segunda-feira, 15 de março de 2010

:: Gilberto Freyre ::



"Não há experiência de corpo que não seja também experiência de alma, o contrário sendo também verdadeiro"
Gilberto Freyre



Nesta segunda-feira, dia 15 de março, o sociólogo Gilberto Freyre completaria 110 anos. O seu livro mais célebre, "Casa Grande e Senzala", (acho que todos aqui já ouviram falar) é um dos que pretendo ler ainda esse ano pois é de grande importância para o entendimento de nosso povo e seu desenvolvimento.

Gilberto Freyre é autor de uma obra complexa que iluminou novos aspectos da cultura brasileira e conquistou renome internacional. Ele se define como intelectual singular e plural. Singular pela originalidade de sua obra. Plural, pela diversidade de ciências e artes em que se engajou.

Freyre fez carreira acadêmica, de artista plástico, jornalista e cartunista no Brasil, na Europa e nos Estados Unidos. Manteve, porém, uma grande ligação com Pernambuco, em especial Olinda e Recife.

No início dos anos 1920, estudou Ciências Sociais e Artes nos Estados Unidos. O professor Joseph Armstrong tentou convencê-lo a naturalizar-se. Freyre resistiu ao convite por preferir o português. "Hei de criar um estilo", escreveu em seu diário.

Retornou ao Recife em 1924, mas partiu para o exílio após a Revolução de 1930. Depois de lecionar nos Estados Unidos, na Universidade de Stanford, em 1931, viajou para Europa. Voltou ao Rio de Janeiro, em 1932, e se dedicou a escrever "Casa-Grande & Senzala: Formação da Família Brasileira sob o Regime de Economia Patriarcal", sua obra máxima,que foi publicada em 1933 e é considerado um livro-chave da nossa cultura ao interpretar a história da família brasileira sob o regime patriarcal.

Recusou empregos, viveu em casas de amigos e pensões baratas, até que o sucesso do livro lhe devolveu a carreira de professor. Em 1941, casou-se com Maria Magdalena Guedes Pereira.
Deputado federal constituinte, pela UDN (União Democrática Nacional) em 1946, sua vida política foi marcada pela ação contra o racismo. Em 1942, foi preso no Recife por ter denunciado nazistas e racistas no Brasil, inclusive um padre alemão. Reagiu à prisão, juntamente com seu pai, o educador e juiz de Direito, Alfredo Freyre. Ambos foram soltos no dia seguinte, por interferência do general Góes Monteiro. Em 1954, apresentou propostas para eliminar as tensões raciais na Assembléia Geral das Nações Unidas.

Freyre recebeu diversas homenagens. Entre elas, em 1962, o desfile da escola de samba Mangueira, com enredo inspirado em "Casa-grande & Senzala". Foi doutor pelas Universidades de Paris (Sorbonne, França), Colúmbia (EUA), Coimbra (Portugal), Sussex (Inglaterra) e Münster (Alemanha). Em 1971, a rainha Elizabeth 2ª lhe conferiu o título de Sir (Cavaleiro do Império Britânico).

Em 04 de janeiro de 1977, o Globo Repórter homenageou Gilberto Freyre: os vídeos podem ser assistidos clicando aqui.




Fontes: http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u228.jhtm
http://g1.globo.com/globoreporter/0,,MUL1530357-16619,00-GILBERTO+FREYRE+COMPLETARIA+ANOS.html





Post feito por Petit ♥



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