quarta-feira, 25 de agosto de 2010

:: Pense bem antes de votar – Parte I ::

O post de hoje é resultado da minha indgnação relativa ao horário político e seus célebres candidatos:

Por Alba Fernández Candial
Este ano as opções são muitas: humoristas, ex-prostitutas, modelos, personalidades "estrangeiras", atletas e pessoas dos mais diversos setores da sociedade estão no universo de 20.335 candidatos para as eleições do próximo dia 3 de outubro.
Além de presidente, cargo para o qual concorrem nove candidatos, serão escolhidos 27 governadores, 54 senadores (dois terços do total) e todos os titulares da Câmara dos Deputados e das assembléias legislativas, cargos que são alvo da cobiça de veteranos e novatos na política.
O humorista Tiririca, que ficou famoso com a música "Florentina", apresenta sua candidatura a deputado federal por São Paulo com um slogan que seria cômico se não fosse trágico: "Vote no Tiririca, pior do que está não fica".

Filiado ao Partido da República (PR), Tiririca não apresenta nenhuma proposta em seu programa eleitoral, mas em um de seus vídeos usa sua falta de experiência política para pedir o voto.
"O que faz um deputado federal? Na realidade eu não sei. Mas vote em mim que eu te conto", afirma.

Segue abaixo entrevista feita por Fernando Galo para o Folha de São Paulo:

Folha - Por que você decidiu se candidatar?
Tiririca - Eu recebi o convite há um ano. Conversei com minha mãe, ela me aconselhou a entrar porque daria pra ajudar as pessoas mais necessitadas. Eu tô entrando de cabeça.

De quem veio o convite?
Do PR.

Como foi?
Por eu ser um cara popular, eles acreditaram muito, como eu também acredito, que tá certo, eu vou ser eleito.

Sabe o que o PR propõe, como se situa na política?
Cara, com sinceridade, ainda não me liguei nisso aí, não. O meu foco é nessa coisa da candidatura, e de correr atrás. E caso vindo a ser eleito, aí a gente vai ver.

Quais são as suas principais propostas?
Como eu sou cara que vem de baixo, e graças a Deus consegui espaço, eu tô trabalhando pelos nordestinos, pelas crianças e pelos desfavorecidos.

Mas tem algum projeto concreto que você queira levar para a Câmara?
De cabeça, assim, não dá pra falar. Mas como tem uma equipe trabalhando por trás, a gente tem os projetos que tão elaborados, tá tudo beleza. Eu quero ajudar muito o lance dos nordestinos.

O que você poderia fazer pelos nordestinos?
Acabar com a discriminação, que é muito grande. Eu sei que o lance da constituição civil, lei trabalhista... A gente tem uma porrada de coisa que... de cabeça assim é complicado pra te falar. Mas tá tudo no papel, e tá beleza. Tenho certeza de que vai dar certo.

Quem financia a sua campanha?
Então... o partido entrou com essa ajuda aí... e eu achei legal.

Você tem ideia de quanto custa a campanha?
Cara, não tá sendo barata.

Mas você não tem ideia?
Não tenho ideia, não.

Na propaganda eleitoral você diz que não sabe o que faz um deputado. É verdade ou é piada?
Como é o Tiririca, é uma piada, né, cara? 'Também não sei, mas vote em mim que eu vou dizer'. Tipo assim. Eu fiz mais na piada, mais no coisa... porque é esse lance mesmo do Tiririca.

Mas o Francisco sabe o que faz um deputado?
Com certeza, bicho. Entrei nessa, estudei para esse lance, conversei muito com a minha mãe. Eu sei que elabora as leis e faz vários projetos acontecer, né?

O que você conhece sobre a atividade de deputado?
Pra te falar a verdade, não conheço nada. Mas tando lá vou passar a conhecer.

Até agora você não sabe nada sobre a Câmara?
Não, nada.

Quem são os seus assessores?
Nós estamos com, com, com.... a Daniele.... Daniela. Ela faz parte da assessoria, junto com.... Maionese, né? Carla... É uma equipe grande pra caramba.

Mas quem te assessora na parte legislativa?
É pessoal do Manieri.

Quem é o Manieri?
É... A, a, a.... a Dani é que pode te explicar direitinho. Ela que trabalha com ele. Pode te explicar o que é.

Por que seu slogan é 'pior que tá, não fica?
Eu acho que pior que tá, não vai ficar. Não tem condições. Vamos ver se, com os artistas entrando, vai dar uma mudança. Se Deus quiser, pra melhor.

Esse slogan é um deboche, uma piada?
Não. É a realidade. Pior do que tá não fica.

Você pretende se vestir de Tiririca na Câmara?
Não, de maneira alguma.

Quem é o seu espelho na política?
Pra te falar a verdade, não tenho. Respeito muito o Lula pelo que ele fez pelo nosso país. Ele pegou o país arrasado e melhorou pra caramba.
Fora ele...
Quem ele indicar, eu acredito muito. Vai continuar o trabalho que ele deixou aí.

Então você vota na Dilma?
Com certeza. A gente vai apoiar a Dilma. Ele tá apoiando e a gente vai nessa.

Não teme ser tratado com deboche?
Não, cara. Não temo nada disso. Tô entrando de cabeça, de coração. Tô querendo fazer alguma coisa. Mesmo porque eu sou bem resolvido na minha profissão. Tenho um contrato de quatro anos com a Record. Tenho minha vida feita, graças a Deus. Tem gente que não aceita, mas a rejeição é muito pouca.

Se for eleito, vai continuar na TV?
Com certeza, é o meu trabalho. Vou conciliar os dois empregos.

Em quem votou para deputado na última eleição?
Pra te falar a verdade, eu nunca votei. Sempre justifiquei meu voto.


No momento em que vivemos tudo parece possível no cenário da política brasileira.
São de deputados assim que precisamos? Pensem bem antes de votar.
Sem mais...



Fontes:
msn.com.br
folha.uol.com.br/poder.

Post feito por Petit ♥


terça-feira, 24 de agosto de 2010

:: O suicídio de Getúlio Vargas ::

No início de agosto de 1954, o chefe da guarda pessoal de Getúlio Vargas, Gregório Fortunato, por iniciativa própria ou a mando de algum político getulista, contratou capangas para assassinarem o principal líder da oposição, o deputado e jornalista Carlos Lacerda, um dos maiores responsáveis pelas críticas que eram feitas ao presidente.
Com isso, pretendeu-se silenciar o opositor, mas o resultado foi o pior possível para o governo que, segundo a imprensa, passou a se ver mergulhado em um “mar de lama”. No atentado, saiu morto um oficial da Aeronáutica que trabalhava também como segurança do jornalista. A partir daí o governo expunha sua fragilidade: o crime cometido não tinha justificativas e, além do mais, ficou provado que fora arquitetado dentro do Palácio do Governo. Desgastado diante da opinião pública, Vargas escapa de uma nova deposição apelando para o suicídio.
O tiro que desfechou no coração, no dia 24 de agosto de 1954, veio acompanhado de uma carta-testamento que se transformaria num dos mais conhecidos documentos históricos brasileiros. Nela, Vargas fazia uma declaração nacionalista e de amor ao povo.

“Sobre a Nação desce a sombra de uma tragédia. O gesto do Presidente Vargas pondo fim ao seu governo e aos seus dias, estendeu um crepe à consciência dos brasileiros, aos que o assistiram com compreensão, como aos que o combateram até o último momento..
Todo o drama que o Presidente viveu nesta derradeira fase do governo quebrou sua tempera e, no silêncio de seu gabinete, recordando a fisionomia cheia de interrogações que ele considerava uma injustiça ao homem como ao chefe que encarnava a soberania nacional, o desespero se apoderou do seu coração. (…)
Sentindo todo o peso da incompreensão, o chefe do governo teve necessidade de ir buscar fora de léxico o argumento capaz de abrir os ouvidos e aclarar as consciências.
Selou com o sacrifício de sua própria vida o drama com que vinha lutando nos últimos dias, deixando, conforme acreditava, “o legado de sua morte”, para que se pudesse fazer ao morto uma parte da justiça que o povo reclamou. (…)

Todos clamavam por justiça, mas o clima propício à justiça cada vez se tornava mais conturbado. Tragedia atrai tragedia e, nesta hora melancólica que soa para o seu destino, o povo, sem forças para opinar, subjugado pela surpresa do último lance, desfila diante do Chefe morto e, sem se recuperar do espanto, curva-se frente à mágoa que o atingiu nos últimos dias e que fez estalar o seu coração no sacrifício supremo. (…)” Jornal do Brasil, 25 de agosto de 1954.
“Com a cabeça voltada para o quadro que representa o juramento da Constituição de 1891 e os pés para o quadro “Pátria”, à cuja frente se acha um crucifixo, o corpo do presidente Getúlio Vargas recebe, desde às 17,30 horas de ontem, no salão do Gabinete da Casa Militar da Presidência da República, no Palácio do Catete, as despedidas de milhares de populares que lhe vão fazer a última visita.
Imediatamente após a comunicação do falecimento do presidente, populares acorreram às proximidades do Catete, no afã de saber de saber pormenores da trágica ocorrência.
Soldados do Exército e da Polícia Militar, no entanto, isolavam o Palácio, desde a Rua Pedro Américo até a Correia Dutra, permitindo o acesso apenas aos jornalistas e altas autoridades..
O suicídio do presidente Getúlio Vargas, precisamente às 8,30 da manhã, foi precedido de momentos em que se mostrava ele absolutamente tranquilo.

“Com a morte trágica de Getúlio Vargas perde o Brasil, sem dúvida nenhuma, um de seus maiores vultos políticos de todos os tempos. Nesta hora em que os acontecimentos se sucedem vertiginosamente, quando a situação caminhava para um desfecho constitucional previsto e que teria de afastar do poder o presidente, o seu desaparecimento pela forma por que se verificou enche de tristeza a Nação, suspensa os espíritos diante do irremediável.
Cobre-se de luto a alma brasileira diante do esquife que guarda o corpo de alguém que a história não esquecerá, sejam quais forem os ângulos em que se coloque o observador sereno da vida do país em quase meio século, tanto foi o período em que atuou com a sua presença o estadista de múltiplas facetas, empenhado, realmente, em realizar algo de útil e permanente para o bem da sua terra.
Inteligência formada na escola que deu ao Rio Grande uma personalidade da estatura de Julio de Castilhos no alvorecer da República, Getúlio Vargas pertence à geração nova que abriu os olhos para as atividades fecundas do regime depois dos primeiros embates que sucederam à queda do Império, e tomou a si as tarefas construtoras do sistema que deu ao Brasil o máximo de seu progresso.

A História não recusará a Getúlio Vargas o reconhecimento devido aos seus méritos indiscutíveis, que ele os teve em proporção acima da média dos nossos condutores.
Ele encheu com a sua situação enérgica e os seus propósitos de dar-se inteiro a determinadas empresas de finalidade patriótica, uma longa fase da existência do Brasil contemporâneo, e manda a Justiça, que adversários lhe devem, se não esconda de um registro rápido como este, em que a emoção produzida pelo epílogo de um drama, não é obstáculo a que a verdade ilumine a nossa imensa tristeza.
Esse que encerrou de forma inesperada o seu trânsito pelo mundo, era um autêntico estadista, dotado de espírito público invulgar, com a cultura política necessária ao exercício da sua missão.
A seu modo, e enfrentando embaraços que as circunstâncias opõem constantemente aos que nos países novos tentam forjar uma obra original que conduza os seus compatriotas a um destino menos atribulado e os liberte de preconceitos, Getúlio Vargas fez o máximo que as contingências permitiriam a um homem do seu temperamento e da sua formação.
Desaparecido subitamente, nem por isso, e nem por ter preferido a morte a uma luta funesta, o seu nome será esquecido. O futuro dirá melhor da sua obra. O presente lastima a sua perda. Reverenciemos o seu túmulo.” O Dia, 25 de agosto de 1954.

fonte: brasilcultura.com.br

Post feito por Petit ♥

domingo, 22 de agosto de 2010

:: Os estrangeiros otimistas ::

A percepção dos estrangeiros sobre o crescimento da economia brasileira para os próximos 12 meses é otimista. De acordo com o estudo Monitor da Percepção Internacional do Brasil, divulgado pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicada (Ipea), 29% dos agentes internacionais analisados acreditam que o país vai crescer mais de 6% neste período. Outros 59% desse total acreditam que o Produto Interno Bruto (PIB) deve variar entre 3,6% e 6%.
“Isso significa que o Brasil é um destino interessante para os investimentos, ainda mais em um momento de crise. Nesse momento, o Brasil, assim como outras economias emergentes, se destaca porque é um país que está crescendo, a população está consumindo mais, a desigualdade e a pobreza estão diminuindo”, afirmou André Pineli, técnico de planejamento e pesquisa da diretoria de estudos internacionais do IpeaEle informou que 170 entidades internacionais participaram do levantamento, entre elas representações de governo (embaixadas e consulados), câmaras de comércio, organizações multilaterais e empresas com controle estrangeiro e que tenham atuação no Brasil. As entidades receberam um questionário com 15 perguntas sobre economia, política-institucional e sociedade. Cada pergunta foi analisada numa escala que varia entre -100 (muito pessimista) e +100 (otimista).
Na área de economia, a percepção dos estrangeiros sobre o Brasil foi classificada como moderadamente otimista, atingindo +24 pontos. No quesito sobre política, governo e instituições, a percepção também foi moderadamente otimista, com +30 pontos. Já a área social foi encarada pelos estrangeiros como neutra (+7 pontos).


fonte: redebrasilatual.com.br


Post feito por Petit ♥

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

:: Eleições 2010 - Presidente ::

Este é o ano da escolha de quem ocupará o cargo mais alto do executivo.
Mas afinal quais são as funções do Presidente? Qual a sua importância?
No Brasil, o governo é composto por três poderes. A existência de três Poderes e a idéia que haja um equilíbrio entre eles, de modo que cada um dos três exerça um certo controle sobre os outros é sem dúvida uma característica das democracias modernas.
O Poder Executivo é um dos poderes governamentais, responsabilidade é a de implementar, ou executar, as leis e a agenda diária do governo ou do Estado. De fato, o poder executivo de uma nação é regularmente relacionado ao próprio governo. O poder executivo pode ser representado, em nível nacional, por apenas um órgão como é o caso do Brasil, ou pode ser dividido (parlamento e coroa real, no caso de monarquia constitucional).

O Presidente como Chefe de Estado, representa o povo e a nação do país. Ao tomar posse no comando do Poder Executivo Federal, ele se compromete a manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil. Embora, conceitualmente, o Poder Executivo faça executar as leis elaboradas pelo Poder Legislativo, o Presidente da República pode iniciar o processo legislativo. A Constituição permite que adote medidas provisórias em caso de relevância e urgência, proponha emendas à Constituição, projetos de leis complementares e ordinárias ou, ainda, leis delegadas. Da mesma forma que lhe atribui o direito de rejeitar ou sancionar matérias já aprovadas pelo Legislativo.

Outras funções:
  • Nomear ministros que o auxiliam na administração do país, sem consultar o Congresso para isso
  • Executar o orçamento formulado, em conjunto, com o Congresso Nacional (composto por deputados federais e senadores). Cabe ao Presidente administrar e aplicar os recursos do país de acordo com sua plataforma de governo (explicitada na carta programa durante as eleições)
  • Chefe Supremo a comandar as Forças Armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica)
  • Nomear o cargo de Presidente do Banco Central, além dos órgãos máximos do Poder Judiciário como os Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e dos demais Tribunais Superiores
  • Sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para a sua fiel execução
  • Vetar projetos de lei, total ou parcialmente, ou solicitar sua consideração ao Congresso Nacional
  • Manter relações com países estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos
  • Decretar o estado de defesa, o estado de sítio e a intervenção federal, nos termos da Constituição
  • Elaborar um plano macro de governança, a ser articulado e executado principalmente pelos ministérios, cada um atuando dentro de sua área.

Como se pode ver são grandes os poderes que o presidente concentra em suas mãos, mas não custa lembrar que, para exercê-los numa democracia, é preciso ocorrer uma série de negociações políticas entre o Executivo e o poder Legislativo, que é constituído pelo Congresso Nacional, formado pelo Senado Federal e a Câmara dos Deputados.

Na prática, para dar os rumos que pretende à nação, o presidente precisa obter o apoio da maioria do Congresso e, para formar essa maioria, é que a política se exercita: é preciso discutir e negociar com deputados e senadores, levando em conta os diversos interesses que eles representam, até chegar a consensos que possibilitem ou não a execução dos diversos atos governamentais.

Nesse sentido, a política é um verdadeiro jogo de xadrez, em que o presidente da República, como qualquer jogador, deve saber não só movimentar as suas peças, como tentar prever o movimento das de seu adversário.

Por isso a importância de pensar MUITO bem na hora de votar. É o futuro do país que estará em suas mãos!

Fontes:
umavisaodomundo.com
portalbrasil.net
educacao.uol.com.br


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terça-feira, 17 de agosto de 2010

:: NE e Sudeste concentram 60% dos migrantes ::

As regiões Nordeste e o Sudeste do País concentram mais de 60% dos migrantes (aqueles que mudam de uma região para outra e dentro da própria região), de acordo com o estudo "Migração Interna no Brasil" divulgado hoje pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que pesquisou os anos de 1995, 2001, 2005 e 2008. O instituto utilizou para a análise dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e considerou como migrantes aqueles que mudaram de Estado nos cinco anos anteriores a cada uma das datas usadas na pesquisa.

Segundo o estudo, em 1995 o número de migrantes se aproximava de quatro milhões de pessoas - 3% da população. Já em 2008, o total caiu para 3,3 milhões (1,9% da população). A pesquisa aponta que desde o começo da série (1995) até o ano de 2001, o fluxo do Nordeste para o Sudeste era maior que o fluxo inverso, situação que sofreu uma reviravolta nos sete primeiros anos desta década.

Em 2008, o fluxo entre as duas regiões voltou a ser favorável ao Sudeste. A pesquisa dá como uma das explicações para essa alteração uma mudança de perfil dos migrantes. Segundo o instituto, "os migrantes do Nordeste para o Sudeste já gozam de melhor situação, em termos de formalização do trabalho, que a dos próprios trabalhadores não migrantes da região Sudeste".

A pesquisa revela que ainda que os fluxos migratórios não se dão apenas de regiões pobres para regiões ricas. A migração do Norte, por exemplo, é maior para o Nordeste do que para o Sudeste nos anos analisados. O documento informa que "a ideia comum de exportação da pobreza de regiões menos desenvolvidas para outras de maior poder e dinamismo econômico deve sofrer, então, restrições, ou melhor, qualificações, já que a proximidade também é um fator relevante para explicar os fluxos".

A pesquisa do Ipea mostra que a alta escolaridade do migrante - com 12 ou mais anos de estudos - aumenta nos anos analisados. O mesmo ocorre com não migrantes, embora em um ritmo menor. O estudo afirma que a escolarização aumenta a probabilidade de migração: o porcentual de migrantes com pelo menos 12 anos de estudo é maior que o de não migrantes nessa situação.
Na análise do que ocorre nas Regiões Nordeste e Sudeste é levada em consideração a distância da migração. O trabalho aponta que os mais escolarizados preferem migrar dentro da própria região, enquanto a decisão de mudar de região fica mais restrita aos menos escolarizados. O oposto acontece entre os migrantes das Regiões Sul e Centro-Oeste.

O Ipea diz que se deve avaliar a hipótese de que a migração inter-regional sofre efeitos da estrutura do mercado de trabalho, que, segundo o estudo, é mais aberta aos migrantes de menor qualificação. A pesquisa destaca a Região Sudeste, "capaz de absorver mão de obra de menor qualificação relativa vinda do Nordeste, enquanto o trabalhador mais escolarizado multiplica suas estratégias de mobilidade considerando o aumento do seu capital relativo no contexto da sua própria região".

fonte:estadao.com.br
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:: São Paulo pode se tornar polo mundial de saúde ::

A cidade de São Paulo reúne todos os requisitos para se tornar um polo mundial de atividades ligadas às ciências da vida humana. Com 15,4% dos pesquisadores brasileiros na área de medicina, responde por 30,3% da produção científica nacional. Além disso, abriga 10.000 empresas do setor e contribui com 12,8% das internações para procedimentos de alta complexidade no Sistema Único de Saúde (SUS).

Os dados são de um levantamento da Fundação Seade que será divulgado nesta terça-feira. Mas o relatório também enumera os principais problemas enfrentados pelo setor na cidade: carência na oferta de serviços para determinados problemas de saúde, demanda reprimida de atenção básica que sobrecarrega hospitais universitários, falta de contato entre academia e indústria, etc. Dezenas de profissionais de institutos de pesquisa, universidades, agências de fomento e empresas foram entrevistados para traçar o diagnóstico das atividades em ciências da vida, encomendado pela prefeitura.

Até agora, o setor caminhou sem uma política pública coordenada. "Para criar uma política assim, é necessário primeiro mapear o que existe", afirma Maria Aparecida Orsini de Carvalho, assessora especial da prefeitura. "Com o levantamento pronto, podemos traçar estratégias para potencializar o setor." O objetivo é fomentar iniciativas semelhantes ao Biopolo de Lyon, na França, ou o Aglomerado de Ciências da Vida de Montreal, no Canadá.

Fonte: veja.abril.com.br
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quarta-feira, 4 de agosto de 2010

:: violência contra mulher ::

Mais de 62.000 denúncias de agressões praticadas contra mulheres foram registradas durante o primeiro semestre deste ano pela Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180. E outras 8.913 denúncias foram provocadas por ameaças, de acordo com relatório apresentado ontem pela Secretaria de Políticas para as Mulheres, vinculada à Presidência da República, que criou a Central há cinco anos.
Dos 62.301 relatos de violência recebidos pela Central, mais de 36 mil foram de violência física; 16.071 de violência psicológica; 7.597 de violência moral; 826 de violência patrimonial; e 1.280 de violência sexual. A Central também registrou 239 casos de cárcere privado.
Em mais de 72% dos casos atendidos pelo disque-denúncia, as mulheres disseram que vivem junto com o agressor. Quase 15% das vítimas afirmaram que a violência era exercida por ex-namorado ou ex-companheiro; e 57,9% estão casadas ou em união estável. Entre as casadas ou em união estável, 38% relataram que o tempo de vida conjugal é superior a 10 anos.

Pouco menos de 40% das mulheres que denunciaram violência se declararam agredidas desde o início da relação; e 57% afirmaram que sofrem violência diariamente. Em 50,3% dos casos, as mulheres disseram correr risco de morte.
Os dados gerais do relatório levaram a secretária de Políticas para as Mulheres, Nilcéia Freire, a destacar a necessidade de que se preste atenção nas denúncias sobre ameaças sofridas pelas mulheres.

“Não se pode subestimar as ameaças e por isso nós consideramos ameaças como fator de risco. Os homens violentos, os agressores, eles não estão brincando, em geral, quando ameaçam suas mulheres. São crimes anunciados e que, portanto, não podem ser subestimados.”

São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais são os estados em que a Central de Atendimento à Mulher mais recebeu denúncias sobre ameaças.
Mais de 67% das mulheres que ligaram para o 180 têm idade entre 25 e 50 anos. E mais de 48% têm nível fundamental de escolaridade. De acordo com 73,4% das denúncias, os agressores também têm nível de escolaridade fundamental e idade entre 20 e 45 anos.

A violência contra a mulher parece, muitas vezes, um assunto invisível e silencioso, do qual não de fala e que se finge não existir. Isto vale tanto para as políticas públicas de contenção do problema quanto para o investimento em pesquisas, dados e informações que permitiriam mensurar a escala real do problema. No Brasil, as poucas tentativas de mapear a grandeza deste fenômeno esbarraram na pouca confiança sobre os dados obtidos. De um modo geral, são pesquisas que usam os Boletins de Ocorrência das delegacias, sobretudo delegacias de mulheres, como fonte primária de informação. Sabemos, contudo, que muitos casos de violência contra a mulher não são denunciados, e muitos têm a queixa retirada pelas próprias vítimas. Desta forma, não é possívellevantar dados seguros e amplos sobre a dimensão deste problema na sociedade brasileira.

fonte: redebrasilatual.com.br
ibam.org.br/viomulher/inforel9.htm


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