sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

:: Jogos eletrônicos agora são reconhecidos como cultura para a legislação brasileira ::

Flavio Croffi Para o TechTudo

O Brasil finalmente conseguiu dar largos passos no mercado de entretenimento eletrônico. Os games já são considerados pela legislação brasileira como cultura. Quadro bem diferente do que o anterior, quando eles eram considerados jogos de azar – fator que também contribuía e muito para que os jogos eletrônicos sejam lançados com um preço elevado no Brasil, graças aos altos impostos.
GodofWar2God of War 2

Este trabalho aconteceu grande parte pelo esforço de uma iniciativa chamada “Jogo Justo”. Além de conseguir a façanha de fazer com que os games se tornem um produto cultural, o projeto contribuiu para que a cobrança do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) se tornasse isenta para os games. A decisão foi aprovada em caráter conclusivo na Câmara dos Deputados, mas ainda conta com mais duas etapas: será analisada pelas comissões de Constituição e Justiça e Cidadania e Finanças e Tributação.

Entre outras ações, o projeto também contribuiu para que lojas de varejo fizessem promoções especiais como o “Dia do Jogo Justo”, que simulava a venda de jogos sem aplicação de impostos e tributos brasileiros. Aparentemente, este tipo de iniciativa causou o barulho necessário para que as coisas mudassem.

Entre as novidades para os profissionais ligados ao mercado de games no Brasil, está a possibilidade de participar de Lei de incentivo cultural Rouanet. Ela permite que empresas e desenvolvedores utilizem o dinheiro que seria aplicado no pagamento de impostos para ser convertido em produção ou recursos para a criação de jogos.

Claro que, para todas essas mudanças, também não podemos tirar os créditos também das grandes empresas e fabricantes, que em passos largos caminham para se estabelecerem de forma cada vez mais enraizadas no Brasil. É o caso da Microsoft e Sony. Ambas aumentaram o número de jogos lançados em português brasileiro (com legendas ou dublagem), além de lançarem os seus consoles oficialmente por aqui. No caso da Microsoft, até a fabricação do console foi transferida para a Zona Franca de Manaus.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

:: Decisão que esvazia poder do CNJ ameaça 2.500 processos ::


Por Felipe Recondo

Praticamente todos os 2,5 mil processos em tramitação no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) correm o risco de "morrer na praia" com a liminar concedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello, que esvaziou as atribuições do colegiado.

De acordo com integrantes da Corregedoria Nacional de Justiça, quase todos os processos - entre pedidos de providência, reclamações disciplinares, sindicâncias e processos administrativos - foram abertos diretamente no CNJ. Muitos foram encaminhados para os tribunais locais continuarem a investigação e outros permaneceram no próprio Conselho.

Pela decisão do ministro, somente os tribunais locais podem abrir processos para investigar irregularidades cometidas por magistrados. O CNJ só poderia processar os juízes depois que o caso fosse concluído por essas cortes. A depender do alcance que for dado pelo STF a essa decisão, todos os processos que foram abertos na Corregedoria teriam de começar do zero nos tribunais locais. E isso levaria muitos dos casos à prescrição. Como são leves as punições administrativas para magistrados, o prazo de prescrição é curto - de seis meses a cinco anos - e começa a contar no momento em que o fato foi levado ao conhecimento de quem deve investigá-lo.

A liminar de Marco Aurélio ainda precisa ser julgada pelo Supremo, o que deve ocorrer na primeira sessão do tribunal após o recesso de fim do ano, em fevereiro. Caso a decisão seja mantida, os ministros terão então de determinar seu alcance. Caberá a eles, por exemplo, definir se o entendimento de Marco Aurélio vale para todos os casos já abertos ou se valeriam apenas da data do julgamento para frente, se as punições impostas em casos já julgados poderiam ser revistas e se as investigações que foram abertas diretamente pelo CNJ estariam viciadas e, com isso, deveriam ser anuladas.

Reservadamente, ministros afirmam que um acordo em relação a alguns pontos já estava praticamente costurado no tribunal para evitar o esvaziamento do Conselho Nacional de Justiça. No entanto, em razão do agravamento da crise entre a corregedora nacional de Justiça, Eliana Calmon, e o presidente do STF, Cezar Peluso, no final de setembro, o julgamento da ação que questionava os poderes do CNJ foi seguidamente adiado.

Outra decisão. Além dessa liminar, o STF terá de julgar se mantém ou não outra decisão provisória. Na segunda-feira à noite, o ministro Ricardo Lewandowski suspendeu liminarmente a devassa que a Corregedoria Nacional faria nas folhas de pagamento do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) e de outras 22 cortes. A pedido de associações de classe, que alegavam que Eliana Calmon comandava uma devassa nas contas dos magistrados e familiares, Lewandowski suspendeu a investigação e pediu informações sobre o caso.

A definição das competências do CNJ se arrasta há pelo menos dois anos. Em setembro, a crise gerada pelas ações do Conselho foi agravada quando Eliana Calmon afirmou haver "bandidos de toga" infiltrados na magistratura e ironizou a possibilidade de investigar o TJ paulista.

"Sabe que dia eu vou inspecionar São Paulo? No dia em que o sargento Garcia prender o Zorro. É um Tribunal de Justiça fechado, refratário a qualquer ação do CNJ e o presidente do Supremo Tribunal Federal é paulista", disse a ministra, na época.

Peluso comandou uma reação às declarações de Eliana Calmon no plenário do Conselho, com a divulgação de uma nota pública. As últimas decisões contrárias ao poder de investigação do CNJ tiveram justamente como pano de fundo a devassa feita na folha de pagamento e nas declarações de bens de desembargadores do TJ de SP.

fonte: estadao.com.br

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

:: Retorno ::

Prezados amigos,
Peço desculpa a todos pois abandonei o blog por 04 (quatro) meses. Foi um período de adaptações e mudanças na minha vida e aprendi muito nesse meio tempo pois muita coisa aconteceu. Estou naquela fase em que é necessário fazer escolhas e não tive tempo para me dedicar para o blog como eu queria. Agora com o final do ano se aproximando posso retomar minhas atividades aqui. Quero continuar passando para vocês a minha cotribuição para despertar no coração de cada brasileiro a sua obrigação em fazer do Brasil um país melhor.
Obrigada,
Petit ♥

Sugestões de temas para o e-mail: juventude.consciente@hotmail.com

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

:: Ativismo Digital ::


Protesto em 02/07/2011

Hoje a realidade é outra, de forma que os instrumentos de protestos e propagação de idéias tem se transformado e alterado assim, a forma e a linguagem das pessoas, que buscam e lutam por um país melhor. Exemplo dessa mudança são a explosão de blogs, petições online e os recentes ataques dos ciberativistas contra páginas governamentais.
O que se constituiu e impulsionou essa nova forma de ação foi o aumento da capacidade de processamento de informações na própria rede em progressão geométrica.
Censura e repressão, são comumente usados como mecanismos pelo qual o Estado mantém o controle sobre a sociedade. Por isso interpreto essa nova forma de ativismo, como uma eficaz forma de atrair as gerações para os problemas atuais.

Declaro aqui meu total apoio e essa nova geração de Ativistas!

Acredito que eles estão mostrando a verdade e ajudando o povo a desmascarar o nosso governo corrupto.

#Anonymous #LulzSec #AntiSec

sábado, 16 de julho de 2011

:: Cai a migração no Brasil ::


A população de um país não é apenas modificada pelas mortes e nascimentos de seus habitantes. É preciso levar em conta, também, os movimentos de entrada e de saída, ou seja, as migrações que ocorrem em seu território.
As migrações internas são aquelas que se processam no interior de um país como por exemplo êxodo rural.

De 1995 a 2000, 3,3 milhões de pessoas saíram de sua região para tentar a vida em um Estado em outra região. O fluxo principal era de nordestinos com destino ao Sudeste.
De 1999 a 2004, este contingente já foi menor: 2,8 milhões. De 2004 a 2009, caiu ainda mais, para 2 milhões de pessoas.
Para os técnicos do IBGE, a melhoria nas condições de vida no Norte e Nordeste e o crescimento de cidades médias em todas as regiões com mais serviços e opções de trabalho fez com que os deslocamentos, antes mais comuns entre grandes regiões, fossem substituídos por uma migração de pequena distância, muitas vezes entre cidades dentro da mesma região.

A história do povo brasileiro é uma história de migrações. As migrações não ocorreram ou ocorrem por causa de guerras, mas pela inconstância dos ciclos econômicos e de uma economia planejada independentemente das necessidades da população.
As migrações pelo território brasileiro estão associadas, como nota-se ao longo da história, a fatores econômicos, desde o tempo da colonização pelos europeus. Quando terminou o ciclo da cana-de-açúcar na região Nordeste e teve o início do ciclo do ouro, em Minas Gerais, houve um enorme deslocamento de pessoas em direção ao novo centro econômico do país. Graças ao ciclo do café e, posteriormente, com o processo de industrialização, a região Sudeste pôde se tornar efetivamente o grande pólo de atração de migrantes, que saíam de sua região de origem em busca de empregos ou melhores salários.

Acentuou-se, então, o processo de êxodo rural; migração do campo para a cidade, em larga escala. No meio rural, a miséria e a pobreza agravadas pela falta de infra-estrutura (educação, saúde, etc.), pela concentração de terras nas mãos dos latifundiários e pela mecanização das atividades agrárias, fazem com que a grande população rural se sinta atraída pelas perspectivas de um emprego urbano, que melhore o seu padrão de vida. O fascínio urbano torna-se, então, o principal fator de atração para as grandes cidades.

No entanto, o que ocorre é que a cidade não apresenta uma oferta de empregos compatível à procura. Em conseqüência surgem o desemprego e o sub-emprego no setor de serviços, como os vendedores ambulantes e os trabalhadores que vivem de fazer "bicos". E isso necessariamente vai resultar na formação de um cinturão marginal nas cidades, ou seja, o surgimento de favelas, palafitas e invasões urbanas.

Atualmente, nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro, é significativa a saída de população das metrópoles em direção às cidades médias do interior. A causa desse movimento é que as metrópoles estão completamente inchadas, com precariedade no atendimento de praticamente todos os serviços públicos, altos índices de desemprego e criminalidade. Já as cidades do interior desses estados, além de estar passando por um período de crescimento econômico, oferecem melhor qualidade de vida à população.

Este fenômeno é explicado principalmente pela migração de retorno, ou seja, brasileiros que haviam migrado do Sudeste para o Nordeste, mas optaram por voltar nos últimos anos.
Analisando por Estado, as unidades da federação com maior saldo migratório (número de imigrantes superior ao dos que saem, o que faz com que ganhem população) foram Goiás, Santa Catarina e Espírito Santo. No outro oposto --Estados que na conta dos que entraram e saíram acabaram perdendo população-- estão Bahia, São Paulo e Pará.

Fontes: folha.uol.com.br
geomundo.com.br

Post feito por Petit ♥

segunda-feira, 27 de junho de 2011

:: Ativismo Judiciário? ::

O reconhecimento da união civil homoafetiva pelo Supremo Tribunal Federal é apenas mais um exemplo da sobreposição do Poder Judiciário sob o Poder Legislativo.
Não que eu seja contra a união de gays. Apenas acho que as coisas foram feitas de qualquer jeito pela omissão de quem deveria agir.
A notícia de hoje no site da Veja: “Em uma decisão inédita no Brasil, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) converteu, nesta segunda-feira, uma união civil homoafetiva em casamento”. Na minha opinião esse ativismo judicial faz com que o Judiciário se torne falsamente o mais relevante dos três poderes em nosso país.
Idêntica questão foi colocada à Corte Constitucional da França, em janeiro desse ano. Entretanto lá foi diferente, pois foi declarado que cabe apenas ao Legislativo, se desejar mudar a legislação, fazê-lo, mas nunca ao Judiciário legislar sobre uniões homossexuais, pois a relação entre um homem e uma mulher, capaz de gerar filhos, é diferente daquela entre dois homens ou duas mulheres, incapaz de gerar descendentes, que compõem a entidade familiar.
Vejo isso tudo como o resultado da maioria comodista e minoria ativista de nosso país. De modo que os Magistrados não estão cumprindo sua função de julgar e sim usados para burlar as estruturas democráticas de distribuição de poderes.

Post feito por Petit ♥

sábado, 4 de junho de 2011

:: Marcha das Vagabundas ::


Depois de uma semana dormindo cerca de 3 (três) horas por dia, me alimentando mal, trabalhando até tarde e estudando como nunca, chegou o final de semana para recarregar minha bateria. Acordei tarde tomei meu banho, café da manhã, almocei, atualizei meu Iphone e resolvi pesquisar algum assunto para postar no blog. Como de costume acessei alguns sites de notícia para me inspirar e eis que me deparo com a seguinte notícia no site do estadão falando de uma matéria do Jornal da Tarde com a seguinte manchete: “Paulista recebe a marcha das vagabundas” me espantei com a notícia e resolvi ler para saber do que se tratava. Tal manifestação é inspirada em um protesto realizado no Canadá, o slutwalk. Detalhe da notícia: “mulheres irão protestar contra a violência e pelo direito de vestir o tipo de roupa que gostam, mesmo as mais sensuais, sem serem acusadas de provocar o estupro ou outras formas de violência sexual. Manifestantes prometem usar o que há de mais provocativo em seus guarda-roupas.”.
Concordo com fato de uma mulher se vestir de forma sensual não pode servir como justificativa para nenhum tipo de violência, mas expor o nome a mulher dessa forma também não é uma solução sensata de combater esse problema que é tão sério.
Nós mulheres precisamos aproveitar essa oportunidade de sermos livre de outra forma. Muitas mulheres na atualidade são escravas de estereótipos e muitas vezes se permitem colocar numa posição em que são usadas na mídia e no cotidiano como objetos.
Um dos comentários da matéria explicitou algo que eu concordo plenamente:

04/06/2011 - 12:05
Enviado por: Eugenio Santos
"... O dogma do “poder fazer o que quiser” acaba por levá-las a fazer o que os outros querem. Triste realidade."

Acho sim que as mulheres devem se manifestar e buscar o respeito e sua colocação na sociedade, mas acredito que este não é o caminho mais adequado.
Todos possuem a liberdade de se vestir como querem, mas é tudo questão de bom senso. Usar um decote e mina saia na balada é uma coisa, usar no ambiente de trabalho é outra.
Essa manifestação mais me parece uma exposição desnecessária da figura sensual da mulher do que um protesto contra a violência.
É nosso dever protestar? Claro que é mas não precisa ser de forma ridícula e apelativa né?

Link da matéria para quem quiser conferir : Blog do Jornal da Tarde


Post feito por Petit ♥

segunda-feira, 23 de maio de 2011

:: Biblioteca e cultura ::

Muito do que escrevo reflete o momento em que estou vivendo ou algum assunto de maior relevância conforme a situação.
O assunto de hoje é a arte e cultura que são direitos sociais previstos na Constituição Federal. Vale ressaltar que não cabe apenas ao Poder Público, mas a família, comunidade e toda a sociedade.
Moro em São Paulo e sempre gostei muito de ler e na época do cursinho pré vestibular por intermédio de um amigo meu, conheci uma biblioteca pública perto do cursinho que realizava palestras sobre literatura.
Até então eu desconhecia que as bibliotecas públicas de São Paulo tinham tanta qualidade e me deparei com uma grande variedade de livros e cultura à disposição de todos e sem custo nenhum, pois nas bibliotecas além dos livros são oferecidos fiilmes, peças de teatro, cursos, shows entre outros.
Por isso o post de hoje é uma dica pra todos: Aproveitem a oportunidade de se informar, aprender e se divertir. A dica é ir até uma biblioteca perto de você e conhecer os livros e atrações que ela dispõe. Bom divertimento!

sábado, 14 de maio de 2011

:: Michel Temer ::


Michel Temer recebendo Láurea Palmas Acadêmicas

Na última sexta feria (13/05) recebemos na nossa Universidade (Mackenzie) o vice-presidente da República Federativa do Brasil, doutor Michel Temer, para uma aula magna com o tema "Reforma Política".
Apesar do nome de Michel Temer estar envolvido com alguns escândalos como os casos de corrupção como a Operação Castelo de Areia que investiga corrupção dentro da construtora Camargo Correa e Operação Caixa de Pandora que investiga o Mensalão do DEM no Distrito Federal, precisamos admitir que ele possui uma carreira sólida como operador do Direito e que contribui com grandes conquistas de nosso país como por exemplo a responsabilidade dele na criação da primeira delegacia da mulher no Brasil após a omissão das autoridades diante de tantos crimes.
Desta forma destaco abaixo alguns pontos do que foi discutido pelo Doutor Michel Temer.
Primeiramente ele diferenciou o conceito de política do de Direito, pois a política antecede a criação da norma jurídica e é nela em que se discute o que será objeto dos anseios e proteção do Estado Nacional.
Doutor Michel Temer em todo momento, usou a Interpretação Sistêmica, que é aquela por meio da qual o intérprete analisa o dispositivo legal no sistema no qual ele está contido, e não de forma isolada, sendo assim destacou algumas palavras como, por exemplo, o termo “poder na Constituição Federal de 1988” que é usado tanto para expressar a soberania do Estado brasileiro, como também para representar o conceito de órgãos quando se refere aos três poderes (executivo, legislativo e judiciário) ou então como o exercício da função delegada pela Constituição.

Outros dois destaques foram para as chamadas medidas provisórias e os diversos tipos de exercício do Voto.
As medidas provisórias representam a possibilidade em que o Executivo tem para editar normas em casos de relevância urgência, têm força de lei e sua vigência é imediata. Sabe-se que se as medidas provisórias não forem apreciadas em até 45 (quarenta e cinco dias) trancam a pauta da Casa do Congresso, vedando até mesmo a votação das "demais deliberações legislativas".

Para Temer, as medidas provisórias somente têm o poder de travar a votação de matérias que podem ser objeto delas mesmas. Assim, a votação de Projetos de Emendas Constitucionais, Resoluções, Projetos de Lei Complementar, entre outras matérias elencadas no §1º do artigo 62, não poderiam ser barradas, pois edição das medidas provisórias deve ser interpretada à luz do princípio da separação de poderes, pois cabe ao Legislativo não só editar normas como também ditar projetos e apreciar quais serão deliberados.

Em relação ao voto deixarei para o próximo post pois quero tratar da matéria com mais cuidado e estudo.


Post feito por Petit ♥

domingo, 24 de abril de 2011

:: Dia da Força Aérea Brasileira ::


No dia 22 de abril foi comemorado o dia da Aeronáutica, também conhecida como Força Aérea Brasileira - FAB que é a maior força aérea da América Latina, sendo responsável por defender o país através dos ares. É a mais rica em número de aviões, bem como pelo poder de fogo.A proteção feita pela FAB é através da fiscalização das fronteiras, da observação e patrulhamento de aviões desconhecidos que adentram o espaço aéreo no Brasil, gerenciar a aviação civil, garantindo a segurança, além da fiscalização da infraestrutura dos nossos aeroportos e fiscalizar o correio aéreo nacional.Além desses, opera também nas unidades de transporte e de carga, além de ter um programa espacial, específico.

O Dia da Força Aérea Brasileira FAB é uma homenagem à data em que o 1º Grupo de Aviação de Caça realizou o maior número de missões durante a Segunda Guerra Mundial, em 1945. Nesse dia, o grupo chegou a realizar 11 missões, envolvendo 44 decolagens com apenas 22 pilotos. A primeira missão começou às 8:30 e o último avião retornou à base às 20:45.
Junto com o Exército e a Marinha, a Força Aérea Brasileira FAB compõe as Forças Armadas brasileiras, subordinadas ao Ministério da Defesa. Entre tantas outras atribuições, a FAB é responsável, no ar, pela defesa do território brasileiro, realizando vôos de observação ou ataque. Também serve à sociedade, orientando, coordenando e controlando a aviação civil, e emociona as pessoas com as manobras radicais da Esquadrilha da Fumaça.

A FAB desenvolveu um importante programa, o SIVAM, responsável pelo gerenciamento do Sistema de Vigilância da Amazônia.
As unidades de aviação existentes na FAB são: as de instrução, as de busca e salvamento, as de asas rotativas, as de patrulhamento, de reconhecimento, de caça e a aviação de transporte.
A força aérea da aeronáutica conta com um efetivo de 73.500 homens. Seu centro de comando está localizado em Brasília, através do ministério da defesa, sendo que seu comandante supremo é o presidente da república. Essa armada possui como lema “asas que protegem o país”.

Em sua estrutura, a força aérea do Brasil tem um comando militar, o COMAER, pelo qual aparecem mais quatro comandos subordinados: o de Operações Aéreas, o de apoio, o de pessoal e o de tecnologia aeroespacial. Além desses, estão subordinados os dois departamentos (de controle do espaço aéreo e de ensino da aeronáutica) e órgãos relacionados ao funcionamento da aviação aérea do país, militar ou civil, bases aéreas e órgãos relacionados.

Fontes: portalescola.blogspot.com
brasilescola.com

Post feito por Petit ♥

terça-feira, 19 de abril de 2011

:: E mulher lá sabe governar? ::

O texto de hoje é uma contribuição de amigo meu chamado Vagner. O mais legal é que a gente se conheceu pelo meu blog o Juventude Consciente. Nossa amizade se construiu por um gosto em comum a Política e depois de um tempo descobri que além de compartilhar o posiocionamento nacionalista, nós estudavamos na mesma Universidade, e cursavamos Direito no mesmo semestre sendo que a única diferença eram as nossas salas. Desta forma publicarei os textos dele aqui semanalmente, mostrando sempre minha gratidão e admiração por esse amigo querido. Boa leitura!



E mulher lá sabe governar?

Rá, mulheres no poder se tornam candaces!

No carnaval do ano de 2007 tive a oportunidade de visitar a cidade do Rio de Janeiro e realizar um sonho que tinha desde criança, assistir o desfile das escolas de samba. Naquele ano, uma das escolas de samba do grupo especial do Rio, Acadêmicos do Salgueiro (que por um mero acaso é minha escola do coração) trouxe um enredo chamado “Candaces”!

Candaces? Mas que merda é essa? E o que isto tem a ver com governar, mulheres e poder?

“Candace” quer dizer mulher guerreira! Era uma denominação honorifica, uma espécie de titulo concedido às rainhas da África oriental que governaram antes da era cristã, como por exemplo, Makeda, a rainha de Sabá, e Nefertiti, rainha do Egito.


Candaces mulheres… Guerreiras!
Na luta, justiça e liberdade!
Rainhas soberanas…
Florescendo para a eternidade!


O Salgueiro contou como as Candaces (ou mulheres guerreiras), detinham uma enorme influencia nas decisões políticas em suas respectivas épocas, como também um espantoso poderio civil e militar.

Depois de assistir esse desfile compreendi como estamos enganados pensando que as mulheres sempre foram coadjuvantes no cenário político ao longo da historia, e mais enganados ainda imaginando que a mudança que resultou na ascensão das mulheres a postos importantes da política começou a ocorrer nos anos 1960 a partir das “revoluções” arquitetadas e feitas pelo “MSF” movimento sem feminilidade… Oh me desculpem, eu quis dizer “MF”, movimento feminista.

No decorrer do ano de 2007 procurei saber mais dessas mulheres bravas e astutas que ajudaram a modelar a historia. Durante minha pesquisa constatei que mesmo nos períodos mais remotos, existiram muitas mulheres que influenciaram de forma marcante o nosso mundo, e principalmente, verifiquei que as mulheres no poder são tão, ou muito mais capazes do que os homens, tanto na realização de coisas positivas e benéficas para a humanidade, como também para as coisas ruins, destituídas de piedade e senso moral.

Diante disso, resolvi compilar uma lista que se propõe apontar as dez mulheres mais influentes da historia política da humanidade!

Elaborar essa lista não foi fácil, uma vez que muitas e muitas mulheres poderiam estar nesse TOP 10. Mas, como só cabem dez, tive a muito contragosto que cortar algumas, e talvez ate cometer uma certa injustiça. Devo ressaltar que as mulheres que figuram nessa lista não estão distribuídas de acordo com sua importância e relevância, pois cada uma delas tem o seu valor e teve o seu momento. Em outras palavras, a primeira colocada não será necessariamente mais importante que a décima.

Abrindo nossa lista:

10° Lugar : La justiciera, Evita Perón!

O carisma será um fator constantemente presente nesta lista, já que liderança e carisma são duas coisas que andam juntas. O que seria dos grandes lideres sem o carisma? Sem aquele encanto pessoal, aquela mistura de coragem, sonho e autoconfiança, que desperta nossa atenção e nos conquista?

E Evita Perón foi uma mulher que se fez pelo carisma. A habilidade pessoal que essa ex-atriz detinha para lhe dar com o povo, com os pobres, com os “descamisados” (termo criado por ela), era algo excepcional. Aliado a isto estava sua beleza, inteligência e elegância. Ela representou o charme do governo de Juan Domingo Perón, a época de ouro da Argentina.

Juan Domingo Perón foi um presidente bastante amado pelos “hermanos”, justamente pelas políticas públicas que realizou em seu governo, políticas que favoreciam os mais pobres, em detrimento dos mais ricos.

A Evita cabia a responsabilidade de angariar a simpatia dos miseráveis. Com discursos populistas e projetos eleitoreiros como: auxilio financeiro a desempregados, criação de instituições filantrópicas sustentadas pelo estado que davam abrigo a sem tetos e órfãos, e projetos que ofereciam alimentação gratuita em bairros pobres. Ela se tornou aos poucos um símbolo para as classes populares.

Mãe protetora…

A mulher que “abraçava” de forma carinhosa os injustiçados por um sistema perverso que fazia com que boa parte dos argentinos vivesse em condições sub humanas!

No entanto, apesar de toda a atenção que Evita dispensava para as classes menos abastadas, isso como já foi dito era um artifício bem conhecido na política, sobretudo na política latino americana: o populismo!

Falar o que o povo quer ouvir… Prometer soluções imediatas… Achar “alguém” para que o povo possa odiar e culpar pelas suas moléstias.

Evita sempre negou taxativamente ser uma militante de esquerda, mas freqüentemente apoiava e incitava manifestações contra a elite Argentina, que quase sempre terminavam em pancadaria e confusão.

“A violência nas mãos do povo não é violência, mas justiça”. Evita

Alguns anos depois de sua morte, aos 33 anos de idade em virtude de um câncer, ela teve seu nome envolvido em escândalos de corrupção. A mais famosa dessas acusações foi apontada por uma investigação feita pelo governo argentino no final dos anos 70.

Lembram que lá no inicio eu tinha dito que um dos famosos projetos populares do governo de Juan Domingo Perón era, “… criação de instituições filantrópicas sustentadas pelo estado que davam abrigo a sem tetos e órfãos”, pois bem, esta investigação concluiu que um dos orfanatos para crianças administrado pela própria Evita, servia na realidade como uma “lavanderia”.

O casal presidencial enviava verbas milionárias para este orfanato, porem só uma pequena parte do dinheiro era investida na manutenção deste. O resto se destinava a custear os “pequenos” luxos de Evita. Carros, casas e vestidos majestosos.

Corrupção à parte…

Mesmo tendo uma vida curta, Evita Perón conseguiu imprimir sua marca na historia da Argentina e do mundo. Sem ela, Juan Domingo Perón não teria conquistado as graças do povo argentino. E este povo, mesmo tantos anos depois da morte de Evita, e com as acusações que envolveram seu nome, continua a considera-la uma heroína!

Santa Evita…

Conselho… Se você visitar a Argentina, nem pense em falar qualquer coisa negativa em relação a esta mulher, pois se o fizer, certamente a coisa vai ficar feia. Meter o pau em Evita Perón, é o mesmo que dizer a um argentino que o Pelé é melhor que o Maradona!

Post feito por Petit ♥

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

:: CAPITALISMO ::

por Ludwig von Mises


Certas expressões usadas pelo povo são, muitas vezes, inteiramente equivocadas. Assim, atribuem-se a capitães de indústria e a grandes empresários de nossos dias epítetos como "o rei do chocolate", "o rei do algodão" ou "o rei do automóvel". Ao usar essas expressões, o povo demonstra não ver praticamente nenhuma diferença entre os industriais de hoje e os reis, duques ou lordes de outrora. Mas, na realidade, a diferença é enorme, pois um rei do chocolate absolutamente não rege, ele serve. Não reina sobre um território conquistado, independente do mercado, independente de seus compradores. O rei do chocolate — ou do aço, ou do automóvel, ou qualquer outro rei da indústria contemporânea — depende da indústria que administra e dos clientes a quem presta serviços. Esse "rei" precisa se conservar nas boas graças dos seus súditos, os consumidores: perderá seu "reino" assim que já não tiver condições de prestar aos seus clientes um serviço melhor e de mais baixo custo que o oferecido por seus concorrentes.

Duzentos anos atrás, antes do advento do capitalismo, o status social de um homem permanecia inalterado do princípio ao fim de sua existência: era herdado dos seus ancestrais e nunca mudava. Se nascesse pobre, pobre seria para sempre; se rico — lorde ou duque —, manteria seu ducado, e a propriedade que o acompanhava, pelo resto dos seus dias.

No tocante à manufatura, as primitivas indústrias de beneficiamento da época existiam quase exclusivamente em proveito dos ricos. A grande maioria do povo (90% ou mais da população europeia) trabalhava na terra e não tinha contato com as indústrias de beneficiamento, voltadas para a cidade. Esse rígido sistema da sociedade feudal imperou, por muitos séculos, nas mais desenvolvidas regiões da Europa.

Contudo, a população rural se expandiu e passou a haver um excesso de gente no campo. Os membros dessa população excedente, sem terras herdadas ou bens, careciam de ocupação. Também não lhes era possível trabalhar nas indústrias de beneficiamento, cujo acesso lhes era vedado pelos reis das cidades. O número desses "párias" crescia incessantemente, sem que todavia ninguém soubesse o que fazer com eles. Eram, no pleno sentido da palavra, "proletários", e ao governo só restava interná-los em asilos ou casas de correção. Em algumas regiões da Europa, sobretudo nos Países Baixos e na Inglaterra, essa população tornou-se tão numerosa que, no século XVIII, constituía uma verdadeira ameaça à preservação do sistema social vigente.

Hoje, ao discutir questões análogas em lugares como a Índia ou outros países em desenvolvimento, não devemos esquecer que, na Inglaterra do século XVIII, as condições eram muito piores. Naquele tempo, a Inglaterra tinha uma população de seis ou sete milhões de habitantes, dos quais mais de um milhão — provavelmente dois — não passavam de indigentes a quem o sistema social em vigor nada proporcionava. As medidas a tomar com relação a esses deserdados constituíam um dos maiores problemas da Inglaterra.

Outro sério problema era a falta de matérias-primas. Os ingleses eram obrigados a enfrentar a seguinte questão: que faremos, no futuro, quando nossas florestas já não nos derem a madeira de que necessitamos para nossas indústrias e para aquecer nossas casas? Para as classes governantes, era uma situação desesperadora. Os estadistas não sabiam o que fazer e as autoridades em geral não tinham qualquer ideia sobre como melhorar as condições.

Foi dessa grave situação social que emergiram os começos do capitalismo moderno. Dentre aqueles párias, aqueles miseráveis, surgiram pessoas que tentaram organizar grupos para estabelecer pequenos negócios, capazes de produzir alguma coisa. Foi uma inovação. Esses inovadores não produziam artigos caros, acessíveis apenas às classes mais altas: produziam bens mais baratos, que pudessem satisfazer as necessidades de todos. E foi essa a origem do capitalismo tal como hoje funciona. Foi o começo da produção em massa — princípio básico da indústria capitalista. Enquanto as antigas indústrias de beneficiamento funcionavam a serviço da gente abastada das cidades, existindo quase que exclusivamente para corresponder às demandas dessas classes privilegiadas, as novas indústrias capitalistas começaram a produzir artigos acessíveis a toda a população. Era a produção em massa, para satisfazer às necessidades das massas.

Este é o principio fundamental do capitalismo tal como existe hoje em todos os países onde há um sistema de produção em massa extremamente desenvolvido: as empresas de grande porte, alvo dos mais fanáticos ataques desfechados pelos pretensos esquerdistas, produzem quase exclusivamente para suprir a carência das massas. As empresas dedicadas à fabricação de artigos de luxo, para uso apenas dos abastados, jamais têm condições de alcançar a magnitude das grandes empresas. E, hoje, os empregados das grandes fábricas são, eles próprios, os maiores consumidores dos produtos que nelas se fabricam. Esta é a diferença básica entre os princípios capitalistas de produção e os princípios feudalistas de épocas anteriores.

Quando se pressupõe ou se afirma a existência de uma diferença entre os produtores e os consumidores dos produtos da grande empresa, incorre-se em grave erro. Nas grandes lojas dos Estados Unidos, ouvimos o slogan: "O cliente tem sempre razão." E esse cliente é o mesmo homem que produz, na fábrica, os artigos à venda naqueles estabelecimentos. Os que pensam que a grande empresa detém um enorme poder também se equivocam, uma vez que a empresa de grande porte é inteiramente dependente da preferência dos que lhes compram os produtos; a mais poderosa empresa perderia seu poder e sua influência se perdesse seus clientes.

Há cinquenta ou sessenta anos, era voz corrente em quase todos os países capitalistas que as companhias de estradas de ferro eram por demais grandes e poderosas: sendo monopolistas, tornavam impossível a concorrência. Alegava-se que, na área dos transportes, o capitalismo já havia atingido um estágio no qual se destruira a si mesmo, pois que eliminara a concorrência. O que se descurava era o fato de que o poder das ferrovias dependia de sua capacidade de oferecer à população um meio de transporte melhor que qualquer outro. Evidentemente teria sido absurdo concorrer com uma dessas grandes estradas de ferro, através da implantação de uma nova ferrovia paralela à anterior, porquanto a primeira era suficiente para atender às necessidades do momento. Mas outros concorrentes não tardaram a aparecer. A livre concorrência não significa que se possa prosperar pela simples imitação ou cópia exata do que já foi feito por alguém. A liberdade de imprensa não significa o direito de copiar o que outra pessoa escreveu, e assim alcançar o sucesso a que o verdadeiro autor fez jus por suas obras. Significa o direito de escrever outra coisa. A liberdade de concorrência no tocante às ferrovias, por exemplo, significa liberdade para inventar alguma coisa, para fazer alguma coisa que desafie as ferrovias já existentes e as coloque em situação muito precária de competitividade.

Nos Estados Unidos, a concorrência que se estabeleceu através dos ônibus, automóveis, caminhões e aviões impôs às estradas de ferro grandes perdas e uma derrota quase absoluta no que diz respeito ao transporte de passageiros.

O desenvolvimento do capitalismo consiste em que cada homem tem o direito de servir melhor e/ou mais barato o seu cliente. E, num tempo relativamente curto, esse método, esse princípio, transformou a face do mundo, possibilitando um crescimento sem precedentes da população mundial.

Na Inglaterra do século XVIII, o território só podia dar sustento a seis milhões de pessoas, num baixíssimo padrão de vida. Hoje, mais de cinquenta milhões de pessoas aí desfrutam de um padrão de vida que chega a ser superior ao que desfrutavam os ricos no século XVIII. E o padrão de vida na Inglaterra de hoje seria provavelmente mais alto ainda, não tivessem os ingleses dissipado boa parte de sua energia no que, sob diversos pontos de vista, não foram mais que "aventuras" políticas e militares evitáveis.

Estes são os fatos acerca do capitalismo. Assim, se um inglês — ou, no tocante a esta questão, qualquer homem de qualquer país do mundo — afirmar hoje aos amigos ser contrário ao capitalismo, há uma esplêndida contestação a lhe fazer: "Sabe que a população deste planeta é hoje dez vezes maior que nos períodos precedentes ao capitalismo? Sabe que todos os homens usufruem hoje um padrão de vida mais elevado que o de seus ancestrais antes do advento do capitalismo? E como você pode ter certeza de que, se não fosse o capitalismo, você estaria integrando a décima parte da população sobrevivente? Sua mera existência é uma prova do êxito do capitalismo, seja qual for o valor que você atribua à própria vida."

Não obstante todos os seus benefícios, o capitalismo foi furiosamente atacado e criticado. É preciso compreender a origem dessa aversão. É fato que o ódio ao capitalismo nasceu não entre o povo, não entre os próprios trabalhadores, mas em meio à aristocracia fundiária — a pequena nobreza da Inglaterra e da Europa continental. Culpavam o capitalismo por algo que não lhes era muito agradável: no início do século XIX, os salários mais altos pagos pelas indústrias aos seus trabalhadores forçaram a aristocracia agrária a pagar salários igualmente altos aos seus trabalhadores agrícolas. A aristocracia atacava a indústria criticando o padrão de vida das massas trabalhadoras.

Obviamente, do nosso ponto de vista, o padrão de vida dos trabalhadores era extremamente baixo. Mas, se as condições de vida nos primórdios do capitalismo eram absolutamente escandalosas, não era porque as recém-criadas indústrias capitalistas estivessem prejudicando os trabalhadores: as pessoas contratadas pelas fábricas já subsistiam antes em condições praticamente subumanas.

A velha história, repetida centenas de vezes, de que as fábricas empregavam mulheres e crianças que, antes de trabalharem nessas fábricas, viviam em condições satisfatórias, é um dos maiores embustes da história. As mães que trabalhavam nas fábricas não tinham o que cozinhar: não abandonavam seus lares e suas cozinhas para se dirigir às fábricas — corriam a elas porque não tinham cozinhas e, ainda que as tivessem, não tinham comida para nelas cozinharem. E as crianças não provinham de um ambiente confortável: estavam famintas, estavam morrendo. E todo o tão falado e indescritível horror do capitalismo primitivo pode ser refutado por uma única estatística: precisamente nesses anos de expansão do capitalismo na Inglaterra, no chamado período da Revolução Industrial inglesa, entre 1760 e 1830, a população do país dobrou, o que significa que centenas de milhares de crianças — que em outros tempos teriam morrido — sobreviveram e cresceram, tornando-se homens e mulheres.

Não há dúvida de que as condições gerais de vida em épocas anteriores eram muito insatisfatórias. Foi o comércio capitalista que as melhorou. Foram justamente aquelas primeiras fábricas que passaram a suprir, direta ou indiretamente, as necessidades de seus trabalhadores, através da exportação de manufaturados e da importação de alimentos e matérias-primas de outros países. Mais uma vez, os primeiros historiadores do capitalismo falsearam - é difícil usar uma palavra mais branda — a história.

Há uma anedota — provavelmente inventada — que se costuma contar a respeito de Benjamin Franklin: em visita a um cotonifício na Inglaterra, Benjamin Franklin ouviu do proprietário cheio de orgulho: "Veja, temos aqui tecidos de algodão para a Hungria." Olhando à sua volta e constatando que os trabalhadores estavam em andrajos, Franklin perguntou: "E por que não produz também para os seus empregados?"

Mas as exportações de que falava o dono do cotonifício realmente significavam que ele de fato produzia para os próprios empregados, visto que a Inglaterra tinha de importar toda a sua matéria-prima. Não possuía nenhum algodão, como também ocorria com a Europa continental. A Inglaterra atravessava uma fase de escassez de alimentos: era necessária sua importação da Polônia, da Rússia, da Hungria. Assim, as exportações — como as de tecidos — se constituíam no pagamento de importações de alimentos necessários à sobrevivência da população inglesa. Muitos exemplos da história dessa época revelarão a atitude da pequena nobreza e da aristocracia com relação aos trabalhadores. Quero citar apenas dois. Um é o famoso sistema inglês do seed and land. Por tal sistema, o governo inglês pagava a todos os trabalhadores que não chegavam a receber um salário mínimo (oficialmente fixado) a diferença entre o que recebiam e esse mínimo. Isso poupava à aristocracia fundiária o dissabor de pagar salários mais altos. A pequena nobreza continuaria pagando o tradicionalmente baixo salário agrícola, suplementado pelo governo. Evitava-se, assim, que os trabalhadores abandonassem as atividades rurais em busca de emprego nas fábricas urbanas.

Oitenta anos depois, após a expansão do capitalismo da Inglaterra para a Europa continental, mais uma vez verificou-se a reação da aristocracia rural contra o novo sistema de produção. Na Alemanha, os aristocratas prussianos — tendo perdido muitos trabalhadores para as indústrias capitalistas, que ofereciam melhor remuneração — cunharam uma expressão especial para designar o problema: "fuga do campo" — Landflucht. Discutiu-se, então, no parlamento alemão, que tipo de medida se poderia tomar contra aquele mal -- e tratava-se indiscutivelmente de um mal, do ponto de vista da aristocracia rural. O príncipe Bismarck, o famoso chanceler do Reich alemão, disse um dia num discurso: "Encontrei em Berlim um homem que havia trabalhado em minhas terras. Perguntei-lhe: 'Por que deixou minhas terras? Por que deixou o campo? Por que vive agora em Berlim?'"

E, segundo Bismarck, o homem respondeu: "Na aldeia não se tem, como aqui em Berlim, um Biergarten tão lindo, onde nos podemos sentar; tomar cerveja e ouvir música." Esta é, sem dúvida, uma estória contada do ponto de vista do príncipe Bismarck, o empregador. Não seria o ponto de vista de todos os seus empregados. Estes acorriam à indústria porque ela lhes pagava salários mais altos e elevava seu padrão de vida a níveis sem precedentes.

Hoje, nos países capitalistas, há relativamente pouca diferença entre a vida básica das chamadas classes mais altas e a das mais baixas: ambas têm alimento, roupas e abrigo. Mas no século XVIII, e nos que o precederam, o que distinguia o homem da classe média do da classe baixa era o fato de o primeiro ter sapatos, e o segundo, não. Hoje, nos Estados Unidos, a diferença entre um rico e um pobre reduz-se muitas vezes à diferença entre um Cadillac e um Chevrolet. O Chevrolet pode ser de segunda mão, mas presta a seu dono basicamente os mesmos serviços que o Cadillac poderia prestar, uma vez que também está apto a se deslocar de um local a outro. Mais de 50% da população dos Estados Unidos vivem em casas e apartamentos próprios.

As investidas contra o capitalismo — especialmente no que se refere aos padrões salariais mais altos — tiveram por origem a falsa suposição de que os salários são, em última análise, pagos por pessoas diferentes daquelas que trabalham nas fábricas. Certamente, nada impede que economistas e estudantes de teorias econômicas tracem uma distinção entre trabalhador e consumidor. Mas o fato é que todo consumidor tem de ganhar, de uma maneira ou de outra, o dinheiro que gasta, e a imensa maioria dos consumidores é constituída precisamente por aquelas mesmas pessoas que trabalham como empregados nas empresas produtoras dos bens que consomem.

No capitalismo, os padrões salariais não são estipulados por pessoas diferentes das que ganham os salários: são essas mesmas pessoas que os manipulam. Não é a companhia cinematográfica de Hollywood que paga os salários de um astro das telas, quem os paga é o público que compra ingresso nas bilheterias dos cinemas. E não é o empresário de uma luta de boxe que cobre as enormes exigências de lutadores laureados, mas sim a plateia, que compra entradas para a luta. A partir da distinção entre empregado e empregador, traça-se, no plano da teoria econômica, uma distinção que não existe na vida real. Nesta, empregador e empregado são, em última análise, uma só e a mesma pessoa.

Em muitos países há quem considere injusto que um homem obrigado a sustentar uma família numerosa receba o mesmo salário que outro, responsável apenas pela própria manutenção. No entanto, o problema é não questionar se é ao empresário ou não que cabe assumir a responsabilidade pelo tamanho da família de um trabalhador.

A pergunta que deve ser feita neste caso é: você, como indivíduo, se disporia a pagar mais por alguma coisa, digamos, um pão, se for informado de que o homem que o fabricou tem seis filhos? Uma pessoa honesta por certo responderia negativamente, dizendo: "Em principio, sim. Mas na prática tenderia a comprar o pão feito por um homem sem filho nenhum." O fato é que o empregador a quem os compradores não pagam o suficiente para que ele possa pagar seus empregados se vê na impossibilidade de levar adiante seus negócios.

O "capitalismo" foi assim batizado não por um simpatizante do sistema, mas por alguém que o tinha na conta do pior de todos os sistemas históricos, da mais grave calamidade que jamais se abatera sobre a humanidade. Esse homem foi Karl Marx. Não há razão, contudo, para rejeitar a designação proposta por Marx, uma vez que ela indica claramente a origem dos grandes progressos sociais ocasionados pelo capitalismo. Esses progressos são fruto da acumulação do capital; baseiam-se no fato de que as pessoas, por via de regra, não consomem tudo o que produzem e no fato de que elas poupam — e investem — parte desse montante.

Reina um grande equívoco em torno desse problema. Ao longo destas seis palestras, terei oportunidade de abordar os principais mal-entendidos em voga, relacionados com a acumulação do capital, com o uso do capital e com os benefícios universais auferidos a partir desse uso. Tratarei do capitalismo particularmente em minhas palestras dedicadas ao investimento externo e a esse problema extremamente crítico da política atual que é a inflação. Todos sabem, é claro, que a inflação não existe só neste país. Constitui hoje um problema em todas as partes do mundo. O que muitas vezes não se compreende a respeito do capitalismo é o seguinte: poupança significa benefícios para todos os que desejam produzir ou receber salários.

Quando alguém acumula certa quantidade de dinheiro — mil dólares, digamos — e confia esses dólares, em vez de gastá-los, a uma empresa de poupança ou a uma companhia de seguros, transfere esse dinheiro para um empresário, um homem de negócios, o que vai permitir que esse empresário possa expandir suas atividades e investir num projeto, que na véspera ainda era inviável, por falta do capital necessário. Que fará então o empresário com o capital recém-obtido? Certamente a primeira coisa que fará, o primeiro uso que dará a esse capital suplementar será a contratação de trabalhadores e a compra de matérias-primas — o que promoverá, por sua vez, o surgimento de uma demanda adicional de trabalhadores e matérias-primas, bem como uma tendência à elevação dos salários e dos preços dessas matérias-primas. Muito antes que o poupador ou o empresário tenham obtido algum lucro em tudo isso, o trabalhador desempregado, o produtor de matérias-primas, o agricultor e o assalariado já estarão participando dos benefícios das poupanças adicionais.

O que o empresário virá ou não a ganhar com o projeto depende das condições futuras do mercado e de seu talento para prevê-las corretamente. Mas os trabalhadores, assim como os produtores de matéria-prima, auferem as vantagens de imediato. Muito se falou, trinta ou quarenta anos atrás, sobre a "política salarial" — como a denominavam — de Henry Ford. Uma das maiores façanhas do senhor Ford consistia em pagar salários mais altos que os oferecidos pelas demais industrias ou fábricas. Sua política salarial foi descrita como uma "invenção". Não se pode, no entanto, dizer que essa nova política "inventada" seja simplesmente um fruto da liberalidade do senhor Ford. Um novo ramo industrial — ou uma nova fábrica num ramo já existente — precisa atrair trabalhadores de outros empregos, de outras regiões do país e até de outros países. E não há outra maneira de fazê-lo senão através do pagamento de salários mais altos aos trabalhadores. Foi o que ocorreu nos primórdios do capitalismo, e é o que ocorre até hoje.

Na Grã-Bretanha, quando os fabricantes começaram a produzir artigos de algodão, eles passaram a pagar aos seus trabalhadores mais do que estes ganhavam antes. Ê verdade que grande porcentagem desses novos trabalhadores jamais ganhara coisa alguma antes. Estavam, então, dispostos a aceitar qualquer quantia que lhes fosse oferecida. Mas, pouco tempo depois, com a crescente acumulação do capital e a implantação de um número cada vez maior de novas empresas, os salários se elevaram, e como consequência houve aquele aumento sem precedentes da população inglesa, ao qual já me referi. A reiterada caracterização depreciativa do capitalismo como um sistema destinado a tornar os ricos mais ricos e os pobres mais pobres é equivocada do começo ao fim. A tese de Marx concernente ao advento do capitalismo baseou-se no pressuposto de que os trabalhadores estavam ficando mais pobres, de que o povo estava ficando mais miserável, o que finalmente redundaria na concentração de toda a riqueza de um país em umas poucas mãos, ou mesmo nas de um homem só. Como consequência, as massas trabalhadoras empobrecidas se rebelariam e expropriariam os bens dos opulentos proprietários.

Segundo essa doutrina de Marx, é impossível, no sistema capitalista, qualquer oportunidade, qualquer possibilidade de melhoria das condições dos trabalhadores. Em 1865, falando perante a Associação Internacional dos Trabalhadores, na Inglaterra, Marx afirmou que a crença de que os sindicatos poderiam promover melhores condições para a população trabalhadora era "absolutamente errônea". Qualificou a política sindical voltada para a reivindicação de melhores salários e menor número de horas de trabalho de conservadora -- era este, evidentemente, o termo mais desabonador a que Marx podia recorrer. Sugeriu que os sindicatos adotassem uma nova meta revolucionária: a "completa abolição do sistema de salários", e a substituição do sistema de propriedade privada pelo "socialismo" — a posse dos meios de produção pelo governo.

Se consideramos a história do mundo — e em especial a história da Inglaterra a partir de 1865 — verificaremos que Marx estava errado sob todos os aspectos. Não há um só país capitalista em que as condições do povo não tenham melhorado de maneira inédita. Todos esses progressos ocorridos nos últimos oitenta ou noventa anos produziram-se a despeito dos prognósticos de Karl Marx: os socialistas de orientação marxista acreditavam que as condições dos trabalhadores jamais poderiam melhorar. Adotavam uma falsa teoria, a famosa "lei de ferro dos salários". Segundo esta lei, no capitalismo, os salários de um trabalhador não excederiam a soma que lhe fosse estritamente necessária para manter-se vivo a serviço da empresa.

Os marxistas enunciaram sua teoria da seguinte forma: se os padrões salariais dos trabalhadores sobem, com a elevação dos salários, a um nível superior ao necessário para a subsistência, eles terão mais filhos. Esses filhos, ao ingressarem na força de trabalho, engrossarão o número de trabalhadores até o ponto em que os padrões salariais cairão, rebaixando novamente os salários dos trabalhadores a um nível mínimo necessário para a subsistência — àquele nível mínimo de sustento, apenas suficiente para impedir a extinção da população trabalhadora.

Mas essa ideia de Marx, e de muitos outros socialistas, envolve um conceito de trabalhador idêntico ao adotado — justificadamente — pelos biólogos que estudam a vida dos animais. Dos camundongos, por exemplo. Se colocarmos maior quantidade de alimento à disposição de organismos animais, ou de micróbios, maior número deles sobreviverá. Se a restringirmos, restringiremos o número dos sobreviventes. Mas com o homem é diferente. Mesmo o trabalhador — ainda que os marxistas não o admitam — tem carências humanas outras que as de alimento e de reprodução de sua espécie. Um aumento dos salários reais resulta não só num aumento da população; resulta também, e antes de tudo, numa melhoria do padrão de vida média. É por isso que temos hoje, na Europa Ocidental e nos Estados Unidos, um padrão de vida superior ao das nações em desenvolvimento, às da África, por exemplo. Devemos compreender, contudo, que esse padrão de vida mais elevado fundamenta-se na disponibilidade de capital. Isso explica a diferença entre as condições reinantes nos Estados Unidos e as que encontramos na Índia. Neste país foram introduzidos — ao menos em certa medida — modernos métodos de combate a doenças contagiosas, cujo efeito foi um aumento inaudito da população. No entanto, como esse crescimento populacional não foi acompanhado de um aumento correspondente do montante de capital investido no país, o resultado foi um agravamento da miséria. Quanto mais se eleva o capital investido por indivíduo, mais próspero se torna o país.
Mas é preciso lembrar que nas políticas econômicas não ocorrem milagres. Todos leram artigos de jornal e discursos sobre o chamado milagre econômico alemão — a recuperação da Alemanha depois de sua derrota e destruição na Segunda Guerra Mundial. Mas não houve milagre. Houve tão somente a aplicação dos princípios da economia do livre mercado, dos métodos do capitalismo, embora essa aplicação não tenha sido completa em todos os pontos. Todo país pode experimentar o mesmo "milagre" de recuperação econômica, embora eu deva insistir em que esta não é fruto de milagre: é fruto da adoção de políticas econômicas sólidas, pois que é delas que resulta.
__________________________________________________________

Esse texto é o primeiro capítulo do livro As Seis Lições, e foi traduzido por Maria Luiza Borges.

Ludwig von Mises foi o reconhecido líder da Escola Austríaca de pensamento econômico, um prodigioso originador na teoria econômica e um autor prolífico. Os escritos e palestras de Mises abarcavam teoria econômica, história, epistemologia, governo e filosofia política. Suas contribuições à teoria econômica incluem elucidações importantes sobre a teoria quantitativa de moeda, a teoria dos ciclos econômicos, a integração da teoria monetária à teoria econômica geral, e uma demonstração de que o socialismo necessariamente é insustentável, pois é incapaz de resolver o problema do cálculo econômico. Mises foi o primeiro estudioso a reconhecer que a economia faz parte de uma ciência maior dentro da ação humana, uma ciência que Mises chamou de "praxeologia".


Fonte:mises.org.br/Article.aspx?id=561

Post feito por Petit ♥

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

:: Violência | Mulher ::

Violência contra a mulher é qualquer conduta ação ou omissão, de discriminação, agressão ou coerção, ocasionada pelo simples fato de a vítima ser mulher e que cause dano, morte, constrangimento, limitação, sofrimento físico, sexual, moral, psicológico, social, político ou econômico ou perda patrimonial. Essa violência pode acontecer tanto em espaços públicos como privados.


Uma pesquisa realizada em 25 Estados mostra que a cada 2 minutos, 5 mulheres são espancadas.
Apesar de chocante, nº vem caindo nos últimos anos - eram 8 há uma década; 8% dos homens admitem já ter agredido a companheira

"Os dados mostram que a violência contra a mulher não é um problema privado, de casal. É social e exige políticas públicas", diz Gustavo Venturi, professor da USP e supervisor da pesquisa.
Para chegar à estimativa de mais de duas mulheres agredidas por minuto, os pesquisadores partiram da amostra para fazer uma projeção nacional. Concluíram que 7,2 milhões de mulheres com mais de 15 anos já sofreram agressões - 1,3 milhão nos 12 meses que antecederam a pesquisa.

A pequena diminuição do número de mulheres agredidas entre 2001 e 2010 pode ser atribuída, em parte, à Lei Maria da Penha. "A lei é uma expressão da crescente consciência do problema da violência contra as mulheres", afirma Venturi.
Entre os pesquisados, 85% conhecem a lei e 80% aprovam a nova legislação. Mesmo entre os 11% que a criticam, a principal ressalva é ao fato de que a lei é insuficiente.

O estudo traz também dados inéditos sobre o que os homens pensam sobre a violência contra as mulheres. Enquanto 8% admitem já ter batido em uma mulher, 48% dizem ter um amigo ou conhecido que fizeram o mesmo e 25% têm parentes que agridem as companheiras. "Dá para deduzir que o número de homens que admitem agredir está subestimado. Afinal, metade conhece alguém que bate", avalia Venturi.
Ainda assim, surpreende que 2% dos homens declarem que "tem mulher que só aprende apanhando bastante". Além disso, entre os 8% que assumem praticar a violência, 14% acreditam ter "agido bem" e 15% declaram que bateriam de novo, o que indica um padrão de comportamento, não uma exceção.

Estima-se que mais da metade das mulheres agredidas sofram caladas e não peçam ajuda. Para elas é difícil dar um basta naquela situação. Muitas sentem vergonha ou dependem emocionalmente ou financeiramente do agressor; outras acham que “foi só daquela vez” ou que, no fundo, são elas as culpadas pela violência; outras não falam nada por causa dos filhos, porque têm medo de apanhar ainda mais ou porque não querem prejudicar o agressor, que pode ser preso ou condenado socialmente. E ainda tem também aquela idéia do “ruim com ele, pior sem ele”.

Muitas se sentem sozinhas, com medo e vergonha. Quando pedem ajuda, em geral, é para outra mulher da família, como a mãe ou irmã, ou então alguma amiga próxima, vizinha ou colega de trabalho. Já o número de mulheres que recorrem à polícia é ainda menor. Isso acontece principalmente no caso de ameaça com arma de fogo, depois de espancamentos com fraturas ou cortes e ameaças aos filhos.
As mulheres que sofrem violência podem procurar qualquer delegacia, mas é preferível que elas vão às Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAM), também chamadas de Delegacias da Mulher (DDM). Há também os serviços que funcionam em hospitais e universidades e que oferecem atendimento médico, assistência psicossocial e orientação jurídica.

Onde encontrar apoio
180 - Central de Atendimento à Mulher - 24 horas
- Disque Saúde Mulher - 0800 6440803
Delegacia de Defesa da Mulher 24 horas - (11) 3241-3328
Casa Eliane de Grammont - (11) 5549-9339
Casa Sofia - 0800 7703053
Centro de Atendimento à Mulher Cidinha Kopcak - (11) 6115-4195
Centro Integrado de Atendimento à Mulher - (21) 2299-2122
Disque Mulher Rio de Janeiro - (21) 2299-2121
Instituto Noss (21) 2579-2357
Disque Mulher Nova Friburgo - (22) 2523-2706
Núcleo de Atendimento a Vítimas
de Crimes Violentos - (31) 3214-1898
Themis - (51) 3212-0104


Fontes: violenciamulher.org.br
estadao.com.br
bemquerermulher.webnode.com

Post feito por Petit ♥

domingo, 20 de fevereiro de 2011

:: BOLSA CADEIA ::

Por Jailton Carvalho, no Globo Online

O governo federal deverá pagar este ano cerca de R$ 210 milhões para parentes de presos contemplados com o auxílio-reclusão. O benefício é uma ajuda de custo a quase 30 mil dependentes de presos de baixa renda que contribuíam para a Previdência Social, antes de cometer o crime. O valor médio é de R$ 594,28, acima do salário mínimo de R$ 545 aprovado esta semana pelo Congresso. A bolsa é paga há 50 anos pela Previdência Social, mas causa polêmica. Nesta semana, o assunto começará a ser discutido na Câmara dos Deputados. O deputado Fernando Francischini (PSDB-PR) apresentará projeto que proíbe a concessão do benefício para presos condenados por crimes hediondos como estupro e homicídio.

Para Francischini, delegado licenciado da Polícia Federal, não faz sentido o governo premiar a família de um criminoso com uma ajuda financeira e deixar familiares da vítima sem qualquer proteção. O deputado entende que pessoas que cometeram crimes graves devem sustentar dependentes com trabalho em presídios. “É um absurdo: a família da vítima não tem benefício, enquanto a família do cara que mata tem. Dar auxílio-reclusão para quem comete estupro é inaceitável”, disse Francischini.

A idéia de exigir trabalho de presos é antiga, mas desta vez o deputado acredita que poderá ser levada adiante. Com a criação nos presídios de parcerias público-privadas (PPPs), Francischini entende que pode viabilizar a proposta. A partir de um acordo com os governos estaduais, empresas ofereceriam trabalho aos presos. Com a renda obtida com esforço físico próprio, o detento teria condições de ajudar financeiramente a família. A restrição só teria validade, porém, nos presídios onde os presos possam trabalhar e receber alguma recompensa.

O auxílio-reclusão foi criado há 50 anos pelo extinto Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Marítimos e, depois de incluído na Lei Orgânica da Previdência Social, foi ratificado pela Constituição de 1988. O benefício é pago a dependentes de presos de áreas urbanas que, antes da detenção, contribuíam com a Previdência Social e que tinham renda de no máximo R$ 862,11. O benefício é pago também a presos egressos da zona rural, mesmo que não tenham contribuído com a Previdência.

Post feito por Petit ♥

sábado, 19 de fevereiro de 2011

:: MISCIGENAÇÃO? ::

Prezados, saudade do meu espaço aqui e de postar para os senhores.
Desculpem-me a demora, estava sem tempo e sem criatividade pra ser bem sincera.
Bom vamos ao que interessa, o assunto de hoje é fruto de algo sugerido pelo meu amigo no messenger: Fale sobre as suas conclusões a respeito do povo brasileiro.
Para ser sincera decidi fugir um pouco do assunto foco, neste primeiro post de 2011, pois é um tanto quanto complexo e requer estudo e tempo para reflexão.
Desta forma decidi hoje tratar sobre um outro assunto que envolve o nosso povo e falar sobre a miscigenação, característica presente em nossa cultura.


Miscigenação consiste na mistura de raças, de povos de diferentes etnias, ou seja, relações inter-raciais.
Poucos lugares do mundo possuem o grau de abertura para o novo como o Brasil. A base dela é justamente a democracia racial que se construiu ao longo dos séculos.

O culto pelo preconceito racial de parte da elite, que vigora de maneira muito mitigada (se comparado por exemplo aos Estados Unidos ou à Europa), permitiu a construção de uma democracia política num País que tinha tudo para não possuí-la.
Sobre a base miscigenada inicial foi montada uma sociedade escravista. Mas que, apesar de escravista, nunca conseguiu eliminar o costume já tornado tradicional - e que podia ser visto a cada dia em filhos de brancos com negros, negros com índios, mulatos com brancos, brancos com índios.
Esta gente, condenada como inferior, conseguiu transformar a condenação em identidade, no momento da Independência.

Uma identidade tão forte que não houve divisão no território, pesar das disputas políticas. Pelo contrário, a Nação foi construída com base em arranjos que muitas vezes pareciam disparatados aos olhos europeus.
A sociedade de escravos foi capaz de se transformar, absorvendo uma imensa quantidade de imigrantes e, mais que isso, fundindo-se com eles. O hábito de considerar atraente qualquer possibilidade matrimonial, independente de origem étnica, conseguiu prevalecer sobre a tendência ao fechamento, que marcava a maior parte dos grupos imigrantes. E assim como absorve pessoas de fora sem perder sua identidade, o Brasil absorve empresas. A primeira empresa de capital estrangeiro do País instalou-se em 1825, e funciona até hoje. Nunca uma empresa de propriedade de estrangeiros teve qualquer alteração em seu regime de propriedade fora dos estritos termos da lei.

Essas são apenas algumas das conseqüências da estruturação fundamentalmente democrática do País. O Brasil é uma das últimas províncias da terra onde ninguém é estrangeiro, onde é possível mudar um destino sem perder a identidade. E é essa, justamente, a característica que faz com que muitos o chamem de "país do futuro": Talvez agora o Brasil possa ser visto como semente de uma realidade cultural onde o orgulho de grupo não está acima da possibilidade de aceitar o novo.

FONTE: meubrasil.inf.br/Info/OBrasil-Embratur2000.htm


Post feito por Petit ♥

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

:: Filosofia de bar | juventude alienada ::

Na busca de algo interessante para escrever para vocês me deparei com um tópico na comunidade Brasil do Orkut denominado ''O que aliena a juventude?''.
O tema é bastante amplo e abrange uma infinidade de questionamentos e discussões.
Bom vamos tentar ao menos debater alguns temas neste pouco espaço de tempo que possuímos para nos dedicar ao Blog.

As postagens indicavam como a causa de alienação vários temas como drogas, comunismo, televisão, valorização do sexo, funk entre outros. Eu me pergunto tudo isso é causa ou conseqüência?
Na minha visão é conseqüência. Claro que fatores sociais, econômicos e a cultura imposta pela sociedade influenciam a nossa maneira de agir.

Mas acredito que a causa principal está dentro de nós. Para a maioria é mais fácil reclamar do governo, votar em branco porque ninguém presta do que correr atrás ver o que de bom está sendo feito e quem é a pessoa mais apta para ocupar o cargo.
É certo que muitos jovens são realmente alienados, mas muitos também estão dispostos a esclarecer suas dúvidas, a protestar, a debater , estudar e tomar uma atitude concreta.
Como você ai do outro lado da tela. Amigo você não está sozinho!

Escolhi minha faculdade em função de que eu acredito que realmente poderei um dia fazer algo útil para as pessoas que estão perto de mim e se Deus quiser chegar muito mais longe. Não é preciso fazer coisas grandes pra ser alguém melhor e não ser mais um. Vamos nos preocupar mais com o fazer do que falar, o exemplo das atitudes que tomamos possui um valor que nem sempre nos damos conta.

O que você faz influência o ambiente, as pessoas ao redor e outros fatores que você nem imagina pense nisso.
Mudança de postura e vontade de crescer como ser humano e fazer algo que honre a sua família e ao seu país depende exclusivamente de você .Não perca seu tempo com o que os outros estão fazendo ou deixando de fazer. Simplismente faça você!
Obrigada pela atenção e até a próxima.

Post feito por Petit ♥

domingo, 28 de novembro de 2010

:: Após ocupação, garota manda carta de agradecimento a policial da Core ::


Inspetor lê carta mandada por garota de 7 anos que mora no conjunto (Foto: Carolina Iskandarian/G1)

Após um dia inteiro de operações no Conjunto de Favelas do Alemão, na Zona Norte do Rio, o inspetor Ricardo Melani, da Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil (Core), tinha em mãos na tarde deste domingo (28) o que dizia ser sua melhor recompensa: uma cartinha entregue por uma garotinha de 7 anos. Escrita a lápis, em poucas e tortas linhas, a menina agradece o trabalho da polícia na comunidade que foi invadida pela manhã. "É maravilhoso. Uma recompensa por todo o perigo que a gente corre", conta o inspetor.

Melani diz ter ficado "emocionado" ao receber a cartinha, que estava dobrada em forma de "foguetinho", porque a menina tem 7 anos, a mesma idade do filho do policial. "Bom saber que a população está do nosso lado." Na mensagem, a criança diz: "Estou feliz porque entraram sem dar um tiro. Estão de parabéns. Obrigada pela nossa segurança. Eu tenho 7 anos. Obrigada, policial".

De acordo com o inspetor, a carta foi entregue em uma das entradas do Complexo de Favelas do Alemão, quando a a equipe dele recolhia motos apreendidas. "Já estávamos no final da operação e ela veio com a carta." Ele promete guardar a mensagem e mostrar ao filho. "Ele me tem como herói."

fonte: g1.globo.com


Post feito por Petit ♥

sábado, 13 de novembro de 2010

:: Brasileiro é 2º mais insatisfeito com salário e trabalho ::

O desemprego no país pode estar no menor nível em pelo menos oito anos, mas isso não significa que o brasileiro esteja contente com o seu trabalho. Segundo pesquisa em 23 países, o brasileiro é o segundo mais insatisfeito com seu emprego e também com seu salário em ambos os casos só perde para os japoneses.
A taxa de desemprego (medida pelo IBGE em seis regiões metropolitanas) em setembro era de 6,2%, a menor desde o início da atual pesquisa, em 2002. E o rendimento médio do trabalhador no mês, de R$ 1.499, também foi recorde.

Os números do Brasil contrastam com os dos EUA, onde a taxa de desemprego ronda os 10%, mas a insatisfação com o trabalho é metade da do brasileiro.
Para chegar a essa conclusão, o estudo da holandesa Phillips (com mais de 30 mil pessoas) comparou a diferença entre quão importante é determinado item para o bem-estar da pessoa e quanto ela está satisfeita com este item. A diferença mostra o grau de insatisfação ou satisfação.
Um exemplo concreto: a média mundial da importância do trabalho é de 74%, mas a satisfação é de 65%. Essa diferença de nove pontos percentuais, portanto, seria o grau de insatisfação.

Apesar da crise global e dos anos seguidos de baixo crescimento, o Japão tem uma das menores taxas de desemprego do mundo: 5%.
Mas há muita insatisfação no país, especialmente entre os jovens, que não têm tão forte a cultura de dedicação à empresa, com longas jornadas semanais de trabalho, como na geração de seus pais e avós.

Quando o assunto é motivos de estresse, conseguir dormir suficientemente lidera entre os brasileiros. Dois terços dos entrevistados afirmam que esse é um motivo que contribui para o estresse, ante a média global de 42%.
Logo a seguir, vêm custos com saúde (58%) e a perda do emprego (57%). Nesse caso, o cenário brasileiro é similar ao de emergentes, como a Indonésia. Nos ricos, a preocupação é menor.

Fonte: folha.uol.com.br

Post feito por Petit ♥

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

:: O Decálogo de Lenin ::

Em 1913, Lênin escreveu o "Decálogo" que apresentava ações táticas para a tomada do Poder.

a) Qualquer semelhança com os dias de hoje, não é mera coincidência

b) Tendo a História se encarregado de pôr fim à questão ideológica, a meditação dos ideais, então preconizada, poderá revelar assombrosas semelhanças nos dias de hoje, senão vejamos:

1.. Corrompa a juventude e dê-lhe liberdade sexual;
2.. Infiltre e depois controle todos os veículos de comunicação de massa;
3.. Divida a população em grupos antagônicos, incitando-os a discussões sobre assuntos sociais;
4.. Destrua a confiança do povo em seus líderes;
5.. Fale sempre sobre Democracia e em Estado de Direito, mas, tão logo haja oportunidade, assuma o Poder sem nenhum escrúpulo;
6.. Colabore para o esbanjamento do dinheiro público; coloque em descrédito a imagem do País, especialmente no exterior e provoque o pânico e o desassossego na população por meio da inflação;
7.. Promova greves, mesmo ilegais, nas indústrias vitais do País;
8.. Promova distúrbios e contribua para que as autoridades constituídas não as coíbam;
9.. Contribua para a derrocada dos valores morais, da honestidade e da crença nas promessas dos governantes. Nossos parlamentares infiltrados nos partidos democráticos devem acusar os não-comunistas, obrigando-os, sem pena de expô-los ao ridículo, a votar somente no que for de interesse da causa socialista;
10.. Procure catalogar todos aqueles que possuam armas de fogo, para que elas sejam confiscadas no momento oportuno, tornando impossível qualquer resistência à causa...

Post feito por Petit ♥

domingo, 31 de outubro de 2010

:: Até a ditadura buscou a força do voto ::

Ditadura, mas com eleição. O paradoxo marcou, no Brasil, os 21 anos (1964-1985) de regime militar, que aboliu a escolha direta para presidente da República e, de 1966 a 1982, também de governadores de Estado, mas manteve abertas as Câmaras de Vereadores, Assembleias Legislativas e o Congresso Nacional - embora sem poder de decisão, totalmente transferido para o Executivo. O regime realizou, a cada dois anos, eleições para renovação do Legislativo. A própria escolha de cada general-presidente, na verdade decidida pelo Exército com apoio de Marinha e Aeronáutica, era referendada em uma "eleição" no Colégio Eleitoral, sob controle e pressão do governo. Mesmo assim, sobressaía, no período, a procura, pelos militares brasileiros, de alguma legitimidade nas urnas, diferentemente dos regimes autoritários vizinhos.

"Manter funcionando o Congresso, ainda que depauperado, era importante para a instituição militar, porque mostrava que aqui não era uma república de bananas", diz a professora Maria Celina D’Araújo, da Pontifícia Universidade Católica do Rio (PUC-RJ). "Não era uma fraqueza da ditadura, era parte do projeto. Era a necessidade de manter algumas regras."

A manutenção, em linhas gerais, do calendário eleitoral para um Legislativo sem poder originou fenômenos díspares. Um deles foi a avalanche de votos nulos em 1970, mistura de protesto e desilusão, no governo mais repressivo da ditadura, sob a presidência do general Emílio Médici, que quase levou a oposição consentida, abrigada no MDB, à extinção. Outro foi a derrota da Arena, quatro anos depois, em 16 dos 22 Estados em que então se dividia o Brasil, na escolha de novos senadores e também para deputados federais. O resultado deu início ao processo de distensão que depois viraria abertura e, finalmente, redemocratização. Para Maria Celina, houve no País, por parte da ditadura, uma preocupação com a imagem.

"O Brasil, desde que é uma república, manteve o calendário eleitoral", ressalta, excluindo da análise o Estado Novo. "A elite brasileira tem uma tradição de resolver divergências com eleições. Isso dá estabilidade e coesão. Nenhum presidente brasileiro ficou no poder sem uma eleição. Se chegou ao posto pela força, como Deodoro da Fonseca, Getúlio Vargas e Castelo Branco, acabou eleito pelo Congresso Nacional."

O historiador Daniel Aarão Reis Filho, da Universidade Federal Fluminense (UFF), aponta um erro recorrente nas cronologias sobre o regime militar, que consideram o período 1964-1985 uma coisa única. "A ditadura instaurada em 1964, a rigor, acabou em 1979. Entre 1964 e 1979, enquanto durou a ditadura, com exceção de um interregno, entre 1967 e 1968, a reverência (dos militares) a formas democráticas permaneceu, porque esta ditadura instaurou-se em nome da democracia e sempre se avaliou como um parênteses, no rumo da restauração democrática", diz. "Algumas de suas bases, embora aceitando a ditadura, sempre a viam como uma ‘passagem’. Daí porque vamos encontrar muitas lideranças de direita, civis e militares, empenhadas na restauração da democracia."

fonte: estadao.com.br

Post feito por Petit ♥