sábado, 16 de julho de 2011

:: Cai a migração no Brasil ::


A população de um país não é apenas modificada pelas mortes e nascimentos de seus habitantes. É preciso levar em conta, também, os movimentos de entrada e de saída, ou seja, as migrações que ocorrem em seu território.
As migrações internas são aquelas que se processam no interior de um país como por exemplo êxodo rural.

De 1995 a 2000, 3,3 milhões de pessoas saíram de sua região para tentar a vida em um Estado em outra região. O fluxo principal era de nordestinos com destino ao Sudeste.
De 1999 a 2004, este contingente já foi menor: 2,8 milhões. De 2004 a 2009, caiu ainda mais, para 2 milhões de pessoas.
Para os técnicos do IBGE, a melhoria nas condições de vida no Norte e Nordeste e o crescimento de cidades médias em todas as regiões com mais serviços e opções de trabalho fez com que os deslocamentos, antes mais comuns entre grandes regiões, fossem substituídos por uma migração de pequena distância, muitas vezes entre cidades dentro da mesma região.

A história do povo brasileiro é uma história de migrações. As migrações não ocorreram ou ocorrem por causa de guerras, mas pela inconstância dos ciclos econômicos e de uma economia planejada independentemente das necessidades da população.
As migrações pelo território brasileiro estão associadas, como nota-se ao longo da história, a fatores econômicos, desde o tempo da colonização pelos europeus. Quando terminou o ciclo da cana-de-açúcar na região Nordeste e teve o início do ciclo do ouro, em Minas Gerais, houve um enorme deslocamento de pessoas em direção ao novo centro econômico do país. Graças ao ciclo do café e, posteriormente, com o processo de industrialização, a região Sudeste pôde se tornar efetivamente o grande pólo de atração de migrantes, que saíam de sua região de origem em busca de empregos ou melhores salários.

Acentuou-se, então, o processo de êxodo rural; migração do campo para a cidade, em larga escala. No meio rural, a miséria e a pobreza agravadas pela falta de infra-estrutura (educação, saúde, etc.), pela concentração de terras nas mãos dos latifundiários e pela mecanização das atividades agrárias, fazem com que a grande população rural se sinta atraída pelas perspectivas de um emprego urbano, que melhore o seu padrão de vida. O fascínio urbano torna-se, então, o principal fator de atração para as grandes cidades.

No entanto, o que ocorre é que a cidade não apresenta uma oferta de empregos compatível à procura. Em conseqüência surgem o desemprego e o sub-emprego no setor de serviços, como os vendedores ambulantes e os trabalhadores que vivem de fazer "bicos". E isso necessariamente vai resultar na formação de um cinturão marginal nas cidades, ou seja, o surgimento de favelas, palafitas e invasões urbanas.

Atualmente, nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro, é significativa a saída de população das metrópoles em direção às cidades médias do interior. A causa desse movimento é que as metrópoles estão completamente inchadas, com precariedade no atendimento de praticamente todos os serviços públicos, altos índices de desemprego e criminalidade. Já as cidades do interior desses estados, além de estar passando por um período de crescimento econômico, oferecem melhor qualidade de vida à população.

Este fenômeno é explicado principalmente pela migração de retorno, ou seja, brasileiros que haviam migrado do Sudeste para o Nordeste, mas optaram por voltar nos últimos anos.
Analisando por Estado, as unidades da federação com maior saldo migratório (número de imigrantes superior ao dos que saem, o que faz com que ganhem população) foram Goiás, Santa Catarina e Espírito Santo. No outro oposto --Estados que na conta dos que entraram e saíram acabaram perdendo população-- estão Bahia, São Paulo e Pará.

Fontes: folha.uol.com.br
geomundo.com.br

Post feito por Petit ♥

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