas alcoólicas pode acarretar são muitas vezes irreparáveis. Por diversas vezes é causa de discussões, violência no trânsito, violência doméstica, doenças, perda de emprego, entre outros. Devido a tais fatores, o Estado regula condutas e impõe leis que dizem respeito à taxação de preço das bebidas alcoólicas, idade mínima para compra de álcool, limitação das horas de compra e funcionamento de bares, proibição total ou parcial de propaganda de bebidas alcoólicas e punições para quem dirige embriagado.
O consumo de álcool é mais difundido na nossa sociedade através de propagandas, marketing e publicidade. A indústria do álcool vem atingindo um público mais jovem e conseqüentemente desencadeando problemas aos consumidores cada vez mais cedo.
A falta de prevenção, o excesso de publicidade, o desconhecimento dos efeitos do álcool, a facilidade de acesso e os baixos preços cobrados na venda de bebidas alcoólicas trazem adversidades e transformam os jovens num grupo bastante suscetível aos malefícios causados pelo álcool. Aumento da agressividade, alteração comportamental, e no caso das mulheres em período de gestação, grande tendência à formação defeituosa do feto são alguns dos fatores que os jovens estão sujeitos a enfrentar.
O alcoolismo se expande de forma crescente, impedindo, dessa forma, que conheçamos todos os males por ele causados. O alcoolismo encontra-se em todas as camadas sociais, disfarçados ou explicito, e interfere na saúde física e mental, e principalmente, na moral e na decência do indivíduo. Por isso, precisamos de uma maior postura dos governantes no combate das causas desta doença. Pois os gastos com seus efeitos, especificamente na saúde pública, são elevados. E a ciência, com sua importância, dinamiza pesquisas na procura de substancias capazes de bloquear a dopamina, quando se ingere o álcool.Os pais não devem fugir da responsabilidade, pois são os principais construtores da personalidade dos filhos. Os pais de hoje devem saber que a instituição familiar perdeu muita força que um dia já possuiu. É necessário, portanto, um maior engajamento, uma postura mais ativa de permanente busca dos filhos e do estimulo para a construção de um mundo de valores compatíveis com a natureza humana.
O alcoolismo é uma doença, causada por um objeto de consumo muitas vezes tratado com certa tolerância e proteção, mas que, no entanto, é semente de graves problemas sociais.



Fontes:
http://www.hepcentro.com.br/alcoolismo.htm
http://oficina.cienciaviva.pt/~pw020/g/alcool.htm
http://www.inverso.org.br/index.php/content/view/15214.html
http://www.webartigos.com/articles/10278/1/Alcoolismo-e-suas-Consequencias-no-Meio-Social/pagina1.html




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domingo, 2 de maio de 2010

:: Adoniran Barbosa ::


Na semana passada tive o privilégio de comparecer ao Parque do Ibirapuera para o show em homenagem aos 100 anos do mestre Adoniran.
O evento gratuito foi realizado na área externa do Auditório Ibirapuera, sob a regência do maestro Amilson Godoy, artistas como Jair Rodrigues, Demônios da Garoa, o grupo Língua de Trapo, Eduardo Gudin, Arnaldo Antunes, Roger (Ultraje a Rigor), Vânia Bastos e Patty Ascher que interpretaram clássicos do compositor.

Este é o ano do centenário de um símbolo da cidade de São Paulo .Quem nunca ouviu ou cantou “Trem das Onze” ou “Saudosa Maloca”? Adoniran Barbosa completaria 100 anos em 6 de agosto – ele morreu em 1982.
Pode-se dizer que Adoniran foi um artista multimídia bem antes da criação do termo. Ele atacou de cantor, compositor, humorista e ator dramático em rádio, TV, cinema e circo. Apesar de ter sido considerado “A Voz de São Paulo” pelo crítico literário Antônio Candido e de suas composições serem verdadeiras crônicas da cidade, ele não nasceu na capital. O homem que popularizou o “paulistanês” – aquele sotaque ítalo-paulistano-caipira presente em suas músicas – nasceu em Valinhos, próximo a Campinas. “Mesmo que não tenha nascido aqui, Adoniran se incorporou àquela São Paulo de meados do século passado de um jeito extraordinário e soube sintetizá-la como poucos”, diz Cunha Jr., que faz uso no livro da ironia tão presente trajetória artística do Adoniran

Foram as mesas, ladeiras e o povo que o fez ser quem foi e quem ainda é pelo que deixou. Suas tragédias íntimas e épicos tirados das sarjetas e malocas da cidade fizeram dele um grande contador de histórias. Quando São Paulo está embaixo d’agua por conta dos alagamentos, quem entenderia melhor a dor do paulistano do que ele, que falava do que entendia, do que vivia: Não reclama/ porque o temporal/ destruiu teu barracão/ Não reclama/ güenta a mão, João/ Com o Cebídi aconteceu coisa pior/ Não reclama/ Pois a chuva só levou a tua cama. Era só o que João tinha. Já a casa do Cebídi tava completa e foi toda levada pela enxurrada morro abaixo. Logo, João não tem tanto motivo pra reclamar da sorte.

Adoniran sabia como era difícil para São Paulo ser grande, entendia a dor de ser arranha-céu e de ser barracão. Sampa enfim pode ser consolada através de suas letras. Ele fez a década de 50 tremer, e olha que nem era um dos tremendões. Todos se renderam aos olhos pesados e bigode galante que formavam o rosto boêmio do sambista. Quem não se renderia, até eu daria mole, se ele me desse uma aliança feita com a corda mi do seu cavaquinho – foi o que ele fez na famosa “Prova de carinho”.

Os intelectuais o abraçaram, todos os nerds e universitários de plantão também, mas o povo para quem ele realmente cantava e dedicou a vida, esse se esqueceu dele. No fim da vida, não era tocado em rádios populares e o mercado não dava bola.

Morreu pobre, como quase todo sambista bom morre. Lançou 3 LPs em 40 anos de carreira, tinha fãs de grande nome em seu encalço, como Elis Regina. Exatos 28 anos atrás, o mundo perdeu Rubinato, quer dizer, Adoniran, Charutinho, enfim, ele podia ser quem quisesse, ele se dava esse direito. Parada cardíaca. Uma parada para ele foi o bastante, mas espero que tenha sido de barriga cheia. Só tenho a filosofia/ Que me dá consolação/ Com a barriga assim vazia/ Sei que morrerei/ No necrotério acabaria/ Mas não será de indigestão.

Adoniran não precisa de artigos para explicá-lo, ele mesmo sabia fazer isso, e fazia melhor do que qualquer Barbosa – Eu sou de humilde contato/ Tímido, nem sou loquaz/ Tenho espontâneo relato/ Do meu ego e o que me apraz/ Sou como sou não pedi.


''Todas as homenagens são poucas para esse ícone da música.Gente de todas as idades e gostos musicais admira o trabalho dele''

Serginho Rosa
(integrante dos Demônios da Garoa)




fontes: http://www.amalgama.blog.br
http://revistaepocasp.globo.com



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sábado, 1 de maio de 2010

:: 1º MAIO ::


O Dia do Trabalho é comemorado em 1º de maio. No Brasil e em vários países do mundo é um feriado nacional, dedicado a festas, manifestações, passeatas, exposições e eventos reivindicatórios.
Aqui no Brasil existem relatos de que a data é comemorada desde o ano de 1895. Porém, foi somente em setembro de 1925 que esta data tornou-se oficial, após a criação de um decreto do então presidente Artur Bernardes.
O Dia do Trabalho é essencialmente importante, porque é nessa data que lembramos o esforço humano para o progresso da humanidade.
Todas as pessoas, cada uma na sua profissão, são igualmente necessárias. A comunidade depende tanto de engenheiros e médicos quanto de pedreiros, lixeiros e agricultores.
Nada mais justo do que lembrar nesse dia de todos aqueles que com seu trabalho constroem algo de bom para a Pátria e para a Humanidade.



http://iaracaju.infonet.com.br/users/stocker/dia_do_trabalho.htm
http://www.suapesquisa.com/datascomemorativas/dia_do_trabalho.htm



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