sábado, 30 de janeiro de 2010

:: Células-tronco ::

Hoje o texto que vou postar se refere a um assunto bastante Polêmico: '' Células-tronco ''.
O texto que se segue foi orginalmente escrito por Gabriela Moraes no Blog Painel Conservador, que indico a vocês , quando tiverem tempo para uma leitura, pois vale a pena.



''Hoje resolvi tratar um pouco sobre as células-tronco.
Simploriamente falando, quando ocorre a fecundação de um óvulo e se inicia a divisão celular, é aí que temos o surgimento das primeiras células-tronco do indivíduo. Elas são capazes de se transformar dando origem a diversos tecidos. Entretanto, as células-tronco não estão presentes apenas no embrião. Estão presentes também na medula óssea, no cordão umbilical, no líquido amniótico, na placenta, sangue e no fígado.

A finalidade buscada para o uso das células tronco é a cura de doenças como mal de Alzheimer, Parkinson, leucemia, entre outras.
Existem dois meios para a obtenção das células-tronco, sendo estas divididas entre adultas e embrionárias.

As adultas são obtidas por métodos aceitáveis como por exemplo, através da medula óssea, cordão umbilical, e os demais meios já citados.

Já as embrionárias são aquelas que causam maior polêmica. Isso porque para serem extraídas é necessário que seja feita a fecundação do óvulo por um espermatozóide ou então uma clonagem, assim, quando o zigoto estiver se desenvolvendo, no terceiro dia depois da fecundação, quando possui entre 50 a 300 células, são retiradas as células-tronco, causando a morte do embrião - o aborto do embrião.

Vejam bem, uma vez que um óvulo foi fecundado e iniciou-se a divisão celular, está claro que existe ali uma vida ou então que força faria as células se dividirem? Quem pode dizer que está morta? Melhor, quem pode dizer que não tem vida? Que direito é dado ao cientista para matar uma vida em troca de outra?
Se a concepção da vida ocorre na fecundação, então nada da direito a alguém de interrompê-la.

Não se pode esquecer que além da constituição garantir o direito à vida, o código civil garante ainda os direitos do nascituro – o embrião- causar a morte dele é ir contra a lei maior e contra as demais garantias da lei civil. Qualquer lei que permita o aborto do embrião para a obtenção de suas células é claramente inconstitucional.''


Post feito por Petit ♥


sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

:: SOLIDARIEDADE ::



A cidade de São Paulo pode bater o recorde histórico de chuvas no mês de janeiro de acordo com medição do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Segundo o órgão, faltam apenas 7 milímetros de chuva para que o recorde anterior, registrado em 1947, seja ultrapassado.
Nesta sexta, a Grande São Paulo completa 38 dias seguidos de chuva. Os problemas ocorrem não apenas em São Paulo, mas também em outros estados. Em Santa Catarina, em novembro de 2008, 135 pessoas morreram após uma enxurrada que devastou o estado. Outras 80 mil pessoas ficaram desabrigadas.
O que podemos destacar de positivo em toda essa história, são os inúmeros exemplos de solidariedade espalhados nas regiões mais sofridas pelas enchentes.
São famílias desabrigadas que com a ajuda de vizinhos conseguem um teto para ficar e doações que chegam de toda a São Paulo.
Solidariedade é a palavra de ordem neste início de 2010. Ajude você também:


Cruz Vermelha
Av. Moreira Guimarães, 699
Segunda a sexta - das 8h às 20h
http://www.cvbsp.org.br/


Defesa Civil da capital
Rua Afonso Pena, 130 - Bom Retiro





Post feito por Petit ♥



domingo, 24 de janeiro de 2010

:: PARABÉNS SÃO PAULO ::


A fundação de São Paulo insere-se no processo de ocupação e exploração das terras americanas pelos portugueses, a partir do século XVI. Inicialmente, os colonizadores fundaram a Vila de Santo André da Borda do Campo (1553), constantemente ameaçada pelos povos indígenas da região. Nessa época, um grupo de padres da Companhia de Jesus, da qual faziam parte José de Anchieta e Manoel da Nóbrega, escalaram a serra do mar chegando ao planalto de Piratininga onde encontraram "ares frios e temperados como os de Espanha" e "uma terra mui sadia, fresca e de boas águas". Do ponto de vista da segurança, a localização topográfica de São Paulo era perfeita: situava-se numa colina alta e plana, cercada por dois rios, o Tamanduateí e o Anhangabaú.

Nesse lugar, fundaram o Colégio dos Jesuítas em 25 de janeiro de 1554, data esperada pelo Padre Manoel da Nóbrega para homenagear o apóstolo São Paulo (data da conversão de Saulo de Tarso, às portas de Damasco), ao redor do qual iniciou-se a construção das primeiras casas de taipa que dariam origem ao povoado de São Paulo de Piratininga. O aniversário de São Paulo é comemorado no dia 25 de Janeiro.

Em 1560, o povoado ganhou foros de Vila e pelourinho mas a distância do litoral, o isolamento comercial e o solo inadequado ao cultivo de produtos de exportação, condenou a Vila a ocupar uma posição insignificante durante séculos na América Portuguesa.

Em 1681, São Paulo foi considerada cabeça da Capitania de São Paulo e, em 1711, a Vila foi elevada à categoria de Cidade. Apesar disso, até o século XVIII, São Paulo continuava como um quartel-general de onde partiam as "bandeiras", expedições organizadas para apresar índios e procurar minerais preciosos nos sertões distantes. Ainda que não tenha contribuído para o crescimento econômico de São Paulo, a atividade bandeirante foi a responsável pelo devassamento e ampliação do território brasileiro a sul e a sudoeste, na proporção direta do extermínio das nações indígenas que opunham resistência a esse empreendimento.

A área urbana inicial, contudo, ampliou-se com a abertura de duas novas ruas, a Líbero Badaró e a Florêncio de Abreu. Em 1825, inaugurou-se o primeiro jardim público de São Paulo, o atual Jardim da Luz, iniciativa que indica uma preocupação urbanística com o aformoseamento da cidade.

No início do século XIX, com a independência do Brasil, São Paulo firmou-se como capital da província e sede de uma Academia de Direito, convertendo-se em importante núcleo de atividades intelectuais e políticas. Concorreram também para isso, a criação da Escola Normal, a impressão de jornais e livros e o incremento das atividades culturais.

No final do século, a cidade passou por profundas transformações econômicas e sociais decorrentes da expansão da lavoura cafeeira em várias regiões paulistas, da construção da estrada de ferro Santos-Jundiaí (1867) e do afluxo de imigrantes europeus. Para se ter uma idéia do crescimento vertiginoso da cidade na virada do século, basta observar que em 1895 a população de São Paulo era de 130 mil habitantes (dos quais 71 mil eram estrangeiros), chegando a 239.820 em 1900!). Nesse período, a área urbana se expandiu para além do perímetro do triângulo, surgiram as primeiras linhas de bondes, os reservatórios de água e a iluminação a gás.

As mais importantes realizações urbanísticas do final do século foram, de fato, a abertura da Avenida Paulista (1891) e a construção do Viaduto do Chá (1892), que promoveu a ligação do "centro velho" com a "cidade nova", formada pela rua Barão de Itapetininga e adjacências. É importante lembrar, ainda, que logo a seguir (1901) foi construída a nova estação da São Paulo Railway, a notável Estação da Luz.

O século XX, em suas manifestações econômicas, culturais e artísticas, passa a ser sinônimo de progresso. A riqueza proporcionada pelo café espelha-se na São Paulo "moderna", até então acanhada e tristonha capital.

Trens, bondes, eletricidade, telefone, automóvel, velocidade, a cidade cresce, agiganta-se e recebe muitos melhoramentos urbanos como calçamento, praças, viadutos, parques e os primeiros arranha-céus.

Em 1911, a cidade ganhou seu Teatro Municipal, obra do arquiteto Ramos de Azevedo, celebrizado como sede de espetáculos operísticos, tidos como entretenimento elegante da elite paulistana.

Na década de 20, a industrialização ganha novo impulso, a cidade cresce (em 1920, São Paulo tinha 580 mil habitantes) e o café sofre mais uma grande crise. No entanto, a elite paulistana, num clima de incertezas mas de muito otimismo, frequenta os salões de dança, assiste às corridas de automóvel, às partidas de foot-ball, às demonstrações malabarísticas de aeroplanos, vai aos bailes de máscaras e participa de alegres corsos nas avenidas principais da cidade. Nesse ambiente, surge o irrequieto movimento modernista. Em 1922, Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Luís Aranha, entre outros intelectuais e artistas, iniciam um movimento cultural que assimilava as técnicas artísticas modernas internacionais, apresentado na célebre Semana de Arte Moderna, no Teatro Municipal.

Na década de 30, a cidade presenciou uma realização urbanística notável, que testemunhava o seu processo de "verticalização": a inauguração, em 1934, do Edifício Martinelli, maior arranha-céu de São Paulo, à época, com 26 andares e 105 metros de altura !

Em 1954, São Paulo comemorou o centenário de sua fundação com diversos eventos, inclusive a inauguração do Parque Ibirapuera, principal área verde da cidade, que passou a abrigar edifícios diversos projetados pelo arquiteto Oscar Niemeyer.

Nos anos 50, inicia-se o fenômeno de "desconcentração" do parque industrial de São Paulo que começou a se transferir para outros municípios da Região Metropolitana (ABCD, Osasco, Guarulhos, Santo Amaro) e do interior do Estado (Campinas, São José dos Campos, Sorocaba). Esse declínio gradual da indústria paulistana insere-se num processo de "terciarização" do Município, acentuado a partir da década de 70.

A população da metrópole paulistana cresceu na última década, de cerca de 10 para 16 milhões de habitantes. Esse crescimento populacional veio acompanhado do agravamento das questões sociais e urbanas (desemprego, transporte coletivo, habitação, problemas ambientais ...) que nos desafiam como "uma boca de mil dentes". No entanto, como dizia o grande poeta da cidade, Mário de Andrade: "Lá fora o corpo de São Paulo escorre vida ao guampasso dos arranhacéus".

Fonte: PM SÃO PAULO

Post feito por Petit ♥

sábado, 23 de janeiro de 2010

:: São Paulo admite ter de usar professor reprovado em exame ::

Qualidade nem sempre é prioridade...

A Secretaria da Educação de SP anunciou ontem (22) que poderá atribuir aulas a professores reprovados em seu processo de seleção para docentes temporários para a educação básica.
Dos temporários que já trabalharam na sala de aula (pouco menos da metade do total de docentes), 40% foram reprovados --não conseguiram acertar metade das 80 questões.
Segundo o secretário da Educação, Paulo Renato Souza, haverá dificuldades para preencher vagas em algumas escolas, principalmente para as matérias de física e matemática.
Ao justificar a possibilidade de convocar professores reprovados, o secretário afirmou que "a nossa prioridade é garantir aulas aos alunos".
Os sindicatos do setor dizem que é quase certo que os abaixo da nota de corte sejam convocados, principalmente para atuar na periferia das cidades da Grande SP, onde o desempenho dos alunos já é mais baixo.
Ainda não é possível saber quantos dos reprovados terão de lecionar, pois o processo de distribuição de aulas não começou --primeiro escolhem os concursados; os temporários preenchem as aulas que faltam.
Apesar de o ano passado ter terminado com 80 mil temporários e cerca de 130 mil concursados, a rede chegou a precisar de mais de 100 mil não concursados (para suprir casos como licença e aposentadoria).
Além dos temporários, o exame também foi feito por outros candidatos --total de 182 mil, dos quais 48% não atingiram a nota de corte. O total de aprovados foi de 94 mil.

Novo discurso

A prova para seleção de temporários foi adotada no ano passado pelo governo José Serra (PSDB). Antes, o critério para a contratação eram os diplomas do candidato e o tempo de serviço.
Ao lançar o projeto, o governo afirmou que quem não atingisse a nota mínima não poderia lecionar. A possibilidade de reprovados darem aulas neste ano letivo foi anunciada ontem.
Paulo Renato afirmou que o corpo docente deste ano está melhor. A explicação do secretário é que foi "uma inovação" classificar docentes com base em seus conhecimentos.
Disse ainda que, caso tenha de contratar os reprovados, serão selecionados os de melhor desempenho. Além disso, a pasta irá criar cursos a distância para capacitação específica em física e matemática.
Um atenuante para o desempenho dos docentes, afirma Paulo Renato, foi a dificuldade das provas, consideradas por ele como "complexas e longas".
O presidente do CPP (um dos sindicatos dos docentes), José Maria Cancelliero, teve avaliação semelhante. O exame foi feito pela Vunesp, que aplica o vestibular da Unesp.
Além de permitir que reprovados lecionem, o governo alterou outro critério. Inicialmente, só iria valer a nota da prova. Após negociar com sindicatos, a pasta decidiu levar em conta o tempo de magistério (que dá bônus de até 20% na nota).

fonte:folha.uol.com.br

Post feito por Petit ♥

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

:: Entendendo a inspeção ambiental veicular ::

Desculpa pela demora para postar .-.
Esses dias eu andei meio sem inspiração, meio desanimada, mas isso já está mudando!

Hoje vou postar um artigo sobre ''inspeção ambiental veicular'' , escrito por Nivaldo Cordeiro , que eu li no site Mídia Sem Máscara e queria compartilhar com vocês.Pois também não concordo com essa iniciativa.

Boa leitura pra vocês:

O artigo do secretário do Meio-ambiente, Eduardo Jorge, publicado hoje na Folha de São Paulo (Inspeção veicular em São Paulo) serviu de mote para eu voltar ao tema. O artigo relata que havia uma empresa contratada, a "Controlar" (Oh, nome! Não poderia haver nada igual. Controlar é tudo que essa comunalha do Trânsito e do Meio-Ambiente almeja, controlar as nossas vidas e tomar o nosso dinheiro). Os sucessivos atrasos provavelmente deveram-se a alguma mão bendita que sabia da enorme injustiça e do enorme abuso que é a colocação em operação desse monstro burocrático.
A escolha da empresa Controlar (Oh, nome!) se deu na gestão de Paulo Maluf em 1996 e, como tudo que Maluf fez, foi cercado de suspeitas e questionamentos. Passaram-se dez anos e nada aconteceu e venceu o contrato da empresa Controlar (Oh, nome!), que foi prorrogado debaixo de muitas críticas e questionamento dos órgãos jurídicos (vê notícia). A base de tudo está no Código Nacional de Trânsito, que no seu artigo 24 reza: "XVI - planejar e implantar medidas para redução da circulação de veículos e reorientação do tráfego, com o objetivo de diminuir a emissão global de poluentes".
Obviamente que se criou, com esse dispositivo, a oportunidade para a construção desse monstro burocrático, transferindo-se o ônus para o proprietário do veículo. A aliança entra a burocracia do trânsito e a do meio-ambiente foi mortal, em prejuízo dos proprietários de automóveis. O custo, vale recordar, é não apenas a exorbitante taxa cobrada, como também a perda de tempo de ter que ir lá, com os respectivos custos inerentes. Um negócio milionário, um cartório corrosivo que o contribuinte idiota morador de São Paulo passou a arcar. Não pense você, caro leitor, que a população de São Paulo, a única no Brasil sujeita a esse constrangimento estapafúrdio, ficará apenas com esse prejuízo. Pense você no proprietário pobre de um veículo. Ele não terá dinheiro nem para pagar a taxa, quanto mais para regular corretamente o motor. É também um atentando contra os pobres.
Essa lei discrimina violentamente a população mais pobre, que assim ficará impedida de circular com seus veículos, automaticamente sucateados. Nenhuma vitória a favor do meio-ambiente, uma grande derrota contra a população mais pobre, impiedosamente roubada e cerceada na sua liberdade. Uma derrota de todos os que moram em São Paulo. Esse é o resumo de toda a ópera. Como sempre, nem uma palavra da grande imprensa contra esse esbulho, ela que está assalariada aos poderosos. Não iria atrapalhar o negócio milionário.
Os argumentos da burocracia, personificados no texto do secretário Eduardo Jorge, são sempre os de última instância: "Como havia dúvidas e resistências naturais a um programa pioneiro como esse, foi fundamental o apoio da Faculdade de Medicina da USP, com estudos detalhados mostrando o impacto da poluição nas cidades brasileiras. Nós perdemos um ano e meio de expectativa de vida devido a essa agressão aos nossos sistemas respiratórios e circulatórios. Idosos e crianças perdem até três anos!"
Essa é uma grande mentira, que só serve para ocultar aquilo que está à vista de todos: essa imposição é apenas um grande roubo, um abuso, um esbulho, em favor dos grupos de pressão caçadores de recursos orçamentários. O senhor Eduardo Jorge é um mentiroso, junto com o prefeito. Não passam de uma quadrilha em conluio para subtrair os recursos financeiros dos moradores de São Paulo, eventualmente proprietários de automóveis. Não se salvou vida alguma, mas roubou-se a população inteira. Um atentado contra a cidadania. Onde estão os procuradores do Ministério Público? Ninguém se habilita a defender os interesses difusos da população de São Paulo?

Post feito por Petit ♥

sábado, 16 de janeiro de 2010

:: TSE quer instalação de seções eleitorais em penitenciárias ::


O Tribunal Superior Eleitoral divulgou na sexta-feira (15) uma resolução que prevê a instalação de seções eleitorais em penitenciárias para permitir o voto de presos provisórios. Segundo entidades da sociedade civil, há cerca de 150 mil detentos no país que podem ser beneficiados pela medida neste ano.
O texto faz parte de um pacote de resoluções que ainda depende de aprovação do plenário do TSE e será objeto de discussão em audiências públicas no início de fevereiro.
São considerados provisórios os presos que estão detidos em caráter preventivo ou cujas condenações ainda não são definitivas. Segundo a Constituição federal, somente não podem votar os presidiários com sentença criminal da qual não é mais possível recorrer, no período em que eles estiverem cumprindo suas penas.
Apesar de a Constituição garantir o direito de voto dos presos provisórios, na prática somente uma pequena parte deles tem acesso a meios de votação nas eleições. Em agosto passado uma comissão de entidades da sociedade civil solicitou ao presidente do TSE, ministro Carlos Ayres Britto, a adoção de medidas para reverter esse quadro.
O texto da nova resolução do TSE determina que "os juízes eleitorais, sob a coordenação dos tribunais regionais eleitorais, criarão seções especiais em penitenciárias, a fim de que os presos provisórios tenham assegurado o direito de voto".
Lembrando que a garantia do sufrágio universal aos privados de liberdade, sem restrição de natureza meramente discriminatória, constitui elemento imprescindível à manutenção da dignidade humana e fator responsável por uma melhor reintegração social.
Os textos das resoluções serão debatidos pelo plenário do TSE, que tem até o dia 5 de março para aprová-los.

fontes: folha.uol.com.br
direito2.com.br

Post feito por Petit ♥

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

:: Zilda Arns e 11 militares brasileiros morrem em tremor no Haiti ::

A médica Zilda Arns, fundadora da pastoral da Criança, e mais 11 militares brasileiros morreram no terremoto da terça-feira, 12, no Haiti .O Brasil comanda uma missão de paz da Organização das Nações Unidas naquele país. Nove oficiais do Exército ficaram feridos e sete estão desaparecidos.
O terremoto de magnitude 7 na escala Ritcher atingiu o país na terça-feira (12), destruindo vários prédios na capital, Porto Príncipe, e causando devastação no país da América Central. O tremor afetou a estrutura de telecomunicações no país, e as informações sobre vítimas e danos ainda são desencontrados.
O Itamaraty informou nesta quarta-feira, 13, em nota, que montou uma sala de crise que vai funcionar 24 horas por dia, sob a coordenação do embaixador Marcos Vinícius Pinta Gama.
Informações referentes a cidadãos brasileiros no Haiti poderão ser obtidas junto ao Núcleo de Assistência a Brasileiros, nos seguintes telefones:

(061) 3411.8803/ 8805 / 8808 / 8817
9718 ou 8197.2284.

O comunicado confirma ainda que as instalações militares da ONU, sofreram danos. Mas não há ainda informações mais precisas sobre a situação das tropas brasileiras e demais cidadãos brasileiros a serviço da ONU.

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, já embarcou rumo ao Haiti para monitorar a situação. Ele está acompanhado do comandante da Marinha, Almirante Júlio Soares de Moura Neto, o Comandante do Exército, General Enzo Martins Pery, o secretário executivo da Secretaria Especial de Direitos Humano, Rogério Sotilli, o senador Flávio Arns (PSDB-PR), sobrinho de Zilda Arns, além de representantes do Ministério da Saúde, do Ministério das Relações Exteriores e da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Na hora do embarque, Sotilli chegou a dizer que o número de mortos poderia chegar a 17. A informação, no entanto, não foi confirmada.
O Itamaraty já anunciou que será enviada uma ajuda humanitária de mais de US$ 10 milhões. Além do dinheiro, o governo brasileiro também disponbilizará até sexta-feira 28 toneladas de alimento. Segundo o ministério da Agricultura, serão enviados ao Haiti açúcar, leite em pó, sardinha e fiambre. Os alimentos irão para o Haiti em dois aviões da Força Aérea Brasileira (FAB). O primeiro, com 14 toneladas, deve partir ainda nesta quarta-feira (13).

O ministério das Relações Exteriores também decidiu reforçar a embaixada brasileira em Santo Domingo, na República Dominicana, país vizinho ao Haiti. Segundo o Itamaraty, há no Haiti 1310 brasileiros - desses, 1266 são militares das forças de paz.

Força para o Haiti , as vitimas e suas famílias!


Fontes:
estadao.com.br
g1.globo.com

Post feito por Petit ♥

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

:: AI-5 do lulo-petismo ::

Luiz Inácio Lula da Silva resolveu fazer a sua própria Constituição. Ele assinou um decreto que tem o fedor de um golpe de estado branco.
O decreto tem todas as características da ação solerte, traiçoeira. Foi redigido para enganar, para burlar as regras do estado democrático. Está cheio de cartas na manga, de malandragens, de vigarices intelectuais. Em modestos 6.465 caracteres, quase nada, ele “Aprova o Programa Nacional de Direitos Humanos - PNDH-3 - e dá outras providências”. Ocorre que tudo deve ser feito de acordo com o que está no “anexo”. E é lá que mora o perigo. Em extensíssimos 185.142 caracteres, a mistificação dá as mãos à ilegalidade para deixar registrado em papel o “golpe lulista”. Muito já se falou sobre a revisão da Lei da Anistia. Não que o documento toque no assunto. Trapaceiro, especifica na “Diretriz 25″:

A terceira edição do Programa Nacional de Direitos Humanos é um apanhado de 521 medidas que vão desde metas vagas, de difícil implementação, até propostas específicas, e controversas, que também não devem sair do papel. Muitas delas dependem não só da ação do governo federal, mas de municípios, Estados, Congresso e do Poder Judiciário.

O conteúdo do programa do Secretário Nacional de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, não tem a menor chance de ser aprovado pelo Congresso, mas reflete o pensamento do PT sobre todos os temas nacionais de importância estratégica.
Quando tentou a parceria da OAB para a tese da Constituinte, Lula referiu-se à inviabilidade de reformas com a fragmentação partidária do Congresso Nacional. Mas não explicitou que mudanças almejava ao defender a Constituinte.
Se ele e seus ministros (à exceção de dois) assinaram a proposta e ela virou decreto de governo, é legítimo interpretá-la como uma pauta de Governo. E, por óbvio, que seria avalizada na circunstância de uma Constituinte.
Pela diversidade de temas do programa, os direitos humanos estão ali como uma espécie de “Cavalo de Tróia” (conforme definição precisa do jornalista Ruy Fabiano), cujo conteúdo é uma plataforma de governo, ou uma mini-constituinte, como se queira.
Não há, nesse caso, como evitar classificá-lo de uma desonestidade política. Por Decreto, não se institui a gama de medidas ali previstas, sob o rótulo de direitos humanos.
Ele introduz alterações na educação escolar, transformando em doutrina o que o PT entende por direitos humanos, cria tribunais para julgar o comportamento da mídia, consolida a invasão de propriedade como critério para a reforma agrária e dispõe sobre o aborto, entre tantos outros disparates.
Para Vannuchi pouco importa a crise aberta: o que vale é que o Decreto é uma porta de saída para uma gestão que pouco fez além de pagar milionárias indenizações a poucos perseguidos pela ditadura, alguns bastante contestáveis.
É o AI-5 dos comunistas, a diferença é que não precisa fechar o congresso nacional, porque ele fechou para a população brasileira há muito tempo, só aprova o que o ditador-comunista lula manda, tudo a base de muito dinheiro: mensalão, passagens aéreas, horas-extras, diárias de viagens, empregos para parentes...

A íntegra do documento está aqui.

Fontes: http://blogs.estadao.com.br/joao-bosco/

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/o-suposto-decreto-dos-direitos-humanos-prega-um-golpe-na-justica-e-extingue-a-propriedade-privada-no-campo-e-nas-cidades-esta-no-texto-basta-ler/

Post feito por Petit ♥

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

:: Escravidão na Amazônia ::


Em 2003, com a mudança do artigo 149 do Código Penal, o trabalho degradante passou a ser interpretado, por alguns especialistas, como escravidão.
A condição de escravo identifica-se com o estado de dependência total de uma pessoa por outra, sendo que o escravo, privado dos meios de produção, se mantém como propriedade privada do seu senhor, que pode apropriar-se do seu trabalho, vendê-lo e em alguns casos, matá-lo. O patrão dispõe de seu trabalho e de sua vida. É direito do dono expropriar as energias do escravo e tudo mais que ele possa ter produzido (objetos, seu talento, sentimentos, sonhos de liberdade, etc), trocar, vender ou mesmo eliminar tudo isso, o que, em muitos casos, pode envolver a própria vida do escravo.
É Triste, mas é realidade, a Amazônia é a região que mais tem problemas de trabalho escravo, indica lista divulgada nesta ultima quarta-feira (6) pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Conhecida como “lista suja” do trabalho escravo, a relação traz pessoas e empresas que cometeram esse tipo de crime.
Dos 164 casos enumerados pelo ministério, cem deles (61%) ocorreram em estados que pertencem à Amazônia Legal. O local com mais problemas é o Pará (46 casos), seguido do Maranhão (22 casos) – ambos da Amazônia – e Mato Grosso do Sul (18 casos).
Segundo levantamento realizado pela ONG Repórter Brasil, especializada no combate ao trabalho escravo, quase todos os casos ocorridos na Amazônia estão ligados à criação de gado ou à produção de carvão vegetal – ambas atividades apontadas por ambientalistas como principais responsáveis pelo desmatamento da região.
A maior parte das fazendas onde os crimes ocorreram também coincide com o chamado “Arco do Desmatamento”, onde a floresta vai cedendo lugar à agropecuária.
Na Amazônia, quem recebe grande parte das denúncias contra fazendas que empregam trabalhadores escravos é o frei Xavier Plassat, da Comissão pastoral da Terra (CPT). Segundo ele, praticamente todas as queixas dos trabalhadores dizem respeito a alojamentos precários, falta de acesso a água potável, alimentação ruim e condições precárias de higiene.
Mas há casos em que a situação é pior. “Muitos também se queixam de serem roubados. De não serem pagos ou de receberem uma mixaria. E a ainda aqueles que ficam presos, longe de tudo, endividados”, relata o frei da CPT.
Segundo Plassat, os casos de trabalho escravo na Amazônia são mais graves que no resto do país. “O isolamento abre a porta para todos os abusos, e impunidade na Amazônia também é maior, pois o acesso à fazenda é tão difícil que o risco de fiscalização é muito menor para o empregador.”
Um estudo conduzido pela CPT mostra que não são poucos os trabalhadores submetidos a essas condições. Segundo a instituição, entre 1995 e 2009 foram libertadas 38.003 pessoas no Brasil. Destes, 22.762 (60%) ocorreram em estados integrantes da Amazônia Legal.
Mais de um século depois de abolida a escravidão oficial no Brasil, o crime continua sendo praticado com a quase certeza da impunidade. A escravidão contemporânea dispensa grilhões, porém é mais perversa, pois o cativo não é considerado um bem: é aliciado, explorado e descartado. Esse sistema arcaico alimenta um mercado de produção globalizada que faz uso intensivo de energia, tecnologia e capital, mas pouco se importa com as vidas humanas.
O trabalho de erradicação da escravidão deve muito a várias instituições: Organização Internacional do Trabalho, Governo do Brasil, Comissão Pastoral da Terra, Pastoral dos Migrantes, Contag, CUT Brasil, ONG Repórter Brasil, Ministério Público Federal, Ministério Público do Trabalho, Polícia Federal, Tribunal Superior do Trabalho e tantas outras. Como também aos militantes de direitos humanos funcionários públicos que colocam sua segurança em risco para libertar os cativos.
O que precisa se fazer é , contribuir para a melhoria das condições de vida dos trabalhadores. E conscientizar as empresas para que ajam com responsabilidade social e se aliem a essa campanha.Também julga-se fundamental que as corporações respeitem a Constituição Federal e as normas internacionais de trabalho, bem como busquem parcerias com as representações legítimas dos trabalhadores

fontes: grupoescolar.com
globoamazonia.com

Post feito por Petit ♥

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

:: Erasmo Dias morre aos 85 anos ::

"Fui e sempre serei soldado, fiel

às tradições das Forças Armadas"


O ex-secretário de Segurança Pública de São Paulo, coronel Antônio Erasmo Dias, morreu de câncer na noite desta segunda-feira em São Paulo, aos 85 anos, segundo informou o Hospital do Câncer A.C Camargo. O coronel, que estava internado desde sábado, dia 2, ficou conhecido por liderar uma violenta invasão à Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) em 1977.
Erasmo Dias foi fundador da Aliança Renovadora Nacional (Arena) em 1966 e ficou conhecido pelo discurso e pela atuação contra o comunismo. O coronel também é citado como atuante em organizações de "caça aos comunistas" na ditadura militar. Erasmo foi secretário da Segurança Pública de São Paulo entre 1974 e 1979, no governo de Paulo Egídio Martins.
Erasmo Dias foi deputado federal, deputado estadual e vereador, sempre pelo Partido Progressista (PP). Abandonou a política em 2004, alegando desgosto com o Legislativo.
Erasmo Dias era formado e licenciado em história pela USP e bacharel em direito pela Universidade da Guanabara. Seu corpo está sendo velado na Assembleia Legislativa de São Paulo. Ele será enterrado no cemitério do Paquetá, em Santos.


Fontes: estadao.com.br
noticias.terra.com.br

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sábado, 2 de janeiro de 2010

:: As origens do politicamente correto ::

Depois de tanto tempo sem postar deixo aqui um texto que foi publicado no site Mídia Sem Máscara, um pouco longo mas vale a pena conferir.Boa Leitura!

William S. Lind | 08 Fevereiro 2006

Politicamente correto é igual a marxismo cultural. É marxismo traduzido de termos econômicos para termos culturais. É um esforço que começa não nos anos 1960, com os hippies e o movimento pacifista, mas sim na Primeira Guerra Mundial. Se nós compararmos os conceitos básicos do politicamente correto com o marxismo, o paralelo entre eles é bastante óbvio.

De onde vem todas essas coisas que se ouve falar - o feminismo, o movimento gay, as estatísticas inventadas, a história reescrita, as mentiras, os protestos e todo o resto? Pela primeira vez na história os americanos têm motivos para tomar cuidado com o que dizem, com o que escrevem, com o que pensam. Eles têm que ter medo de usar a palavra errada, a palavra tida como ofensiva, insensível, racista, machista ou homofóbica.
Tem-se observado, particularmente neste século, o mesmo cenário em outros países, e a sensação que se tem é de pena e, para falar a verdade, de diversão, além de soar muito estranho que as pessoas possam permitir-se viver numa situação onde elas tenham medo de usar as palavras que usam. E nós estamos vivendo essa situação aqui nos EUA. Primeiro aconteceu nas universidades, mas agora a coisa está se espalhando por toda a sociedade. Qual a origem disso?

Nós chamamos isso de discurso "politicamente correto". O nome originou-se como que uma piada, e nós ainda tendemos a pensar no assunto com metade da seriedade devida. Na verdade, é algo terrivelmente sério. É a grande doença do século, a mesma que fez dezenas de milhões de mortos na Europa, Rússia, China, em todo o mundo. É a doença da ideologia.

Se olharmos o problema de maneira analítica, de maneira histórica, rapidamente descobriremos sua natureza exata. Politicamente correto é igual a marxismo cultural. É marxismo traduzido de termos econômicos para termos culturais. É um esforço que começa não nos anos 1960, com os hippies e o movimento pacifista, mas sim na Primeira Guerra Mundial. Se nós compararmos os conceitos básicos do politicamente correto com o marxismo, o paralelo entre eles é bastante óbvio.

Em primeiro lugar, ambos são ideologias totalitárias. A natureza totalitária do politicamente correto não poderia ser revelada de maneira mais clara do que nos campi universitários, os quais muitos são hoje em dia pequenas Coréias do Norte com jardim, onde os estudantes e professores que ousam cruzar qualquer dos limites colocados por feministas, ou por ativistas pró-homossexuais, ou por grupos negros ou hispânicos locais, ou quaisquer outros grupos que o politicamente correto possa girar em torno, rapidamente se vêem em problemas judiciais. Dentro do pequeno sistema legal da universidade, eles enfrentam acusações formais - alguns procedimentos inquisitórios - e punição. Essa é uma pequena amostra do que o politicamente correto pretende para todo o país.

Na verdade, todas as ideologias são totalitárias porque a essência de uma ideologia (lembro que conservadorismo, corretamente entendido, não é uma ideologia) é afirmar, com base em uma filosofia, que certas coisas devem estar de acordo com ela - como, por exemplo, a idéia de que toda a história da nossa cultura resume-se à opressão das mulheres. Como a realidade contradiz essa filosofia, então a realidade mesma deve ser proibida. E é preciso tornar-se proibida para que reconheçamos a realidade da nossa história. As pessoas devem ser forçadas a viver uma mentira, e já que as pessoas são naturalmente relutantes em fazê-lo, elas naturalmente usam seus olhos e ouvidos e pensam: "Espere um minuto. Isto não é verdade. Eu posso ver que não é". Então o poder do Estado deve ser colocado por trás da exigência de se viver uma mentira. É por isso que ideologias invariavelmente dão origem a Estados totalitários.

Em segundo lugar, o marxismo cultural do politicamente correto, como a economia marxista, tem uma singular explicação da história. A economia marxista afirma que toda a história é determinada pela propriedade dos meios de produção. O marxismo cultural, ou politicamente correto, afirma que a história é determinada pelo poder, onde grupos são definidos em termos de raça, sexo, etc., e têm o poder sobre outros grupos. Nada mais importa. Na verdade, toda literatura é sobre isso. Todas as coisas passadas têm a ver com isso.

Em terceiro lugar, do mesmo modo que certos grupos na economia marxista clássica, i.e. trabalhadores e camponeses, são bons a priori, e outros grupos, i.e. burgueses e donos de capital, são maus, no marxismo cultural politicamente correto certos grupos também são bons - mulheres feministas (somente elas, mulheres não-feministas são tidas como inexistentes), negros, hispânicos, homossexuais. Esses grupos são escolhidos para serem "vítimas" e, por isso, são automaticamente bons, não importa o que façam. Similarmente, machos brancos são automaticamente determinados para serem maus, tornando-se assim o equivalente aos burgueses da economia marxista.

Em quarto lugar, ambos (marxismo econômico e cultural) baseiam-se na expropriação. Quando os marxistas clássicos - os comunistas - tomaram o poder na Rússia, eles expropriaram a burguesia tomando suas propriedades. Do mesmo modo, quando marxistas culturais tomam um campus universitário, eles expropriam por meio de quotas de admissão. Quando um estudante branco mais qualificado tem a sua admissão negada em favor de um negro ou de um hispânico não tão qualificado, o estudante branco é expropriado. Empresas de propriedade de brancos não conseguem um contrato porque este é reservado para uma empresa de propriedade de, digamos, hispânicos ou mulheres. Logo, expropriação é a principal ferramenta para ambas as formas de marxismo.

E, finalmente, ambos têm um método de análise que automaticamente dá a resposta que eles querem. Para o marxista clássico, o método é a economia marxista. Para o marxista cultural, o método é o desconstrucionismo. Essencialmente, o desconstrucionismo remove todo o sentido de um texto e reinsere qualquer sentido desejado. Então nós descobrimos, por exemplo, que toda a obra de Shakespeare é sobre a opressão das mulheres, ou a Bíblia é sobre raça e sexo. Todos esses textos tornaram-se úteis para provar que "toda a História é sobre quais grupos têm poder sobre os outros". Por isso os paralelos são tão evidentes entre o marxismo clássico - que nós conhecemos da antiga União Soviética - e o marxismo cultural - que nós vemos hoje como na forma do politicamente correto.

Mas os paralelos não são acidentais. Os paralelos não vieram do nada. O fato é que o politicamente correto tem uma história muito mais longa do que as pessoas pensam, exceto para um pequeno grupo de acadêmicos que têm estudado o assunto. E a história vai, como eu disse, de volta à Primeira Guerra Mundial, da mesma forma que tantas patologias que vêm destruindo nossa sociedade e, no fim, nossa cultura.

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A teoria marxista dizia que quando a guerra generalizada na Europa chegasse (como aconteceu em 1914), a classe trabalhadora da Europa iria se levantar e derrubar seus respectivos governos - os governos burgueses - porque os trabalhadores tinham mais em comum com os seus pares de outros países do que com a burguesia e a classe dominante nos seus próprios países. Bem, 1914 chegou e isso não aconteceu. Por toda a Europa os trabalhadores agarraram-se às suas bandeiras nacionais e marcharam satisfeitos para lutar uns contra os outros. O Kaiser apertou as mãos dos social-democratas alemães e disse que naquele momento não havia partidos, só havia alemães. E isso aconteceu em cada país da Europa. Alguma coisa estava errada.

Os marxistas sabiam que, por definição, esse algo não poderia ser a teoria. E dois marxistas começaram a pensar nisso: Antonio Gramsci na Itália e Georg Lukacs na Hungria. Gramsci disse que os trabalhadores jamais iriam perceber os seus verdadeiros interesses de classe, como assim definidos pelo marxismo, até eles serem libertados da cultura ocidental, particularmente do Cristianismo, uma vez que todos eles estavam cegos pela religião e pela cultura aos seus reais interesses de classe. Lukacs, que foi considerado o teórico marxista mais brilhante desde o próprio Marx, perguntou-se, em 1919: "Quem irá nos salvar da cultura ocidental?" Ele também teorizou que o grande obstáculo à criação do paraíso marxista era a cultura e, por conseguinte, a própria civilização ocidental.
Lukacs teve a chance de pôr suas idéias em prática, porque quando o governo bolchevique Bela Kun tomou o poder na Hungria em 1919, ele tornou-se Comissário para a Cultura naquele país, sendo que seu primeiro ato foi introduzir a educação sexual nas escolas húngaras. A medida assegurou que os trabalhadores não apoiassem o governo, porque os húngaros a detestavam, tanto trabalhadores como qualquer um. Mas ele já tinha feito a conexão que hoje muitos de nós encaramos com surpresa, como uma coisa moderníssima.
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Em 1923, na Alemanha, foi fundado um centro de estudos que tomou para si a tarefa de traduzir o marxismo de termos econômicos para culturais, o que criou o discurso politicamente correto que conhecemos hoje, tendo, portanto, suas bases assentadas essencialmente no fim da década de 1930. Isso foi possível por causa de Felix Weil, filho de um milionário comerciante alemão, que se tornou marxista e tinha um bocado de dinheiro para gastar. Contrariado com as divisões dentro das fileiras marxistas, Weil patrocinou a Primeira Semana de Trabalho Marxista, reunindo Lukacs e muitos outros importantes pensadores alemães para discutir sobre as diferenças do marxismo.

Então Weil decide que era preciso criar um think thank. Washington é cheia de think thanks, e nós pensamos que eles são novidades. Na verdade, eles existem há muito tempo. Weil subsidiou um instituto associado à Universidade de Frankfurt, fundado em 1923, que era originariamente para ser conhecido como o Instituto para o Marxismo. Mas as pessoas por trás dele decidiram logo no começo que não era do seu interesse serem identificados abertamente como marxistas. A última coisa que o politicamente correto quer é que as pessoas percebam que ele é uma forma de marxismo. Então eles decidiram chamá-lo de Instituto de Pesquisa Social.

Weil tinha muita clareza dos seus objetivos. Em 1971, quando o Instituto de Pesquisa Social rapidamente ficava conhecido informalmente, ele escreveu para Martin Jay - autor de um livro sobre os princípios da Escola de Frankfurt - dizendo: "Eu quero que o Instituto fique conhecido, talvez até famoso, em função de suas contribuições para o marxismo." Bem, ele teve o que queria. O primeiro diretor do Instituto, um economista austríaco chamado Carl Grunberg, finalizou seu discurso, de acordo com Martin Jay, "colocando de maneira clara sua convicção pessoal na metodologia científica do marxismo". Segundo ele, o marxismo seria o princípio norteador do Instituto, e isso jamais mudou.

Os trabalhos iniciais do Instituto eram convencionais, mas em 1930 assumiu um novo diretor chamado Marx Horkheimer, e as visões dele eram bem diferentes. Ele era definitivamente um marxista renegado. As pessoas que criaram e formaram a Escola de Frankfurt eram todos eles marxistas renegados. Eles eram ainda verdadeiramente marxistas no seu pensamento, mas tinham efetivamente saído do Partido. Moscou, observando o que eles faziam, diria algo como "Hei, isto não somos nós, não iremos apoiar uma coisa dessas."

A primeira heresia de Horkheimer é que ele era muito interessado em Freud, e a chave para que ele pudesse traduzir o marxismo de termos econômicos para termos culturais era essencialmente a sua combinação com o freudismo. Mais uma vez, Martin Jay escreve que "Se podemos afirmar que, no começo de sua história, o Instituto preocupava-se primeiramente com a subestrutura sócio-econômica da sociedade burguesa" - e eu observo que Jay é bastante simpático à Escola de Frankfurt, não estou citando um crítico a ela aqui -, "nos anos que se seguiram seus interesses iniciais eram por sua superestrutura cultural. De fato, a fórmula marxista tradicional, no que diz respeito à relação das duas, foi posta em questão pela Teoria Crítica."

Todas essas coisas da moda - feminismo radical, os departamentos de estudos das mulheres, dos gays, dos negros - todas elas são ramificações da Teoria Crítica. O que a Escola de Frankfurt faz essencialmente é usar tanto o marxismo quanto o freudismo nos anos 1930 para criar o que se conhece por Teoria Crítica. O termo é engenhoso porque você fica tentado a perguntar, "Do que se trata a teoria?" A teoria serve para criticar. A teoria é o caminho para destruir a cultura ocidental e não aceitar que o capitalismo seja uma alternativa. Seus teóricos explicitamente se recusam a aceitar essa hipótese. Eles afirmam que a alternativa capitalista não é válida, uma vez que não nos é dado imaginar como deve ser uma sociedade livre (a definição deles de sociedade livre). Dado que nós estamos sob repressão - a repressão da ordem capitalista que cria (na teoria deles) a patologia descrita por Freud da repressão individual - nós não podemos imaginá-la. A Teoria Crítica resume-se em simplesmente criticar. E isso pede a crítica mais destrutiva possível, em todas as possibilidades, projetada para destruir a ordem contemporânea. E, claro, quando ouvimos das feministas que toda a sociedade está contra as mulheres e assim por diante, esse tipo de crítica deriva da Teoria Crítica. Tudo vem dos anos 1930, não dos anos 1960.

Outros membros importantes que se juntaram ao time foi Teodoro Adorno e, especialmente, Erich Fromm e Herbert Marcuse. Fromm e Marcuse introduziram um elemento que é central no politicamente correto: o sexo; particularmente Marcuse, que em seus próprios escritos clamava por uma sociedade "polimorficamente perversa", a sua definição para a sociedade futura que desejava criar. Nos anos 1930, Marcuse escrevia coisas bastante extremadas sobre a necessidade de liberação sexual, mas essa acabou tornando-se uma bandeira de todo o Instituto. Mais uma vez, um dos principais temas do politicamente correto começou nos anos 1930. Na visão de Fromm, masculinidade e feminilidade não refletiam diferenças essenciais como os românticos tinham pensado. Na verdade, essas diferenças derivavam de funções da vida, que eram em parte socialmente determinadas. "Sexo é uma convenção; diferenças sexuais são convenções."
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Outro exemplo é a ênfase que verificamos hoje no ecologismo. "Desde Hobbes, o materialismo levou a uma manipulação dominadora sobre a natureza". Este é Horkheimer escrevendo, em 1933, na obra Materialismus und Moral. "O tema da dominação do homem sobre a natureza", de acordo com Jay, "deveria tornar-se uma preocupação central da Escola de Frankfurt nos anos seguintes." "O antagonismo da fetichização do trabalho de Horkheimer (aqui ele está obviamente partindo da ortodoxia marxista) expressa outra dimensão do materialismo, da demanda pelo humano, pela felicidade sensual." Num dos seus mais profundos ensaios, Egoísmo e o Movimento para a Emancipação, escrito em 1936, Horkheimer "discute a hostilidade com relação à gratificação pessoal, inerente à cultura burguesa." E ele especificamente faz referência favorável ao Marquês de Sade, pelo seu "protesto... contra o ascetismo em nome de uma moral mais elevada."

Mas como as coisas chegaram nesse ponto? Como entraram nas nossas universidades e em nossas vidas? Os membros da Escola de Frankfurt são marxistas, mas também são judeus. Em 1933, os nazistas tomaram o poder na Alemanha e, naturalmente, fecharam o Instituto de Pesquisa Social. Os membros do Instituto deixaram o país. Eles foram para Nova York, onde o Instituto foi restabelecido com o suporte da Columbia University. E gradualmente os membros do Instituto, durante os anos 1930 - apesar de muitos deles ainda escreverem em alemão - mudaram o foco da Teoria Crítica sobre a sociedade alemã - o criticismo sobre cada aspecto daquela sociedade - para a sociedade americana. E houve outra importante transição quando chegou a guerra. Alguns deles foram trabalhar no governo, incluindo Herbert Marcuse, o qual se tornou figura chave na OSS (a precursora da CIA), e muitos outros, incluindo Horkheimer e Adorno, mudaram-se para Hollywood.

Essas origens do politicamente correto não significariam muito para nós hoje não fosse dois eventos subseqüentes. O primeiro foi a rebelião dos estudantes nos anos 1960, a qual se deu em grande parte pela resistência à convocação para as forças armadas e à Guerra do Vietnã. Mas os estudantes rebeldes precisavam de algum tipo de teoria. Eles não podiam simplesmente dizer: "Que se danem, nós não iremos"; eles precisavam de algum suporte teórico por trás disso. Poucos deles estavam interessados em se embrenhar na leitura de "O Capital". O marxismo econômico clássico não é nada leve, e a maioria dos radicais da década de '60 eram pouco profundos. Felizmente para eles, e infelizmente para nosso país como um todo - não só para a universidade - Herbert Marcuse permaneceu na América depois que a Escola de Frankfurt restabeleceu-se na Alemanha depois da Guerra. Na Alemanha, enquanto Adorno ficava estarrecido quando estourou a rebelião por lá - os estudantes invadiram a sala de aula de Adorno e ele chamou a polícia para prendê-los -, Herbert Marcuse, que permaneceu nos EUA, viu na revolta a grande chance. Ele percebeu a oportunidade de transformar os trabalhos da Escola de Frankfurt na teoria da New Left nos EUA.

Um dos livros de Marcuse foi essencial para o processo. Este livro transformou-se na bíblia do SDS (*) e dos estudantes rebeldes dos anos 1960. Em Eros e Civilização, Marcuse argumenta que sob a ordem capitalista (ele maquia fortemente o marxismo, o subtítulo é Uma Investigação Filosófica de Freud, mas o esqueleto é marxista) a repressão é a sua essência, e disso resulta na descrição freudiana: o indivíduo com todos os complexos e neuroses em função do desejo sexual reprimido. É possível enxergar um futuro - uma vez que se possa destruir a ordem repressiva vigente - no qual sendo Eros liberado, libera a libido, o que conduz ao mundo da "perversidade polimórfica" onde "cada um pode fazer o que quiser". Diga-se de passagem, nesse mundo não haverá mais trabalho, somente diversão. Que mensagem maravilhosa para os radicais dos anos 1960! Eles eram estudantes, eram baby-boomers, e estavam crescendo sem ter que se preocupar com nada, exceto em eventualmente arrumar um emprego. E aqui você tem um sujeito escrevendo umas coisas muito fáceis de serem seguidas. Ele não exige dos jovens densas leituras de marxismo e, principalmente, diz a eles as coisas que querem ouvir. "Faça o que quiser", "É gostoso fazer isso" e "Vocês nunca vão ter que trabalhar". Aliás, Marcuse foi o homem que inventou a frase "Faça amor, não faça a guerra." Voltando para o problema enfrentado nos campus, Marcuse define "tolerância libertadora" como intolerância para tudo que vem da direita e tolerância para qualquer coisa que venha da esquerda. Marcuse juntou-se à Escola de Frankfurt em 1932 (salvo engano). Mais uma vez, a coisa começou na década de '30.

Por fim, a América passa hoje pela maior e mais terrível transformação na sua história. Os EUA estão se transformando num Estado ideológico, num país com uma doutrina oficial apoiada pelo poder estatal. Há pessoas cumprindo pena por "crimes de ódio", ou seja, crimes políticos. E o Congresso movimenta-se no sentido de expandir essa categoria de crimes ainda mais. A ação afirmativa é parte disso. O terror contra qualquer um que discorde do 'politicamente correto' nas universidades é parte disso. Exatamente o que aconteceu na Rússia, na Alemanha, na Itália, na China, está ocorrendo aqui. E nós não percebemos porque nós chamamos isso de politicamente correto e nos rimos. Minha mensagem é que isso não tem graça nenhuma, está bem aqui, está crescendo, e eventualmente vai destruir - como deseja fazer, tudo o que nós sempre entendemos por nossa liberdade e nossa cultura.
Sobre o autor: Bill Lind é diretor do Centre for Cultural Conservatism for the Free Congress Foundation e fez discursos semelhantes a este por diversas vezes em nome da Accuracy in Academia. Em especial, este foi proferido na American University, em 2000. Sua importância é crucial na medida em que traça as raízes intelectuais do discurso politicamente correto. Em geral, as pessoas imaginam que as idéias são como o vento, cuja origem é incerta e desconhecida: ora sopra para um lado, ora para outro. Como dizia Ricard Weaver, idéias têm conseqüências, e encontrar suas origens é essencial para combater o mal que delas deriva.
Publicado por Academia.org

Tradução: Eduardo Ribeiro

(*) N. do T.: SDS é a Students for a Democratic Society, uma organização estudantil fundada em 1960 para promover a participação em assuntos governamentais (após o início da Guerra do Vietnã dedicou-se a protestar ativamente contra a guerra).


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